Citação:Maria Madredeus
O casamento com disparidade de cultos (com dispensa do impedimento) é igualmente indissolúvel como qualquer outro casamento católico? É portanto válido e indissolúvel (para o cônjuge católico-baptizado pelo menos)? Ou a sua anulação é concedida?
Sim, é indissolúvel tal como o matrimónio entre dois católicos. Poderá ser nulo ou anulável precisamente nos mesmos termos que este último, e tem os mesmos efeitos.
Citação:Maria Madredeus
Se mais tarde, o cônjuge não-baptizado se converter à Igreja Católica e for baptizado, é possível realizar um novo casamento mas desta vez com os dois cônjuges baptizados, ou seja, que possam receber os dois o sacramento ao mesmo tempo? Ou ao baptizar-se o cônjuge não-baptizado passa a receber automaticamente o sacramento do matrimónio (que realizou anteriormente com disparidade de culto)?
Não me parece, pela razão referida acima. Se existe alguma celebração própria, ou algum rito não faço ideia. Aguardemos por pessoas mais informadas...
A minha faceta pragmática: Sejamos práticos, se a ideia é ele baptizar-se trate disso antes de se casar, aliás pode ser juntamente com o casamento.
Citação:Maria Madredeus
Qual a posição da Igreja em relação ao casamento civil? Aos olhos da Igreja, a situação de pecado de um casal em união de facto é igual à situação de casados pelo civil? Ou seja, o casamento civil tem exactamente o mesmo valor do que a união de facto (nenhum valor)?
(Quando dou o exemplo destas situações, de casamento civil ou união de facto, falo entre pessoas solteiras. Não estou a perguntar em relação a situações de divórcio ou adultério).
Não percebo bem a sua pergunta. A Igreja reconhece de alguma forma a validade do casamento civil, pois não é possível celebrar o Matrimónio Católico quem esteja casado civilmente com outra pessoa. Portanto não faz nenhuma equivalência com a união de facto. Não considera é o casamento civil como um sacramento, que obviamente o não é...
Citação:Maria Madredeus
E por fim, é encorajado um casamento pela Igreja se o principal motivo deste for agradar e fazer felizes os familiares próximos (avós, pais, etc) que, caso contrário, não iriam ao casamento ou não o aceitariam? (Digo o principal motivo, mas não o único motivo.)
Não, não é encorajado. O satisfazer os familiares não é de todo motivo para o casamento. Resta saber qual os outros motivos que tem para se casar pela Igreja.
Citação:Maria Madredeus
Assim, deve um católico não-praticante abster-se de casar pela Igreja mesmo que isso lhe custe um consequente afastamento e discriminação por parte da família?
(Digo abster-se de casar pela Igreja por não praticar na totalidade a sua doutrina e perceber o significado e a importância de um casamento canónico, e não querer desrespeitar esse sacramento).
Não, não deve. Na realidade se está a pensar casar-se pela Igreja na situação que descreve provavelmente a sua Fé é muito mais do que aquela de que se apercebe conscientemente. Por isso vá em frente...
Sugeria-lhe uma coisa: para as suas dúvidas fale com um sacerdote. Se quiser posso-lhe sugerir alguém por mensagem privada.
Paz e Bem
João (JMA)