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A propósito das eleições de 5 de Junho
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 17 de May de 2011 11:52

Há uns tempos, sua Eminência Cardeal José Policarpo disse que a Igreja não tomaria posições de cariz partidário nas eleições que se avizinham.
De facto, é bom que a Igreja não faça politica, pois tal não pertence à sua natureza.

Mas, o que pertence, em matéria politica, à sua natureza?? Nada?

Reza assim o documento da CDF sobre a participação dos católicos na vida politica, no nº 3: "Não cabe à Igreja formular soluções concretas – e muito menos soluções únicas – para questões temporais, que Deus deixou ao juízo livre e responsável de cada um, embora seja seu direito e dever pronunciar juízos morais sobre realidades temporais, quando a fé ou a lei moral o exijam" ( [www.vatican.va] ).

E o nº 4 do referido documento fala ainda: "Assiste-se, invés, a tentativas legislativas que, sem se preocuparem com as consequências das mesmas para a existência e o futuro dos povos na formação da cultura e dos comportamentos sociais, visam quebrar a intangibilidade da vida humana. Os católicos, em tal emergência, têm o direito e o dever de intervir, apelando para o sentido mais profundo da vida e para a responsabilidade que todos têm perante a mesma. João Paulo II, na linha do perene ensinamento da Igreja, afirmou repetidas vezes que quantos se encontram directamente empenhados nas esferas da representação legislativa têm a “clara obrigação de se opor” a qualquer lei que represente um atentado à vida humana. Para eles, como para todo o católico, vale a impossibilidade de participar em campanhas de opinião em favor de semelhantes leis, não sendo a ninguém consentido apoiá-las com o próprio voto".

De modo mais abrangente, continua o documento: "Neste contexto, há que acrescentar que a consciência cristã bem formada não permite a ninguém favorecer, com o próprio voto, a actuação de um programa político ou de uma só lei, onde os conteúdos fundamentais da fé e da moral sejam subvertidos com a apresentação de propostas alternativas ou contrárias aos mesmos".

Daqui resulta evidente que nenhum católico pode, em reta consciência moral cristã, e sob o prisma da obediência ao magistério, contribuir com o seu voto para forças politicas que, nos seus programas de governo ou propostas legislativas, procurem legislar criando aquilo a que S. Tomás designa de "leis iniquas".

No caso concreto de Portugal, os católicos não podem favorecer com o seu voto forças politicas que despenalizem o aborto, criem a absurdidade antropológica, ontológica e, enfim, moral dos chamados "casamentos gay", bem como a equiparar o que é desigual, ou seja, a equiparação do casamento a uma união de facto, ferindo e atingindo a intituição da familia na sua dignidade, valor e necessidade social, conquanto esta se apresenta, de facto, como o tecido da sociedade, e como a forma mais elementar de organização, disciplina e conjunto de direitos e deveres.

Considero lamentável o silêncio da hierarquia em relação a estes aspectos da práxis e doutrina eclesial. Devem relembrar a todos os fiéis estes principios.

E, no caso concreto de Portugal, estes principios traduzem-se no dever católico de não votar no Partido Socialista, no Bloco de Esquerda e no partido Comunista, pois foram estas 3 forças, coligadas ou não, que fizeram aprovar a legislação que comentei, o que, aliás, nem é novidade nenhuma para ninguém.

Pena é que seja uma novidade este silêncio cumplice, rasco, cobarde, tibio, da Igreja portuguêsa diante de tão grande responsabilidade como seja a de guiar os católicos eleitores pelo esclarecimento, no seu acto de votar em consciência cristã.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: A propósito das eleições de 5 de Junho
Escrito por: M. Martins (IP registado)
Data: 17 de May de 2011 15:00

Concordo em género, número e grau!!!

Basta ver aquilo que resultou da aprovação da "lei do aborto". Um caos descontrolado. Um absurdo. Uma abominação.E quase todos assobiam e olham para o lado.

Eu também não me conformo. A Igreja Católica deveria ser incisiva nestes assuntos

Os Profetas anunciavam mas também DENUNCIAVAM!!!!



M. Martins

Re: A propósito das eleições de 5 de Junho
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 18 de May de 2011 21:39

Citação:
A Igreja Católica deveria ser incisiva nestes assuntos

Nós somos Igreja.

Povo de reis, assembleia santa, povo sacerdotal.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: A propósito das eleições de 5 de Junho
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 18 de May de 2011 22:37

Esta é uma questão delicadíssima. E que deve ser tratada com a máxima inteligência. A Igreja tem o dever de informar que as pessoas não devem votar, em partidos que tenham nos seus programas, aberrações como a lei do aborto e quais são esses partidos. A Igreja parece-me algo reciosa de o fazer, com medo que as perseguições à Igreja comecem. Mas foi para isso que a Igreja nasceu: para ser perseguida. O problema já se sabe é que vozes de esquerda, vão dizer que a igreja quer assumir um lugar dentro do Estado. Uma solução inteligente seria primeiro informar quais os regulamentos da Igreja e depois distribuir um resumo dos programas dos 5 partidos para as pessoas votarem em consciência de acordo com o regulamento da Igreja.

Quando a Igreja deixar de ser perseguida então algo vai mal dentro da Igreja.

Bem eu já decidi:voto em branco a esquerda não me apetece, a direita está empedernida de um neo-liberalismo que não me agrada e de pessoas que me parecem não muito capazes. O meu voto em branco é um voto de protesto, contra esta turma política, mal educada e que passa a vida a falar mal uns dos outros. Deveria ser como na islândia. Correram com os políticos todos e agora estão-se a safar. Isso não passa nas TVs nem os partidos nos debates falam nisso, porque são parte interessada em manter este sistema de politicas incapazes. O comunismo é um sistema falhado o capitalismo já mostrou que não funciona. È altura de aparecer uma nova solução, ou seja a melhor solução. Acabar com o sistema económico totalitário, em que um conjunto de rapazes sentados no sofá, com meia duzia de ações de uma empresa ganham (muito) dinheiro, sem fazer um chavo. Para isso é preciso uma revolta, que faça com que os trabalhadores passem a ter um sistema democrático ( e não hereditário, pois como se vê em portugal as empresas passam de pais para filhos e depois vão á falência. Se no na regulação do estado a monarquia acabou e existe um sitema democrático, não faz sentido que no sistema económico não venha a acontecer a mesma coisa. O destino das empresas é od estino dos trabalhadores, eles tem o direito de decidir, pois essa foi um dos ideiais da implementação da democracia, que agora se vê atada por um sistema económico déspota) dentro das empresas e a ter sentido de voto nas decisões e na admnistração da Empresa(elegendo admnistrador da empresa) e que para eles reverta o justo lucro, pelo seu trabalho. Justo lucro na justa medida da sua produtividade através de uma avaliação objetiva e rigorosa. Não para esses que estão sentados no sofá, que nada fazem.
A Doutrina Social da Igreja já prevê isto dizendo que a cada trabalhador é devido o justo salário pelo seu trabalho.
Eu voto em branco.



Editado 2 vezes. Última edição em 18/05/2011 22:47 por vitor*.

Re: A propósito das eleições de 5 de Junho
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 04 de June de 2011 00:11


Re: A propósito das eleições de 5 de Junho
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 05 de June de 2011 14:29

tem piada, mas de certa forma é insultuoso. O direito à honra é um direito consitucional e humano, embora para mim não morra de amores pelo PS.

Re: A propósito das eleições de 5 de Junho
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 06 de June de 2011 18:41

Eu votei no Sócrates e foi a primeira vez que votei no PS.

Concordo com vocês em tudo, mas sei que Passos Coelho defende as mesmas imoralidades e leis imorais que Sócrates legislou.

A diferença está em que Sócrates chegou lá primeiro, logo pôde criar tais aberrações primeiro.

Conheço os riscos da minha posição, mas se tiver que escolher entre não ter nem doutrina moral nem doutrina social, e ao menos ter doutrina social sem doutrina moral, fico com esta segunda.

Realmente não acho que Passos Coelho seja a melhor opção para o país. E penso que muito brevemente os portugueses vão compreender o enorme disparate que fizeram.

É claro que, se ele reavaliar a lei do aborto, serei a primeira em corrigir imediatamente a minha posição.

Mas, enquanto isso não for feito - e para mim Paulo Portas não 'obrigará' Passos a rever essa matéria -, mantenho o que disse antes: Sócrates seria melhor.

O programa eleitoral do PSD contraria completamente a doutrina social da Igreja.

E esclareço que sempre fui de direita (em questões morais) e de esquerda (em questões sociais).

Os co-pagamentos na saúde, o fim do serviço nacional de saúde gratuito, os despedimentos em massa na função pública (por cada cinco funcionários que saem, só pode entrar um), a privatização de um canal da RTP e outras medidas de igual gravidade poderão colocar em risco o estado social. E os portugueses não estão preparados para uma mudança dessa natureza.

Além disso, se o FMI manda hoje no país, é na minha opinião culpa de Passos que se recusou a aprovar o PEC4, com a única intenção de chegar ao poder, dado que dois dias depois se comprometia na Europa a fazer tudo quanto fosse necessário para cumprir as medidas que o FMI determinasse. Até disse que as do PEC 4 eram insuficientes...

Para mim isso chama-se sede pelo poder.

Sócrates ontem teve uma atitude muito digna e nobre.

Claro que o governo socialista não era propriamente uma opção católica, mas eu considerei-o o mal menor, dado que sei perfeitamente que se lá tivesse estado antes, Passos teria legislado da mesma forma imoral - em diversas entrevistas manifestou-se favorável à lei do aborto, à facilitação nos divórcios, ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e até à eutanásia - o governo não avançou com esta.

Acresce ainda a tudo isto que Passos defende um neoliberalismo económico - um capitalismo selvagem - que, não só contraria a doutrina social da Igreja que o condenou, como ainda envergonha o próprio PSD e a Social-Democracia em que tantas vezes votei para evitar o PS.

Por tudo isto, considero que a decisão dos portugueses é, para dizer o mínimo e não ferir sensibilidades,... lamentável.

Re: A propósito das eleições de 5 de Junho
Escrito por: M. Martins (IP registado)
Data: 06 de June de 2011 21:09

Mas será que ainda há alguém que se acredite nesta cambada de crápulas?!?!?!?!?

Para mim, a idade das "ilusões políticas" morreu à muito.

Aguardem mais uns tempos e vão ver como elas vos mordem, (ou continuam a morder). Vai ser um "ver se te avias" nos "jobs for the boys", mas desta vez em tons de laranja. Bastava ver os apoiantes do P. Coelho quando ele discursava. Até lhes brilhava os olhos....

Como diz aquele velhinho meu conhecido: ...só mudam as moscas....

M. Martins



Editado 1 vezes. Última edição em 06/06/2011 21:11 por M. Martins.

Re: A propósito das eleições de 5 de Junho
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 06 de June de 2011 22:14

Dizer que um governo é mais ou menos afim dos principios católicos, porque, se tivesse estado lá, teria legislado da mesma maneira, é deitar água em cisternas furadas.

Aqui não é preciso adivinhações; os factos da história falam por si.
Que nos diz a história?

1 - Depois do 25 de Abril, foi nos governos do PSD que Portugal mais progrediu (Legislaturas de Cavaco Silva) ou, pelo menos, manteve a situação estabilizada (legislatura de Durão barroso e Santana Lopes).
2 - Nas 3 vezes que o FMI veio a Portugal, foi sob uma legislatura socialista;
3 - Todas as iniciativas de legislação pró-aborto e casamento gay partiram da esquerda, e nunca da direita (o PSD teve o gesto digno de se abster, o que é previsto pela disciplina esclesiástica).
4 - caso não se saiba, o governo PS introduziu a cobrança de impostos sobre o vencimento dos senhores padres, quando a Igreja não pede um cêntimo ao Estado para pagar aos padres, entre outros impostos cobrados.

Mas há mais a ter em atenção.
O que vale mais? Um PEC IV de Sócrates sem dinheiro, ou um PEC FMI com dinheiro?
São ambos substâncialmente identicos, é certo. Porém, com um ficava tudo na mesma, enquanto que com o segundo há dinheiro para salvar uma economia que nenhum PEC socrático iria salvar.

É absurdo dizer-se que o chumbo do PEC IV implicou o pedido de ajuda ao FMI. Se a situação fosse como o sr engenheiro dizia, não teria sido pedida ajuda tão cedo.
Mas, pasme-se, bastou 1 mês para se dizer que estavam em risco salários de Maio.
Ora, eu pergunto: era o PEC IV que, em pouco mais de 30 dias, iria fazer um milagrinho?

A deslealdade do PS foi ao ponto de não ter coragem de dizer que a situação estava perdida há muito tempo, fora o facto de, nesta barafunda toda, o unico a ser um pouco verdadeiro foi o sr Teixeira dos Santos, quando disse que iria pedir ajuda ao FMI quando os juros passassem os 7%. Mas, eis que veio o animal feroz, um pobre iludido que julgou que vivia no mundo das maravilhas, e esqueceu a promessa de 100000 empregos, diante de uma taxa de desemprego de mais de 12%, um défice escabrozo, um governo cheio de megalomanias, com a história de TGVS e aeorportos..., e recusou pedir ajuda.

E isto diante de inúmeras vozes isentas que HÁ MUITO diziam que seria necessário esse pedido de ajuda.
O PSD mais não fez do que colocar um ponto final nesta teimosia mórbida, doentia, vergonhosa e desrespeitadora dos mais superiores interesses na nação.

O PS, em matéria de lei do aborto, bem como do casamento da bicheza, sempre andou a reboque desse odioso BE... talvez tenha sido falta de coragem de evitar a questão. O PSD evitou-a, abestendo-se; o CDS evitou-a, chumbando-a.

Finalmente, não posso deixar de comentar a acusação de o PSD não estar de acordo com a doutrina social da Igreja.
Talvez seja útil recordar que o PS, e a esquerda de uma forma geral, abundam e Maçonaria, com os seus conhecidos valores.
Se o PSD não alinha na doutrina social da Igreja, certamente alinha menos mal que o PS maçónico desse ateu bochechas.

Olha, a história julgará.



Editado 1 vezes. Última edição em 06/06/2011 22:15 por Rui Vieira.

Re: A propósito das eleições de 5 de Junho
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 06 de June de 2011 22:51

Concordo com todos o que é um bocado estranho e por isso não voto em nenhum. A alternativa entre uma esquerda que é matérias de ética é liberal e uma direita que em matérias económicas é liberal, é dificil e julgo que ambas não cumprem e por ventura não são obrigadas a cumprir o que diz a Igreja, mas nós Cristãos lá estamos para escolher. Amigos havia 17 partidos a votação e não apenas 5 como por vezes as tvs nos querem fazer dormir. Eu escolhi um entre os 17 partidos. Li e ouvi o que pensavam e votei em consciência.

Não tenho muitas dúvidas que a esquerda tem razão. Esta politica económica neo-liberal, não vai chegar a bom porto. Só resta saber até quando durará. Mas se a esquerda radical aplicasse as suas politicas económicas, iria ser do mesmo jeito.

Vocês já leram o currículo do passos coelho? Não sou ninguém para atirar pedras ao currículo de ninguém, até porque não julgo ter currículo para PM, mas para primeiro ministro era preciso ter um bocado mais que um percurso na jsd um diploma aos 37 anos e a gestão de umas empresas do seu amigo e membro do PSD Ângelo Correia.

Re: A propósito das eleições de 5 de Junho
Escrito por: Francisco Preto (IP registado)
Data: 22 de June de 2011 18:02

Bom dia a todos.
Escrevo aqui a primeira vez, com estranheza por aqui se discutir uma questão politica.
Discordo de todos vós nas opções politicas, pois a minha politica é muito diferente das vossas.
Não votei em nenhum desses partidecos, anulei o voto, porque nenhum defende os meus princípios.
Nos vermelhos não posso votar, pois votar vermelho é votar contra o Cristianismo e contra a Igreja Católica. Não há, não pode haver, Catolicos comunistas, nem Catolicos socialistas pois estas ideologias são anti-cristãs.
Nos outros partidos, ditos de direita, não posso votar por razões ideológicas e de bom-senso.
Todos os partidos, sem excepção, estão vendidos ao internacionalismo: uns ao internacionalismo judaico-capitalista no caso do psd e do cds; outros ao internalismo maçonico-comunista no caso do pc e ps; ouros ao internacionalismo estupidificante no caso do berloque e daquele lamaçal de partidelhos q nao elegeram ninguem.
Eu não aceito nenhuma ingerência estrangeira na politica Portuguesa, de nenhum tipo de internacionalismo.
Por isso sou diferente de vós todos.
Não é necessário nenhum pacote de apoio externo: necessária é a Revolução Nacional!

Re: A propósito das eleições de 5 de Junho
Escrito por: Horácio Afonso (IP registado)
Data: 07 de August de 2011 09:17

Olá Bom dia

Manuel Serra morreu em Fevereiro de 2010, foi um destacado dirigente do PS até final de 1994. No final de 1975 fundou o seu próprio partido Frente Socialista Popular. Teve intervenção no golpe ao quartel de Beja o advogado e comentador Miguel Sousa Tavares pai do actual Miguel Sousa Tavares foi seu defensor.

Manuel Serra foi um dirigente bastante activo da JOC, Juventude Operária Católica. Isto é para dizer que nem todos os que estão no PS aprovam ou aprovariam se fossem vivos os casamentos homossexuais ou a lei do aborto. Muitos de nós, ainda vivos, votamos em branco, não aceitamos e repudiamos essas leis, quanto a nós anti-natura, e contra a vida humana. Lamentamos e pedimos desculpas porque foi com o nosso voto que os criadores dessas leis abomináveis se instalaram no poder.

Também devo de lembrar, para quem é defensor do PSD, que este partido também de uma forma subtil aprovou esta lei ao não votar contra, absteve-se… O único que votou contra foi o CDS.

Fiquei surpreendido quando alguém aqui no fórum falava que foi no governo do PS que foi imputado aos senhores padres o imposto dos rendimentos por eles auferidos. Isso é normal em qualquer país, eu também os pago e não tenho outro remédio. «Dai a César, dai a Deus o que é de Deus»

No governo do professor Cavaco Silva entrou muito dinheiro em Portugal da Comunidade Europeia, digam-me o que foi feito?... Muito pouco para a quantidade de dinheiro que entrou em Portugal. Em relação a ministros e subsecretários de estado desse tempo temos o exemplo do que foi feito através do BPN que não abona a favor do governo acima citado.

De Durão Barroso e Santana Lopes nem vou me dar ao trabalho de comentar…..

Em relação á igreja a sua postura é de louvar, a igreja deve de ser diplomática, a igreja não tem como objectivo fazer frente ao poder politico. Acreditem que não ganharia absolutamente nada Quem quer uma igreja perseguida?...Já bastou o sacrifício de Jesus, já basta os ataques sem fundamento de inúmeras seitas que andam por aí, dos Judeus, muçulmanos, viver com os erros do passado, ainda por cima de tudo isto há que nos queira ver perseguidos….

Horácio Afonso

Re: A propósito das eleições de 5 de Junho
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 07 de August de 2011 13:34

Boa tarde.

Citação:
Também devo de lembrar, para quem é defensor do PSD, que este partido também de uma forma subtil aprovou esta lei ao não votar contra, absteve-se…

Se essa afirmação for verdadeira, então o Magistério dá a sua aprovação à dita lei, uma vez que o Magistério concede a abstenção nessa matéria...

Mas como tal não é admissivel, então não existe nenhuma relação, nem subtil, entre abstenção-aprovação de leis.

Citação:
Fiquei surpreendido quando alguém aqui no fórum falava que foi no governo do PS que foi imputado aos senhores padres o imposto dos rendimentos por eles auferidos. Isso é normal em qualquer país, eu também os pago e não tenho outro remédio. «Dai a César, dai a Deus o que é de Deus»

Quando, no ofertório, os fiéis fazem as suas ofertas, não é a César que elas são feitas, mas a Deus.
Ora, essa lei exige que aquilo que seria uma oferta de ambito religioso, se torne uma contribuição às finanças do Estado.
Estamos diante de uma violação. Mas mesmo essa violação acaba sendo incoerente.

Se formos coerentes com a lógica do governo, seria necessário admitir que a comunidade eclesial emitisse um recibo ao fiél que faz a oferta.

Se formos coerentes com a lógica do governo, então aqueles que vivem como mendigantes também deveriam ser tributados, uma vez que vivem das ofertas feitas na base da generosidade dos outros.

Ora, isto não tem razoabilidade nenhuma.

Acresce a isso, que não é devido ao facto de uma situação ser normal, que ela se torna legitima, licita.

Cuprimenntos

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)

Re: A propósito das eleições de 5 de Junho
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 07 de August de 2011 20:42

O PS está contaminado de maçonaria. Esses ideiais de casamento homossexual vêem de lá.

A palavra casamento implica complementariedade, ou seja casar uma coisa com a outra só pode ser possível se numa houver espaço para a outra. Se duas peças forem iguais elas não se complementam, porque na primeira não existe espaço para a segunda. O tipo de relação homossexual não pode ser casamento, pode ser uma outra coisa qualquer mas não é casamento.

Ainda há dias a RTP fez uma reportagem sobre duas mulheres lésbicas que educam uma criança. Uma das senhoras diz que sofre de depressão depois de ter beijado a outra senhora na boca em frente a uma igreja. Se a igreja fosse para a porta delas com cruxifixos e bíblias demonstrar que as escrituras condenam veementemente a homossexualidade, a reacção anticlerical dos media (que por acaso está cheios de maçons) faria-se sentir e certamente estas sentiriam-se ofendidas na sua "liberdade" e provocadas. Mas como foram estas novidades(leia-se senhoras) provocar a igreja já não há problema.

Mas com confiança em Cristo digo que Deus tenha piedade destas almas.

Re: A propósito das eleições de 5 de Junho
Escrito por: Horácio Afonso (IP registado)
Data: 07 de August de 2011 23:41

Quando considerei a situação pensei em ganhos adquiridos através de trabalho ( aulas em escolas etc..) não sabia que se estava a referir dádivas de fieis, lamento o meu erro e por isso peço desculpa.

Cumprimentos

Horácio Afonso

Re: A propósito das eleições de 5 de Junho
Escrito por: Horácio Afonso (IP registado)
Data: 08 de August de 2011 10:04

Olá bom dia

Não foi só no PS que a maçonaria se instalou na própria direita e monarquia ela está bem representada. Basta ir-mos á Quinta da Regaleira para observarmos a presença de forças politicas do PS, CDS, Monarcas, provavelmente que existirá também gente do PSD embora não esteja em grande força

Claro que a Quinta da Regaleira funciona como um “laboratório” alquímico da Maçonaria Templária e com alguma influência Rosacruciana.

Podemos observar a influência da maçonaria templária e também de um grande “laboratório alquímico” através dos símbolos que estão presentes em todo o espaço da quinta, como o poço iniciático, o forno de Athanor, a Gruta de Leda e a própria capela onde estão representadas as cores das “Obra”. A cripta com mosaicos pretos e brancos, ( significa os opostos) e o piso da capela onde estão representados a Cruz de Cristo ( Ordem que sucedeu aos Templários em Portugal e se instalou em Tomar, Esta cidade foi fundada por Gualdino Pais Mestre Templário ) Também nesta capela são visíveis várias cruzes orbiculares (Cruz Templária) no pavimento do chão.

Ao entrar na capela pode observar o Delta Flamejante no lado esquerdo que tem um significado também ele esotérico ligado também á Maçonaria Templária. Já que estamos a falar da capela podemos afirmar que em termos sagrados a orientação é perfeita a entrada é a Ocidente e o Altar a Oriente. É uma capela de uma só nave segue uma linha de construção que vai desde o revivalismo passando pelo manuelino ao gótico, aliás como quase todas as construções deste espaço muito bonito.

Devo-lhe dizer que sou um Cristão Católico, tenho muito prazer em o ser, mas não indiferente a estas coisas como Templários, Ordem de Santiago, Cruz de Malta, nesta ultima a monarquia está muito bem representada. Claro que é preciso separar a realidade da ficção é preciso ter muita atenção a determinados romances que surgem por aí, muito duvidosos deturpando tudo, falseando, enganando só para fazerem dinheiro…

Como podemos observar em todo lado á gente do PS, Monarcas, PSD, CDS, isso nem sequer é importante, o importante é que temos uma fé comum e amamos a Deus o nosso Pai, assim como a Jesus Cristo, e todos os dias de uma forma humilde estou disponível para aprender mais sobre o Pai…

Cumprimentos
Horácio Afonso



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