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sobre a investigação sobre os abusos cometidos por membros da igreja
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 16 de March de 2023 18:20

o relatório


O que sabemos da lista dos abusadores dada à CEP pela Comissão Independente - Final


Já mais de metade das dioceses revelaram alguma informação sobre as listas que receberam da Comissão Independente. Neste post irei actualizando os dados referentes a isto.

Todas as 21 dioceses já revelaram informação sobre as listas. Entre parênteses está o número de alegados abusadores na lista de cada uma e no final encontram um gráfico que irei actualizando à medida que surgir mais informação.

Algarve (2)
Angra (2)
Aveiro (3)
Beja (5)
Braga (8)
Bragança-Miranda (3)
Coimbra (7)
Évora (2)
Forças Armadas (0)
Funchal (4)
Guarda (2)
Lamego (2)
Leiria-Fátima (5)
Lisboa (24)
Portalegre Castelo Branco (2)
Porto (12)
Santarém (0)
Setúbal (5)
Viana do Castelo (2)
Vila Real (3)
Viseu (5)

Total 98
Deste total, tendo por base a informação veiculada pelas dioceses e, nalguns casos, cruzada com informação que já era pública ou do meu conhecimento:

36 já morreram (um é leigo)
10 estão suspensos preventivamente (nove foram suspensos no seguimento do entregar da lista, um já estava. Inclui-se aqui um de Vila Real que foi preventivamente suspenso embora seja originário de outra diocese, pelo que não foi contabilizado no ítem de "Diocese errada", para não haver duplicação. Três da diocese do Porto foram suspensos depois de esta ter recebido mais informação da Comissão Independente)
8 ninguém sabe quem são
2 Estão identificados, mas eram de outras dioceses, tendo os seus dados sido remetidos para essas dioceses. (Não está aqui incluído o padre de outra diocese que se encontrava em Vila Real e que foi preventivamente afastado lá, tendo a informação sido enviada para a diocese de origem. Está contabilizado na lista dos suspensos, para evitar duplicações)
12 já não desempenham cargos (pode ser por serem idosos/reformados, ou por terem abandonado ou sido expulsos do estado clerical)
14 são padres no activo, esperando-se mais informação da Comissão para poder decidir as medidas a aplicar (5 de Lisboa, 4 do Porto, 1 de Coimbra, 2 de Lamego, 2 de Setúbal). No dia 16 de Março o Porto informou que recebeu informação que levou à suspensão preventiva de três dos sete padres sobre quem tinha pedido mais informação. Não disse nada a respeito dos restantes quatro.
4 já foram ilibados (1 civil e canonicamente, 1 só canonicamente, porque civilmente estava prescrito, 1 - de Braga - só civilmente, 1 em Setúbal pelo menos canonicamente)
9 já tratados civil e canonicamente (4 de Viseu, mas sem que se saiba o resultado do processo, 1 de Braga que foi condenado e cumpre pena de medidas disciplinares, 1 de Coimbra cujo processo foi arquivado civil e canonicamente, 1 de Bragança que foi condenado e tem medidas disciplinares em vigor e 2 em Vila Real, que resultaram em penas de suspensão e de dispensa do ministério)
3 são leigos (1 Lisboa, 2 Leiria-Fátima, sendo que um destes poderá já ter morrido. Beja também reportou um leigo, mas que está contabilizado com os mortos)




Uma coisa que não entendo na lista de alegados abusadores ativos entregues pela comissão independente

Diziam que eram mais de cem, mas depois a lista que entregaram tinha 98 nomes.

Depois de entregues vemos que nessa lista muitos já estão mortos, logo não estão ativos, outros já foram afastados, outros já tinham sido investigados e ilibados, outros já tinham sido expulsos, etc.

Ativos mesmo são 14.

Porque comunicam então uma lista de supostos abusadores ainda ativos, quando apenas uma pequena parte pode ainda sê-lo?

Numa entrevista a um membro da comissão independente este disse que era para as vítimas poderem ser indemnizadas.

E aqui está o que não estou a perceber, a grande maioria das denúncias é anónima, só 34 denúncias não são anónimas, logo nunca será possível indemnizar um denunciante anónimo porque que não se sabe quem é.

Porque então incluir alegados abusadores ativos denunciados por alguém anónimo e que na realidade já não estão ativos, aliás muitos até já morreram?

Partindo do princípio, que me parece cada vez mais improvável, que os elementos da comissão independente estão de boa fé, que é que me está a escapar?

Entretanto os nomes conhecidos forma enviados ao ministério público e este apenas considerou como tendo indícios suficientemente sólidos para sustentar uma investigação seis dos casos. De 512 denúncias, apenas 34 não foram anónimas e destas 25 não tinham prescrito. Das não prescritas estão a ser investigadas por quem tem competência técnica e legal para o fazer, o ministério público seis denuncias. A estas acrescem outras duas, enviadas diretamente pelo patriarcado de Lisboa, que enviou cinco, o ministério público descartou 3 e está a investigar as outras 2.

a ler também:

Entrevista Felícia Cabrita: “Sou agnóstica. Não estou aqui a defender a igreja. Mas nunca dou dispensa à imparcialidade."

entre outras coisa Felícia Cabrita afirma:

...
José Ornelas não mentiu. Foi-lhe entregue uma folha com apenas uma coluna, sem datas, sem crimes atribuídos aos abusadores e, muitas das vezes, o nome do alegado abusador nem estava completo.
...




Editado 1 vezes. Última edição em 16/03/2023 18:26 por camilo.



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