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Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar
Escrito por: Ulisses (IP registado)
Data: 25 de May de 2004 06:18


A SUBSTÂNCIA DO PROGRESSISMO CATÓLICO

Por: H. Le Caron


É inútil iludirmo-nos. O que aconteceu depois do último Concílio prova que "o progressismo cristão", condenado pelos papas precedentes com diferentes qualificativos (L'Avenir por Gregório XVI; os "católicos liberais" por Pio IX; o "americanismo" por Leão XIII; o "modernismo" e o Sillon de Marc Sangnier por Pio X), terminou por intoxicar grande parte da Igreja, até os mais altos escalões.

O espírito pós-conciliar, na realidade, é o espírito progressista. O verdadeiro espírito pós-conciliar, fundado no respeito à doutrina e à tradição, se é que chegou a existir, foi abafado há já muito tempo.

A actual mutação da Igreja foi desejada e preparada desde Lamennais, isto é, desde há 150 anos.

Depois de ter caminhado de maneira subterrânea, a heresia progressista chegou à tona no momento do Concílio; o que até então eram raízes perniciosas, desabrochou e deu os frutos envenenados que surpreenderam e envolveram bom número de padres conciliares (os que não pertenciam à minoria activa, que, ela sim, sabia perfeitamente o que fazia).

Não é fácil discernir o vírus progressista — frequentemente não se descobre sua presença a não ser constatando seus efeitos (como numa doença). Seus efeitos são múltiplos, o que engana muitas vezes os católicos fiéis.

São Pio X, que o desmascarou de maneira extraordinária, constatava: "Combinando em si o racionalismo e o catolicismo, eles (os modernistas) o fazem com tal refinamento de habilidade, que transviam os espíritos desprevenidos... Ah! se se tratasse somente deles, poderíamos, talvez, contemporizar; mas é a religião católica e sua segurança que estão em jogo."


I — O Espírito Progressista, Chave do Problema

O espírito progressista difere enormemente do espírito de um católico romano. A fé que professa não é a nossa.

Para o modernista, precisa São Pio X, "a fé, princípio e fundamento de toda religião, reside em certo sentimento íntimo decorrente da necessidade do divino... A Revelação não pode ser outra coisa senão a consciência adquirida pelo homem das relações existentes entre Deus e ele.”

Assim, já não nos encontramos diante de verdades objectivas que se impõem, como, por exemplo, Jesus, segunda pessoa da Santíssima Trindade, Redentor do género humano, verdades às quais devemos aderir sem discutir (e às quais o homem de fé adere sob inspiração da Graça).

Encontramo-nos, ao contrário, em presença de um sentimento íntimo, subjectivo, às vezes vago, que a inteligência analisará e interpretará e que, uma vez aprovado pela Igreja, acabará por constituir um dogma.

Disso resulta que o dogma nascerá do próprio crente e evoluirá conforme evoluir o sentimento de onde se origina. É por isso que uma das máximas favoritas do modernismo é que a evolução religiosa deve "coordenar-se (ou subordinar-se) à evolução intelectual e moral".

A fé católica permite-nos aderir a verdades objectivas, exteriores ao homem (Revelação e ensinamentos da Igreja). A fé progressista é uma projecção de um sentimento de religiosidade [1].

Ela pode variar continuamente como o sentimento que a anima. Para o progressista, "a verdade não é mais imutável que o próprio homem, porque evolui com ele, nele e por ele". As fórmulas dogmáticas são submetidas às mesmas vicissitudes, às mesmas mutações que os estados de alma dos crentes, como observou São Pio X na Pascendi: "Fica assim aberto o caminho à variação substancial dos dogmas."

Por conseguinte, podemos afirmar que a fé progressista é diametralmente oposta à fé católica. Ela constitui uma verdadeira inversão, apresentando, sem dúvida, carácter satânico; como a maior parte das inversões.

Essa inversão espiritual se situa no lado oposto ao do espírito de fé verdadeira que é a dos santos. A fé progressista, se podemos chamar de fé o estado de espírito deles, é toda sentimental, imaginativa, feita de sonhos que permitem ao homem procurar-se a si mesmo em vez de procurar e encontrar a Deus. Os santos, ao contrário, na sua humildade, numa ascese permanente, procuram sem cessar conformar as suas vontades à vontade de Deus, ao qual se sentem unidos por um laço de amor.

O que importa, com efeito, não é projectar nosso sentimento, ainda que seja de ordem religiosa, por meio de reformas permanentes e estéreis promulgadas pelo magistério. A Criação é perfeita, e nós não lhe acrescentaremos nada com nossos esforços. O único objectivo a perseguir é, com paciência, nas trevas da fé, purificarmo-nos, separando-nos do velho homem, implorando a graça e deixando-nos conduzir por ela, e assim aproximarmo-nos do Imutável, d’Aquele que se definiu a si próprio como aquele que é.

A verdadeira evolução permite à criatura, machucada pelo pecado original, de que guarda a cicatriz, mas resgatada pelo sacrifício redentor, avançar em direcção ao Absoluto que é seu criador. Ela é interior e pessoal. Torna-nos capazes de passar do plano natural ao plano sobrenatural pela fé em Jesus Cristo [2].

O progressismo, ao contrário, ao procurar-se a si próprio, não sai do plano natural. Pensa enriquecer o cosmo, pensa progredir, mas dá voltas como gato que corre atrás do próprio rabo.

Santo Agostinho diz que “dois amores construíram duas cidades: o amor de si próprio até o desprezo de Deus, e o amor de Deus até o desprezo de si próprio. Um se glorifica em si próprio, o outro no Senhor...”

São dois amores diferentes que criaram dois tipos de fé, de que resultaram duas cidades diferentes.

Os progressistas têm consciência mais nítida que os católicos fiéis de que se trata antes de tudo de um novo espírito. L. Saleron, em artigo recente (Itinéraries, n. 219), constata que, “depois de dez anos, nos fazem compreender em todas as ocasiões que os textos de Concílio só têm valor quando usados por quem tem espírito conciliar, isto é, espírito de evolução ou de revolução, espírito de inovação, de adaptação, de criatividade e de abertura para o mundo”.

Esse espírito novo, que podemos chamar de espírito pós-conciliar, é o mal que corrói actualmente a Igreja Católica.

Teilhard de Chardin, que foi um dos artesãos dessa desordem, profetizou ao dizer: “Uma forma ainda desconhecida de religião está para germinar no coração do homem moderno, num sulco aberto pela ideia de Evolução...”

São Pio X foi o primeiro a perceber que o progressismo é, antes de tudo, um espírito destruidor de tudo o que constitui o fundamento do cristianismo.

Quando era director do grande seminário de Trévise, já punha seus seminaristas em guarda: “Não vos deixeis envolver por doutrinas fantasiosas e estrangeiras”, dizia ele. “A verdade é absoluta e imutável...

O que o primeiro homem e todo o Antigo Testamento acreditaram em germe é acreditado hoje pelos católicos. A fé antiga e a nossa se encontram e se ligam ao centro único e indissolúvel da verdade que é Jesus Cristo. Estudai a história de qualquer ciência e, ao contrário, nas mudanças sucessivas de suas teorias encontrareis a marca de sua falibilidade” (Pio X, de René Bazin).

Um pouco mais tarde, na Pascendi, o santo Papa revelará que as causas profundas da heresia modernista podem reduzir-se a duas: a curiosidade e o orgulho.

(Continua)


Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar
Escrito por: José Avlis (IP registado)
Data: 25 de May de 2004 21:43


Estou globalmente de acordo com o que diz H. Le Caron, na reprodução que serve de introdução a este tópico, justamente anti-progressista, da iniciativa do Ulisses...

De facto e infelizmente, assim é!...

Quanto abuso pós-conciliar!
Quanto permissivismo!
Quanta deturpação!
Quanto sacrilégio!
Quanta heresia!
Quanta provocação!
Quanta rebeldia!
Quanta leviandade!
Quanta hipocrisia!
Quanto desaforo!
Quanta ironia!
Quanto relativismo!
Quanta ambiguidade!
Quanto liberalismo!
Quanto orgulho!
Quanto modernismo!
Quanta depravação!
Quanto materialismo!
Quanta mentira!
Quanto hedonismo!
Quanta loucura!
Quanto satanismo!

Enfim, seria um nunca mais acabar, como a "história das mil e uma noites"!...

Concluindo e resumindo:

O bom Papa João XXIII "abriu uma porta", com a melhor das intenções, mas o Diabo - que muitas vezes se disfarça em "anjo de luz", mesmo através de pessoas boas e íntegras - "entrou pela janela", entreaberta ou mal-fechada por alguém...!?
Tal como como, aliás e a tal respeito, muito objectiva e claramente refere o sucessor do Beato Papa João, que foi o grande Paulo VI, tal como é João Paulo II...!?
E o que não seria, então, se não tivéssemos a graça de possuirmos - ao menos isso! - Papas tão santos e exemplares?!...
E ainda há quem subestime o terrível poder de Satanás - sobretudo através das pessoas humanas que lhe dão guarida! -, ou quem não acredite na sua real e espiritual existência!?...

Uma autêntica "caixa de Pandora"!...

Que Deus Nosso Senhor tenha piedade de todos nós, pobres pecadores!

"Deus super omnia" !

J.A.


Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 25 de May de 2004 22:46

O Avlis acaba de inventar uma nova Ladainha: a Ladainha de Todos os Prantos... Faltou o "depl'ora pro nobis"... Em vez de "santos" temos "Quantos"...

Vejam tanta "quantidade" aqui vai...

Ora escutem:
Citação:
LADAINHA DE TODOS OS PRANTOS secundum Josephum Silvam
ad usum privatum
Respondeatur:
Depl'Ora pro nobis

Quanto abuso pós-conciliar!
Quanto permissivismo!
Quanta deturpação!
Quanto sacrilégio!
Quanta heresia!
Quanta provocação!
Quanta rebeldia!
Quanta leviandade!
Quanta hipocrisia!
Quanto desaforo!
Quanta ironia!
Quanto relativismo!
Quanta ambiguidade!
Quanto liberalismo!
Quanto orgulho!
Quanto modernismo!
Quanta depravação!
Quanto materialismo!
Quanta mentira!
Quanto hedonismo!
Quanta loucura!
Quanto satanismo!
A que se deve acrescentar:
Citação:
Citação:
Quanto Lefebvre!
Quanto Integralismo!
Quanto Atavismo!
Quanto Ressentimento!
Quanto Fanatismo!
Quanta Ignorância!
Quantos e quantas faltas de bom senso e de fé!...


...depl'ora pro nobis!
Nihil obstat: José Avlis
Imprimi potest: Abelardo
Imprimatur: Legio Nominum

;-)
Alef

Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 26 de May de 2004 00:15

Será em breve adicionada à secção de Orações :-)

Luis

Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar
Escrito por: Taliban (IP registado)
Data: 26 de May de 2004 07:59

;))
ESssa teve piada...

Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar
Escrito por: Ulisses (IP registado)
Data: 26 de May de 2004 09:44


VISANDO EVENTUAIS COMENTÁRIOS OU DEBATES:

1. « "O progressismo cristão", condenado pelos papas precedentes com diferentes qualificativos (...), terminou por intoxicar grande parte da Igreja, até aos mais altos escalões »...

2. «O verdadeiro espírito pós-conciliar, fundado no respeito à doutrina e à tradição, se é que chegou a existir, foi abafado há já muito tempo»...

3. «Depois de ter caminhado de maneira subterrânea, a heresia progressista chegou à tona no momento do Concílio»...

4. «São Pio X, que desmascarou (o vírus progressista) de maneira extraordinária, constatava: "Combinando em si o racionalismo e o catolicismo, eles (os modernistas) fazem-no com tal refinamento e habilidade, que transviam os espíritos desprevenidos»...

5. «O espírito progressista difere enormemente do espírito de um católico romano. A fé que professa não é a nossa»...

6. «Uma das máximas favoritas do modernismo é que a evolução religiosa deve "coordenar-se (ou subordinar-se) à evolução intelectual e moral"»...

7. «Para o progressista, "a verdade não é mais imutável que o próprio homem, porque evolui com ele, nele e por ele"...
«Como observou São Pio X na Pascendi: "Fica assim aberto o caminho à variação substancial dos dogmas" »...

8. «Por conseguinte, podemos afirmar que a fé progressista é diametralmente oposta à fé católica. Ela constitui uma verdadeira inversão, apresentando, sem dúvida, carácter satânico, como a maior parte das inversões»...

9. «A fé progressista, se podemos chamar de fé o estado de espírito deles, é toda sentimental, imaginativa, feita de sonhos que permitem ao homem procurar-se a si mesmo, em vez de procurar e encontrar a Deus»...

10. «O progressismo, ao procurar-se a si próprio, não sai do plano natural. Pensa enriquecer o cosmos, pensa progredir, mas dá voltas como o gato que corre atrás do próprio rabo»...

(Continua)

Ulisses


Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 26 de May de 2004 10:16

Ao panfletário Avlis: este texto que andas a colar às pinguinhas está em [www.permanencia.org.br]. Não é necessário continuares o folhetim, de resto contra as normas deste Fórum.

Alef

Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar - II
Escrito por: Ulisses (IP registado)
Data: 28 de May de 2004 01:27


A SUBSTÂNCIA DO PROGRESSISMO CATÓLICO – II


EXTRACTOS SELECCIONADOS DO SITE SEGUINTE

[66.102.11.104]

Título actual: I – O Espírito Progressista, Chave do Problema

VISANDO EVENTUAIS COMENTÁRIOS OU DEBATES

(2.ª Parte)


1. « Santo Agostinho diz que “dois amores construíram duas cidades: O amor de si próprio até ao desprezo de Deus, e o Amor de Deus até ao desprezo de si próprio. Um se glorifica em si próprio, o outro no Senhor...” »...

2. « "Os textos do Concílio só têm valor - dizem os modernistas - quando usados por quem tem espírito conciliar; isto é, espírito de evolução ou de revolução, espírito de inovação, de adaptação, de criatividade e de abertura para o mundo" »...

3. « Teilhard de Chardin, que foi um dos artesãos dessa desordem, profetizou ao dizer: “Uma forma ainda desconhecida de religião está para germinar no coração do homem moderno, num sulco aberto pela ideia de evolução...” »...

4. « São Pio X foi o primeiro a perceber que o progressismo é, antes de tudo, um espírito destruidor de tudo o que constitui o fundamento do Cristianismo ».

5. « Quando (este Papa) era director do grande seminário de Trévise, já punha os seus seminaristas em guarda: “Não vos deixeis envolver por doutrinas fantasiosas e estrangeiras”. Dizia ele: "A Verdade é absoluta e imutável" »...

6. « Estudai a história de qualquer ciência, e, ao contrário, nas mudanças sucessivas das suas teorias encontrareis a marca de sua falibilidade” (Pio X, de René Bazin) »...

7. « Um pouco mais tarde, na "Pascendi", o Santo Papa revelará que as causas profundas da heresia modernista podem reduzir-se a duas: a curiosidade e o orgulho ».

(Continua)


Ulisses / Avlis


Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 28 de May de 2004 01:32

Alefa, tens de ter paciência...
quem não pode fazer de outra maneira faz... ás pinguinhas..
a idade não perdoa....

Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar - III
Escrito por: Ulisses (IP registado)
Data: 28 de May de 2004 01:36


A SUBSTÂNCIA DO PROGRESSISMO CATÓLICO – III


EXTRACTOS SELECCIONADOS DO SITE SEGUINTE

[66.102.11.104]

Títulos actuais: II - As Consequências deste Estado de Espírito; b) As Consequências do Espírito Progressista na Liturgia

VISANDO EVENTUAIS COMENTÁRIOS OU DEBATES

(Terceira Parte)


1. « O espírito progressista transpira actualmente no menor boletim paroquial ou em qualquer revista religiosa.
É o vírus destruidor da Liturgia, da Catequese, dos Dogmas da Igreja »...

2. « O progressismo é muito mais perigoso que o protestantismo, porque destrói a Igreja por dentro e porque são os próprios Padres e Bispos os artífices desta destruição. Quando o progressismo já não é combatido pela Hierarquia, sendo, ao contrário, favorecido, os seus sucessos tornam-se fulminantes »...

3. « O dito "espírito pós-conciliar" alimenta e mantém um clima revolucionário, em que, entre muitos outros, cinco temas principais de subversão recebem incentivo especial: a “volta às fontes”; a “dessacralização"; a “inteligibilidade”; o “comunitarismo”, e o “culto do homem” »...

4. « A "Volta às fontes" permite romper com a tradição e introduzir concepções próprias, que são baptizadas de “concepções primitivas”. Sustenta-se então que o “espírito constantino” perverteu tudo »...

5. « A "Dessacralização"... Padre Antoine, na revista jesuíta Études (Março de 1967), propõe que as catedrais sejam convertidas em museus. Precisa: “Recusamos toda valorização intrínseca ou ontológica de qualquer lugar de per si sagrado; o que tornaria a localizar o Divino.” E nós nos espantamos de ver as catedrais e igrejas servirem de lugar de reunião a toda a sorte de manifestações, que já nada têm de religiosas (por exemplo, o escândalo da Catedral de Reims); espantamo-nos com a Comunhão na mão, com a indecência dos trajes na casa do Senhor »...

6. « A "Inteligibilidade", escreve Louis Saleron, é um tema querido aos inovadores. “É em nome da inteligibilidade que empreendem a demolição dos ritos litúrgicos” (banimento do latim, introdução de formas heréticas, como “da mesma natureza do Pai”, que é mais compreensível, dizem eles, do que “consubstancial ao Pai”) »...

7. « O "comunitarismo", que grassa cada vez mais na Igreja, e em todos os níveis, manifesta-se pela importância crescente dada aos grupos – colegiadas, assembleias, equipas, associações e reuniões, de todo o género; comunidades de base, que são organizadas para “pesquisas”, pesquisas essas que acabam na maior parte das vezes nas piores extravagâncias, como: “uma Missa só é válida se a comunidade está presente para participar da Missa”, apesar de a Doutrina católica estabelecer nitidamente que um padre pode celebrar a Missa sem a presença física dos fiéis.
É preciso compreender bem o que se chama “comunitarismo” – trata-se de um eufemismo que permite introduzir a democracia na Igreja e solapar a autoridade que vem do Alto »...

8. « O "culto do homem" – M. Saleron escreveu sobre isso, que: “O denominador comum dos desregramentos que observamos hoje, tanto no domínio da Fé quanto no da Liturgia, não passa da substituição progressiva do Culto de Deus pelo culto do homem. Revirou-se a Crença Cristã. Deixou-se a Fé Cristã de que Deus criou o homem e o Verbo Se fez Carne, para conceber um Deus que é o próprio homem em vias de se tornar Deus”.
Este é o espírito progressista. A inversão espiritual (inversão da atitude do espírito) tem por consequência directa uma inversão da religião »...

9. « Assim, em resumo, pode-se afirmar que, todas as vezes que se constata na liturgia uma glorificação do homem, uma dessacralização, uma diminuição dos dogmas e dos mistérios pela supressão ou interpretação subjectiva dos textos, se trata de inspiração progressista.
E ainda não vimos tudo, pois nos anunciam que a Igreja ainda está no início das “mutações” ».

(Continua)


Ulisses / Avlis


Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 28 de May de 2004 01:41

ò avlis, eu também acho que o culto do hoemem devia ser substituido pelo culto da mulher... mas estou em minoria...

Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar
Escrito por: Ulisses (IP registado)
Data: 28 de May de 2004 19:38


CORRIGENDA:

> Onde digo:

Títulos actuais: II - As Consequências deste Estado de Espírito; b) As Consequências do Espírito Progressista na Liturgia...

> Queria dizer:

Títulos actuais: II - As Consequências deste Estado de Espírito; a) Observações Gerais; b) As Consequências do Espírito Progressista na Liturgia.

U.


Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar - IV
Escrito por: Ulisses (IP registado)
Data: 30 de May de 2004 04:05


A ESSÊNCIA DO PROGRESSISMO CATÓLICO – IV

VISANDO EVENTUAIS COMENTÁRIOS OU DEBATES


Extractos, seleccionados e adaptados, do site seguinte:

[www.permanencia.org.br]


Título actual: II – As Consequências desse Estado de Espírito

(4.ª Parte)


c) As Consequências do Progressismo na Catequese:

1. « Os Apóstolos tinham encerrado o essencial da Fé nas fórmulas ditas “querigmáticas”. Para eles, a Fé da Igreja possuía uma realidade objectiva, e não podia ser entregue ao arbitrário.
São Paulo escrevia aos Tessalonicenses: “Nós vos ordenamos [...] que vos afasteis de todo o irmão que viver desordenadamente, e não segundo a doutrina que receberam de nós” (2 Tes 3, 6) ».

2. « “A nova catequese vira as costas ao ensinamento dos Apóstolos.” O educador “caminha com a criança, ou com o jovem, cada qual mostrando dúvidas, cada qual apresentando ao outro a sua própria verdade” ».

3. « Deste modo, a Fé perdeu todo o conteúdo objectivo – é o puro "subjectivismo".
Um filósofo diria que se trata de uma espécie de “idealismo”, sistema que nega qualquer forma de realidade objectiva exterior ao “eu” ».

d) As Consequências do Progressismo na Igreja:

4. « O que foi feito da Igreja – una, santa, católica e apostólica – mestra e guarda da Verdade?
Já quase ninguém ousa perguntar! Que desmoronamento em tão poucos anos! Até os protestantes se espantam e inquietam!
Essa é a obra do espírito progressista, que solapou o edifício, como faria um exército de cupins! »

5. « São Pio X profetizara que, se deixassem campo livre, o espírito progressista destruiria tudo, incluídas as bases da Fé, como está destruindo nestes dias ».

6. « Quem é cego e quem se deixa cegar? Os inovadores e os tolos pretendem insinuar (falaciosamente) que dois mil e quinhentos Bispos não podem enganar-se, nem enganar-nos; mas o argumento não é nada convincente.
A quantidade nunca fez a verdade. E existem precedentes: No tempo de Ário, a quase totalidade dos Bispos deixou-se levar pela heresia ».

7. « Santo Atanásio e Santo Hilário foram canonizados, mais tarde, porque foram os que se levantaram contra a heresia geral (arianismo).
Por outro lado, ignoramos o que pensa a maior parte dos Bispos. Talvez façam a si mesmos muito mais perguntas do que imaginamos ».

8. « Sabemos muito bem que a tarefa dos Bispos não é fácil. A força de carácter desaparece nas nossas sociedades cheias de delinquência (e corrupção), e a própria Igreja não foi poupada!
A autoridade diminui – os clérigos obedecem cada vez menos! –, e, ainda que quisessem, poderiam agora os nossos Bispos reagir eficazmente?
Sabe-se que, hoje em dia, a imprensa católica, a televisão e os principais meios de expressão estão nas mãos dos progressistas, que exercem forte pressão sobre a Hierarquia ».

(Continua)


Adaptação: Ulisses / Avlis


Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar
Escrito por: Augusto (IP registado)
Data: 30 de May de 2004 14:56

Luis

A taliban, e tua amiguinha, das-lhe aqui cabidela :)

Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 30 de May de 2004 22:29

Progressismo pós-conciliar=
1- Redescoberta da palavra de Deus tal como está nas escrituras (em língua de cada um).
2- Redescoberta da Igreja como lugar de comunhão, partilha e projectos comuns.
3- Reconhecer que a autoridade na Igreja se chama Jesus Cristo e não Papa.
Dizer que a verdade é absoluta e imutável quer dizer que se defendem as formas de tirania absoluta e ignorar que a realidade é de afcto mutável, que esperamos os Novos Céus e a nova Terra e que a verdade que nos interessa é aquela que vamos descobrindo. Como devem saber um dia o sol deixará de brilhar... Quanto progresso seria necessário para passarmos além desse dia. E não se esqueçam de que a vida é a luz da humanidade e que todo o progresso na Caridade é pouco.
\O/
AOMSoares

Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar
Escrito por: Eureka (IP registado)
Data: 31 de May de 2004 00:31


AOMSoares, sabes perfeitamente, como aliás todos os modernistas e protestantes, que a Verdade, a que se refere o comentário e o questionário em questão, é, exclusivamente, a referente à Palavra de Deus, à Boa Nova, à Verdade revelada por Jesus Cristo, à Verdade Eterna, que esta NUNCA MUDA! Tens dúvidas?
Aliás, aquela mesma Verdade a que se refere Pilatos, e à qual Jesus respondeu com o... silêncio..., porque a Verdade (suprema e imutável!) era Ele mesmo, estava à sua frente (sua, dele Pilatos)...

Sobre tal Verdade, foi dito: "Nem um só til será mudado, nem uma só vírgula será acrescentada"... Isto segundo o sentido da expressão evangélica, que tanto gabas e defendes, em detrimento absoluto da sagrada Tradição, tal como os protestantes em geral...

Conclusão: Se não és protestante, és "católico" ultra-progressista, ou modernista, pelo menos! Até pela maneira como falas do Papa / Santo Padre!...

Rezo por ti, não um "tercinho" - como disse o "padre" João e o Alef ironicamente, blafesmando ou brincando com coisas sérias (objectos sagrados!), a respeito dos irmãos Rodrigo e Andreia (o/a taliban/a é muitíssimo pior, e quase nenhum desses o ameaça, antes pelo contrário, como a Ana Amorim, outra que tal...!)!? -, mas um Pai-Nosso, uma Avé-Maria, uma Santa Maria "Mãe de Deus", e um Glória ao Pai...

E.


Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar
Escrito por: Augusto (IP registado)
Data: 31 de May de 2004 01:28

ehehehehehhehehehehe

Queriam perdao...nada disso..

Quem num e catolico...foraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Quem num e catolico, num pode entrar...

Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar
Escrito por: Pedro B (IP registado)
Data: 31 de May de 2004 10:20

Agora fora de brincadeiras

O texto do Avlis dá que pensar.

De facto muita coisa mudou a seguir ao Concílio.

Factos como os relatados pelo Aprendiz do arquitecto inquietam qualquer um.

Admito que a tese da conspiração modernista e macónica no Concílio nunca me convenceu. Acredito plenamente na bondade quer de João XXIII quer de Paulo VI, agora que algumas coisas dão muito que pensar dão

PedroB

Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 31 de May de 2004 12:29

Pois é Eureka,
Antes da verdade e da graça revelada por e em Jesus Cristo havia a lei de Moisés. Jesus Cristo foi tão progressista que as autoridades religiosas do seu tempo não lhe toleraram o atrevimento e condenaram-no à morte. Também a Igreja Católica condenou à morte homens pelo simples facto de anteciparem o que hoje é lugar comum: "No universo há milhões de sois, já que cada estrela é um sol".
Dizer que o "Universo é infinito" também foi causa de condenação à morte" por parte da tua sacrossanta igreja.
Quanto à questão do "Papa" devo-te dizer que Santos à priori só são Deus e Jesus Cristo; os outros têm de provar que merecem o título e desse assunto a Igreja Católica tem quem se ocupe. Quando no Porto a multidão cantava e aclamava: "Viva o Papa", não me parece que Sua Santidade se tenha incomodado com o título. Aliás há papas santos e outros que nem por isso e quanto aos que promoveram a perseguição e tortura de homens livres, bons cristãos e honrados, nunca choraremos bastante. E é bom que choremos para que os ateus, agnósticos e indiferentes saibam de que substância é feita a Fé. Quanto à verdade imutável sabes que a maior de todas as virtudes é a Caridade, porque as outras, a Fé e a Esperança irão progressivamente sendo objectivadas. E por isso se continua a escrever...
Mas há que não goste de ler ou de actualizar os seus conceitos.
*=?.0

Re: Progressimo e Modernismo Pós-Conciliar - V
Escrito por: José Avlis (IP registado)
Data: 22 de June de 2004 17:12


A ESSÊNCIA DO PROGRESSISMO CATÓLICO – V

VISANDO EVENTUAIS COMENTÁRIOS OU DEBATES


Extractos, seleccionados e adaptados, do site seguinte:

[www.permanencia.org.br]


Título actual: III – O Espírito Progressista na Teologia Moderna - Alínea A

(5.ª Parte)


1. « A teologia moderna faz compreender quanto os padres excessivamente pós-conciliares ficaram intoxicados. Ela explica a (r)evolução negativa da Igreja actual ».

2. « Não temos a pretensão de tratar de assunto tão vasto em poucos parágrafos.
Aconselhamos o leitor a valer-se dos estudos admiráveis do prof. Marcel de Corte, de Louis Saleron, do padre Philippe de la Trinité, e de outros filósofos e teólogos de grande valor e de grande saber ».

3. « Pessoalmente, achamos que os maiores (ir)responsáveis pela evolução catastrófica da Igreja foram Maritain (o Maritain de Humanismo Integral), Teilhard de Chardin, e Karl Rahner, da Companhia de Jesus, que teve influência determinante no último Concílio. (Lamennais pertenceu ao século passado). Os três tinham espírito progressista ».


A – Maritain foi um dos mestres do pensamento do Papa reinante, depois de ter sido eminente tomista.
Deixou-se levar pelo espírito progressista. Não se deve esquecer que foi grande amigo de Mounier, e que cooperou na criação da revista Esprit.
Há um ano, expusemos no Courrier (n. 148 – “A Grande Ilusão”): O que é o “Humanismo Integral” de Maritain?

4. « Este teólogo, considerando como facto definitivo o desaparecimento da “concepção cristã sagrada do temporal” (a Realeza social de Nosso Senhor, com o seu corolário da doutrina dita dos "Dois Gládios"), propunha substituí-la por uma “concepção profana cristã”, não exigindo sequer um mínimo doutrinário comum.
Esta fraternidade universal e democrática, compreendendo cristãos e não-cristãos, devia, segundo Maritain, realizar a sua unidade numa “obra prática comum” ».

5. « Nesta nova civilização, “a obra comum já não apareceria como Obra Divina a ser realizada na terra pelo homem, mas como obra humana a ser realizada pela introdução de qualquer coisa de Divino, que seria o Amor, nos meios humanos e nos trabalhos humanos” [3] ».

6. « Assim, “a obra da cidade dos homens seria realizar, aqui em baixo, um regime temporal, realmente conforme a dignidade humana a essa vocação e a esse amor” ».

7. « A Igreja, no meio dessa sociedade universal (que conheceria forçosamente a paz, porque o povo seria soberano), tornar-se-ia somente uma modesta e discreta inspiradora ».

8. « A força animadora dessa nova civilização seria cristã, mas de maneira indirecta, sem que se fizesse referência a Jesus Cristo, pela simples prática da vida comum, em que se introduziria essa “qualquer coisa de Divino” ».

9. « Todos os sincretismos religiosos tornar-se-iam possíveis, e poderíamos até reconciliar a França da Revolução com a França de Joana d’Arc ».

10. « Vê-se que há uma aproximação perigosa da doutrina de Maritain com o "MASDU" (Movimento de Animação Espiritual da Democracia Universal), denunciada de maneira notável, há já muito tempo, pelo Abbé de Nantes ».

11. « Mas essa doutrina é absolutamente contrária à da Realeza Social de Nosso Senhor, professada pelos maiores Papas ».

12. « Para nos convencermos, basta relermos a Imortale Dei de Leão XIII, ou a Instaurare omnia in Christus (4 de Outubro de 1903), de São Pio X ».

13. « “É portanto necessário - declarava este grande Santo -, pelas palavras e pelas obras, reivindicar para Deus a plenitude de Seu Domínio sobre os Homens e sobre toda a Obra criada, de modo que os Seus Direitos e o Seu Poder de comandar sejam reconhecidos” ».

14. « A doutrina de Maritain “enterra” definitivamente a doutrina chamada dos “Dois Gládios”, sem a qual, estamos convencidos, não haverá nenhuma renovação possível, nem na sociedade nem na Igreja ».

15. « Também, quanto a isso, São Pio X foi clarividente, quando, no momento da separação entre a Igreja e o Estado na França, escreveu na encíclica Vehementer (11/02/1906):
“Que se deva separar a Igreja do Estado é uma tese completamente falsa, um erro pernicioso. [...] Essa tese é a negação clara da ordem sobrenatural. Ela limita a acção do Estado à finalidade única da prosperidade pública, durante esta vida... Subverte a ordem estabelecida por Deus no mundo, ordem que exige harmoniosa concordância entre as duas sociedades [...]. Que princípio se invoca para separar o Estado da Igreja? O seguinte: Que o Estado não deve reconhecer nenhum culto, grave injúria a Deus, Criador do homem e fundador das sociedades humanas, a quem é devido não somente um culto privado, mas também um culto público e social” ».

16. « Os nossos leitores notarão que a política actual do Vaticano tende a fazer desaparecer todas as Concordatas.
Essa política, que pareceria insensata a São Pio X, é o corolário da nova doutrina sobre a liberdade religiosa em foro externo, de cujo esquema o mínimo que se pode dizer é que "é o mais equívoco de todos os que o Concílio promulgou" ».

17. « A igualdade das religiões, trate-se da verdadeira ou das falsas, e a neutralidade do Estado, devem permitir a realização de um sincretismo religioso que foi sempre o objectivo das grandes lojas da maçonaria ».

(Continua)


Adaptação/Edição: José Avlis


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