Fóruns Paroquias.org
paroquias.org

  A participação no Fórum Paroquias.org está condicionada à aceitação das Regras de Funcionamento.
Inteligência Espiritual
Fóruns Paroquias.org : Geral

 

Ir para tópico de discussão: AnteriorPróximo
Ir para: Lista de fórunsLista de mensagensNovo tópicoPesquisarEntrar
Ir para a página: 1234Próximo
Página actual: 1 de 4
«Provavelmente Deus não existe. Portanto, deixe de se preocupar e goze a vida»
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 13 de January de 2009 02:50

O título do tópico é, como saberão, uma tradução da já polémica mensagem publicitária colocada em centenas de autocarros no Reino Unido e Espanha, campanha promovida por associações ateístas. Richard Dawkins, conhecido biólogo e autor do livro The God Delusion, é um dos seus patronos.

Aqui ficam alguns comentários muito rápidos, talvez provocadores, que poderão sugerir outras reflexões.

1. Por mais que muitos dos amigos de Richard Dawkins queiram descredibilizar a crença em Deus e o próprio debate acerca da existência de Deus com argumentos pouco inteligentes que se aproximam do «Monstro de Esparguete Voador» (com «simpatizantes» no «De Rerum Natura» e noutros espaços), o facto em si mesmo é muito significativo. A questão da existência ou não de Deus é completamente diferente da questão da existência ou não de vida em Marte ou em qualquer outra parte do universo.

2. Considero que quase sempre as discussões sobre a existência de Deus estão contaminadas por um erro fundamental, que muitos filósofos parecem ignorar: o considerar Deus como «mais um objecto». Ora, a existir, Deus não se pode identificar com um objecto mais, entre tantos outros. A ser objecto, esse objecto necessitaria sempre de um fundamento não-objecto-entre-outros. Nisto, parece-me que muitos dos defensores dos argumentos tradicionais da existência de Deus se saem relativamente mal, porque tratam Deus como se fosse um «objecto» mais.

3. Não se compreende muito bem a razão pela qual associações ateístas promovem uma campanha com uma posição agnóstica e não propriamente ateia. Um ateu dirá: «Deus não existe», sem «provavelmente». Pode ser verdade que um agnóstico se comporte na vida prática como um ateu, mas um ateu convicto merece-me muito mais respeito, porque tem mais «fé» que um agnóstico.

4. O advérbio «provavelmente» põe um curioso problema, raiz de algumas curiosas queixas de «publicidade enganosa». Se provavelmente Deus não existe, como se prova? Quem prova? Parece que caímos na mesma desilusão ao ler o livro de Dawkins: apesar do título do livro, conclui apenas que provavelmente Deus não existe. Mas que significa, afinal, «provavelmente»?

5. A mensagem é claramente depreciativa em relação aos crentes, imputando-lhes uma injustificada preocupação e uma incapacidade de desfrutar da vida (é curiosa a imagem de Deus que há aqui). Se, em si mesma, a mensagem é preconceituosa e teologicamente infundada, talvez haja, no entanto, muito em que devamos pensar, pelo menos no caso cristão: não darão muitos crentes cristãos uma imagem bastante masoquista da própria existência e uma visão negativista da vida e do mundo, contradizendo algo essencial do ensino bíblico, fundamentalmente positivo? Não damos muitas vezes um testemunho bastante contraditório com a fé na ressurreição? Por outro lado, mesmo sem cair em «fulanismos», é o ateísmo militante realmente propiciador de uma vida plena? E serão os ateísmos a-teísmos em relação a Deus ou em relação a estereótipos de Deus? Não há aqui um estereótipo de Deus nesta mensagem dos autocarros? Se me dizem que não acreditam num Deus concorrente da minha felicidade não poderei dizer o mesmo? Eu direi que também não acredito nesse «deus»…
Não é por acaso que uma contracampanha espanhola diz: «Deus existe. Goza a vida em Cristo».

6. Talvez o seu tom «epicurista» ou talvez hedonista me leve a pensar noutro aspecto: o «goza a vida» (sem Deus) soa-me a agnosticismo-de-sofá-dos-bem-instalados. Num tempo de crise profunda a tantos níveis (económico, social, diplomático…), este apelo «epicurista», individualista e «despreocupado» não soará a insulto para as inúmeras vítimas, que não podem «gozar a vida»?

7. Como responderiam a esta campanha? Merece resposta?

8. Alguns «links» para notícias relacionadas com este assunto:

Grã-Bretanha:
- «Atheist buses denying God's existence take to streets»;
- «Grã-Bretanha: cristãos cobram de ateus prova de que Deus não existe»;
- «Reino Unido: Autocarros ateus motivam queixas»;
- «Agência de auto-regulação britânica estudará queixas sobre anúncio ateu».

Espanha:
- «Batalha publicitária entre ateus e cristãos».

Alef

Re: «Provavelmente Deus não existe. Portanto, deixe de se preocupar e goze a vida»
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 13 de January de 2009 12:36

A existência de Deus não está seguramente dependente das opiniões que emitimos sobre a questão. Não nos preocupemos, portanto, e gozemos a felicidade de vivermos num horizonte sem limites para o tempo, o pensamento ou a expansão.

*=?.0

Re: «Provavelmente Deus não existe. Portanto, deixe de se preocupar e goze a vida»
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 13 de January de 2009 12:46

Citação:
Albino
«[...] e gozemos a felicidade de vivermos num horizonte sem limites para o tempo, o pensamento ou a expansão»

Albino, que quer dizer isto exactamente? Que é um horizonte sem limites para o tempo?

Quanto à primeira parte da frase, é verdade que Deus não depende do que pensemos d'Ele, se existe ou não, etc. Mas, para nós, é completamente diferente se existe ou não. Ou seja, a questão, teoricamente «indiferente» para Deus, não o é para nós. Portanto, a «indiferença» de Deus face às nossas discussões não resolve o problema, de nenhum modo. Também por isso é que há um problema raramente abordado, o de confundir agnosticismo com falta de interesse no assunto da existência de Deus. Na verdade, e em linha de pensamento com o que diz algum filósofo, o problema de Deus hoje não é tanto o de saber se Deus existe ou não, mas o problema de que para muita gente deixou de ser «problema», porque muitas pessoas tentam viver como se o problema não existisse.

Alef

Re: «Provavelmente Deus não existe. Portanto, deixe de se preocupar e goze a vida»
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 13 de January de 2009 15:26

Alef,
Tanto quanto somos capazes de captar, a um dia segue-se outro dia, a um século outro século, ou seja: os limites do tempo estão para lá da nossa capacidade de raciocinar.
E Deus existe na medida em que se observam os seus mandamentos, sobretudo naquilo que eles têm de essencial para a dignificação da condição humana. Quanto à santificação do nome de Deus, creio que os ateus os agnósticos não deixam de dar o seu contributo positivo, porque nos obrigam a não nos acomodarmos a idolatrias várias.

*=?.0

Re: «Provavelmente Deus não existe. Portanto, deixe de se preocupar e goze a vida»
Escrito por: Vera (IP registado)
Data: 13 de January de 2009 15:58

Da minha parte merece resposta sim.
Parece-me bem que cada um tenha a sua opinião e a manifeste. Porém, assim como acho digno de uma boa gargalhada o apregoar de Deus por parte de alguns crentes, como acontece em algumas rádios por exemplo (e não vou discutir aqui o facto de muitas vezes serem apenas seitas religiosas, limito-me a chamar-lhes crentes), parece-me absurdo que estes que não acreditem na existência de Deus tenham necessidade de o apregoar, fazendo passar a mensagem nos autocarros.
A meu ver, esta é a atitude adequada a quem acha que os outros não têm por si só a capacidade de concluir da existência ou não de Deus, já que quase só lhes falta dizer que se diz que Deus existe porque alguém se lembrou de o dizer.
Em suma, apregoam limitações que consideram serem-nos impostas pela existência de Deus, as ditas preocupações que podemos deixar de ter, colocando-nos numa idêntica: viver segundo as ideologias desses grupos, acreditando que Deus não existe só porque eles disseram.
E aqui entra o "provavelmente" que o Alef referiu, a meu ver, muito bem. Escondem a ideologia com esta palavrinha, do mesmo modo que escondem os seus objectivos com o significado da mesma. Na prática não afirmam, sugerem.
Haja coragem de assumirmos o que somos, independentemente daquilo ou daqueles em que acreditamos.



Editado 1 vezes. Última edição em 13/01/2009 16:01 por Vera.

Re: «Provavelmente Deus não existe. Portanto, deixe de se preocupar e goze a vida»
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 13 de January de 2009 16:29

A palavra "provavelmente" foi a que mais me chamou a atenção, na primeira vez que vi a notícia em Outubro.

Acho particularmente interessante o uso do "provavelmente".

É falta de convicção? Será que, apesar de tudo, receiam que Deus exista e que ao cuspir para o ar lhes caia em cima?

É medo de ofender completamente as pessoas? O "provavelmente" "suaviza" a frase. Não lhe dá um tom tão forte e, desta forma, não chamam (com todas as letras) burros à maioria das pessoas.

Ao negar a existência de Deus - provavelmente! -, estão a meter no saco dos "preocupados" não só os cristãos, como também os judeus e os muçulmanos. E na Grã-Bretanha existem muitos de todos. Será que são todos cinzentos, aflitos, preocupados? Não o creio. Não o são todos os cristãos, não o serão todos os judeus nem todos os muçulmanos.

Mas a característica mais engraçada da coisa, é eles associarem a preocupação com Deus. Ou seja, Deus não existindo, acabam todas as ralações. Fico assim a saber que os ateus - porque não acreditando em Deus, não têm preocupações - escapam ilesos da crise financeira mundial, dos problemas de saúde, dos problemas profissionais, das contrariedades que vão surgindo ao longo da vida. Ou então, quais estóicos, enfrentam tudo isso com um sorriso.

Pois!!!

Outro ponto que me deixa muito curiosa, é a ênfase que os ateus dão a Deus. Claro que é para O negar, mas pelos vistos há muitos cuja vida gira em volta d'Ele. Porquê?

Será que devemos fazer alguma coisa? A reacção espanhola parece-me uma resposta de bom gosto.

Nunca fui adepta de tentar mudar as crenças de ninguém, seja para que lado for. Se alguém resolver não acreditar, desde que não tente mudar ou ofender as minhas crenças, não me incomoda.

Gostei particularmente da reacção duma reverenda metodista, na notícia de Outubro:

Citação:
«Esta campanha será uma coisa boa se fizer com que as pessoas pensem nas questões mais profundas na vida», disse Jenny Ellis, reverenda metodista.
«O Cristianismo é para pessoas que não têm medo de pensar sobre a vida e o seu significado», concluiu a religiosa.

Cassima

Re: «Provavelmente Deus não existe. Portanto, deixe de se preocupar e goze a vida»
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 13 de January de 2009 17:27

Eu não gosto muito de comentar o ateísmo, pois acabo sempre por me arrepender do tempo que perdi com a matéria. Mas aqui vai.

Considero o ateísmo uma imbecilidade e os ateus uns imbecis.

Clarifiquemos os conceitos: ateísmo é a teoria que alegadamente prova a não-existência de Deus. Começa por rejeitar as provas filosóficas da existência de Deus, por as mesmas não poderem ser cientificamente provadas. De seguida, não dando quaisquer provas de caractér científico, ou seja que possam ser experimentadas por tal método, afirma o "dogma científico" da não existência de Deus.

Claramente trata-se de uma imbecilidade.

Diferente, digno de todo o respeito, e com quem vale a pena dialogar é o agnosticismo. Diz esta corrente de pensamento que não é possível afirmar a existência ou não existência de Deus. É uma posição que contrario mas com a qual existe toda a possibilidade de diálogo. E esta posição não funciona com graus de probabilidade: afirma, uma grande parte das vezes, e habitualmente nas mais fundamentadas posições, a limitação do homem em saber se Deus existe ou não.

No que se refere a esta campanha, que pertence à esfera do ateísmo (não concordo contigo, Alef), é uma coisa perfeitamente ridícula: um misto entre a imbecilidade e o anúncio da Carlsberg (provavelmente a melhor cerveja do mundo). A esta campanha não deve ser dada mais relevância que a uma campanha de refrigerantes: tem a mesma seriedade e o mesmo grau de cientificidade.

Um outro aspecto chocante desta campanha é o óbvio pendor anti-ético da mesma. Como Deus não existe, não tenhas nenhum limite nos teus actos. É o apelo à barbárie, ao hedonismo, enfim a tudo aquilo que há de negativo no homem.

Junta-te ao clube e torna-te um selvagem. Gozar a vida é ser atropelado por um outro selvagem como tu que acelerou quando entraste na passadeira. E remorsos, deixa-os para os coitadinhos dos crentes...

Mas no final disto perguntamo-nos: se Deus não existe, porque é que perdem tanto tempo com Ele?

Conclusão de tudo isto: nem os alegados ateus conseguem viver sem Deus.

Curioso.

João (JMA)

Re: «Provavelmente Deus não existe. Portanto, deixe de se preocupar e goze a vida»
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 13 de January de 2009 17:55

Num dos links deixados pelo Alef vem escrito:

Citação:
Organisers originally hoped to put the message on just a handful of London buses, as an antidote to posters put up by religious groups which they claimed were "threatening eternal damnation" to non-believers.

Afinal quem é começou esta guerra? Que posters eram esses e que mensagem era essa que eles entenderam como ameaçando os descrentes com a condenação eterna? Foi um exagero de interpretação? Ou não?

Cassima

Re: «Provavelmente Deus não existe. Portanto, deixe de se preocupar e goze a vida»
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 13 de January de 2009 18:03

Caro JMA:

Uma notinha rápida, «en passant»:

Quando digo que os ateus me merecem mais respeito que os agnósticos, refiro-me a um problema sério que mencionei mais tarde: às vezes o agnosticismo denota apenas algum comodismo em não levar a questão muito a sério. O ateu «sabe» que Deus não existe e nisso merece a minha admiração. Por contraditória que possa ser a sua posição, há normalmente convicção e, muitas vezes, disposição para dialogar sobre a questão. Já disse algumas vezes que gosto de conversar com ateus sobre as «razões da sua (não-)fé». Porque me parece que há um «momento» onde crentes e não crentes nos encontramos diante da possibilidade do «tudo» ou do «nada», um ponto de enorme pobreza humana, de onde divergem caminhos bastante opostos, mas talvez com muitos elementos comuns. Não estranha, por isso, que tantos santos tenham vivido o abismo da descrença. E nisto penso imediatamente em três grandes Teresas: Teresa de Jesus (Santa Teresa de Ávila), Teresa de Lisieux (Santa Teresa do Menino Jesus) e Madre Teresa de Calcutá. De um modo ou de outro, todas viveram crises enormes, viscerais, da «ausência absoluta» de Deus, coisa que a alguns causa surpresa e talvez escândalo. E, contudo, isto não faz delas menos modelos para os outros cristãos (duas foram canonizadas e a última foi beatificada). Ou seja, e retomando o fio condutor, diante do problema de Deus, honestamente colocado, tanto ateus como crentes estamos no mesmo barco e debatemo-nos com questões comuns. Distingue-nos a «resposta» ao problema, e não propriamente a inteligência ou outras capacidades humanas. Tocamos aqui o mistério da vontade humana diante da possibilidade da transcendência, do assentimento humano e da própria fé enquanto dom: por que razão uns dão o passo da fé e outros não o dão, invocando coerência com a sua consciência?

O ateísmo a que te referes (supostamente «científico») é talvez um caso especial, embora frequente, mas nem todos os ateísmos seguem esse padrão. Isto é, nem todos decidem ser ateus porque esperam uma prova científica da existência de Deus e depois contentam-se com uma qualquer objecção que «prove» o contrário.

Quanto ao agnosticismo, também há muitos modos de se dizer agnóstico. Uma coisa é que alguém aprofunde o problema e chegue à conclusão de que honestamente não pode decidir-se por nenhuma das posições; outra coisa é o desinteresse pela questão, que leva a não tomar posição. Talvez o mais «complicado» seja o mais «simples», aquele que se identifica com um desinteresse teórico ou prático.

Alef

Re: «Provavelmente Deus não existe. Portanto, deixe de se preocupar e goze a vida»
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 13 de January de 2009 18:36

O ateismo tem raizes psicologicas, quase todos os ateus nutrem um verdadeiro ódio a Deus, à possibilidade de existencia de Deus. Possibilidade que entendem ameaçar-los, porque sentem que se Deus existe então eu deveria corrigir-me neste e naquele comportamento. Como bem diz o JMA a campanha tem na sua genese uma matriz anti-etica.
Daí vermos um proselitismo muito agressivo por parte de alguns ateus. A agressividade é fruto do medo, eles têm medo de que Deus exista, essa probabilidade preocupa-os. À maior parte das pessoas a ideia da existencia de Deus agrada-lhes, aos ateus proseletistas preocupa-os, amedontra-os, e é esse medo que eles projetam nos outros.

Meses atrás tinha referido essa campanha no forum das edições salesianas criando um topico entitulado O ateismo e as imagens de Deus que são anunciadas

Aqui, como no caso dos levrebrianos, colocar o foco do problema na analise filosofica e teologica é errar o alvo, são posicionamentos que têm de ser analisados antes do mais na sua raiz psicologica.
A pastoral do medo tambem terá alimentado este tipo de ateismo militante. Pastoral que pode ter acabado em quase todas as igrejas mas não em todas as familias.

Re: «Provavelmente Deus não existe. Portanto, deixe de se preocupar e goze a vida»
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 13 de January de 2009 20:25

Meus amigos

aqui a imbecil com graves problemas psicológicos e que treme de medo com a palavra Deus, se não se importam vai dar a opinião dela. Caso se importem temos pena porque vou dá-la na mesma.

Quanto mais se mexe no estrume pior ele cheira.

"Prontes", tá dada.

Quando pararem com as generalizações sou capaz de cá voltar.
Passar bem.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: «Provavelmente Deus não existe. Portanto, deixe de se preocupar e goze a vida»
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 13 de January de 2009 20:36

dizer que tem raizes psicologicas é muito diferente de dizer que deriva de problemas psicologicos.
A campanha não é propriamente inteligente o que não significa que não existam ateus inteligentes.

Re: «Provavelmente Deus não existe. Portanto, deixe de se preocupar e goze a vida»
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 13 de January de 2009 20:39

Eu quando o meu pai mexia no estrume eu fugia desse local!

Re: «Provavelmente Deus não existe. Portanto, deixe de se preocupar e goze a vida»
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 13 de January de 2009 20:58

Não concordo com o ponto de vista do JMA e estou mais de acordo com o ponto de vista do Alef. É mais "saudável" e mais frutifero falar com um ateu(ateismo forte) do que um agnóstico(ateismo fraco), isto pela simples razão que o primeiro tenta argumentar segundo a sua fé e o segundo não. Falo por experiência própria. Eu tenho um colega que é ateu, mas o assunto da existência de Deus para ele, eu já percebi, não está encerrado. É algo que ele quer discutir, que quer saber a verdade. Eu pessoalmente tenho mais compreensão e mais compaixão por um ateu que nunca se sentiu tocado pela crença em Deus, algo que na cabeça deles não faz sentido, do que por exemplo um ex-católico que se converte ao ateísmo, ou aos poucos ao agnosticismo, como é o caso de outra colega minha. Este último tipo de ateísmo custa-me mais a digerir, mas vou digerindo.

Chamar imbecil a um ateu é tão ridiculo como chamar imbecil a um crente. Que me perdoe o JMA mas isso mais parece um qualquer complexo de inferioridade(pouco fundamentado), em que se atira a bola para a frente, ou seja o típico fuga para a frente.
Não é por acaso que os ateus e isso é algo que se pode constatar , pelo numero de ateus proeminentes em ciência nos EUA(pode-se consultar outros países é só procurar na internet)são mais vocacionados para o raciocinio cientifico. Isto tem muito a ver com o método cientifico, que procura regras sem excepção, mas isso de forma alguma prova que Deus não existe e de forma alguma prova que são pessoas mais inteligentes que os crentes( a inteligência tem outras dimensões além do raciocinio lógico). Apenas demonstra que é muito mais fácil raciocinar logicamente(a ciencia vive do raciocinio metódico e puramente lógico) sem admitir excepções, sendo ateu.
De qualquer das formas eu não quero ser ateu, porque primeiro:
-Deus existe.
Segundo:
-Os ateus só captam parte da essência humana.
Terceiro:
- Newton era (grande) crente e talvez o maior cientista de sempre.



Editado 1 vezes. Última edição em 13/01/2009 21:02 por vitor*.

Re: «Provavelmente Deus não existe. Portanto, deixe de se preocupar e goze a vida»
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 13 de January de 2009 21:08

Lena

Repara que aqui não é uma situação em que um ou dois ateus tomam uma posição que é tomado pelo todo. É um grupo muito vasto dentro da Grã-Bretanha e que se espalhou para, pelo menos, Espanha e América.

Claro que sabemos que há ateus de vários tipos e formações. Mas numa situação destas é difícil não generalizar ou, pelo menos, falar como um todo.

[]s

Cassima

Re: «Provavelmente Deus não existe. Portanto, deixe de se preocupar e goze a vida»
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 13 de January de 2009 21:13

Mais umas notas rápidas:

Também não vejo necessidade nenhuma de usar argumentos «ad hominem» em termos de esperteza ou imbecilidade, mas talvez o João se referisse apenas àqueles que correspondem ao retrato que descreveu; em todo o caso, a generalização é injusta.

O «argumento» que o vitor usa, ao referir um grande cientista não é muito consistente, embora dele se possa salvar algo importante no seu uso: crer ou não crer em Deus não é uma questão de mais ou menos inteligência ou de mais ou menos envolvimento com as ciências. Há uns tempos perguntava alguém se «Deus é de Letras»... A existência de Deus não entra no domínio da investigação das ciências, pelo que quando Newton diz que acredita em Deus, não o faz enquanto cientista, mas enquanto crente, da mesma forma que quando Dawkins diz que «provavelmente» Deus não existe, fá-lo como «descrente», não como conceituado biólogo. Evidentemente, há grandes génios crentes e grandes génios ateus.

De qualquer forma, não cremos simplesmente porque Fulano é muito inteligente e também crê. Mais do que «aceitar a existência de "algo"», a fé é um acto pessoal de assentimento e entrega a um Absoluto pessoal a que/Quem chamamos Deus. E isto é tão verdade tanto para grandes génios como para os mais «rudes». Nisto também está a maravilha e o problemático da fé.

Alef

Re: «Provavelmente Deus não existe. Portanto, deixe de se preocupar e goze a vida»
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 13 de January de 2009 21:25

Eu comparo um ateu a um animal! Alguns não têm valores, outros sem moral alguma, fazem o que lhes dá na gana!

Re: «Provavelmente Deus não existe. Portanto, deixe de se preocupar e goze a vida»
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 13 de January de 2009 21:26

Isto tudo faz lembrar um puto que manda uma fisgada e responde o exército com toda a artilharia sobre a aldeia inteira.

Tudo começou com uma argumentista de comédia que viu um anúncio num autocarro com um link. Na página desse link parece que se ameaçavam os não cristãos com a condenação eterna. Então ela resolve lançar uma campanha:

Citação:
The ads were funded by donations to the BHA following the suggestion of a bus campaign by comedy writer Arianne Sherine on The Guardian's Comment is Free blog last June. Sherine, who had the idea after seeing a Christian bus ad linking to a website telling non-Christians they were condemned to Hell for not accepting the word of Jesus, appealed for £23,400.[4] The campaign responding to a series of religious bus ads has now received a staggering ''140,000 in donations from the public and the results are on show now.[24]

aqui

Re: «Provavelmente Deus não existe. Portanto, deixe de se preocupar e goze a vida»
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 13 de January de 2009 21:31

Ana:

Talvez seja uma boa ideia leres o Livro de Jonas: são apenas quatro páginas e lê-se muito bem. Medita na mensagem final, especialmente a última frase, que é o corolário da lição dada a Jonas.

Alef

Re: «Provavelmente Deus não existe. Portanto, deixe de se preocupar e goze a vida»
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 13 de January de 2009 22:34

Nada mais maquiavélico, num momento de guerra , de paises invandindo outros e cometendo atrocidades como se náo houvesse um Juiz.
Nada mais conveniente para os egoistas , materialistas: a nao existencia do Juiz.
"Ouve Israel , o Senhor é Unico "

"Deus está presente e age no mundo, na nossa ,na minha vida

Deus não é uma remota "causa última", Deus não é o "grande arquitecto" do deísmo, que construiu a máquina do mundo e agora se encontra fora. Ao contrário: Deus é a realidade mais presente e decisiva em qualquer acto da minha vida, em todos os momentos da história.
Seguimento de Cristo não é um assunto de moral, mas um tema "místico" um conjunto de acção divina e de resposta da nossa parte.

o anúncio do Reino de Deus é o anúncio do Deus presente, do Deus que nos conhece, nos ouve; do Deus que entra na história, para fazer justiça. Portanto, esta pregação é também anúncio do juízo, anúncio da nossa responsabilidade. O homem não pode fazer ou deixar de fazer o que lhe apetece. Ele será julgado. Deve prestar contas. Esta certeza é válida tanto para os poderosos como para os simples.
As injustiças do mundo não são a última palavra da história.

Só acreditando no justo juízo de Deus, só tendo fome e sede de justiça (cf. Mt 5, 6) é que abrimos o nosso coração, a nossa vida à misericórdia divina. Vê-se: não é verdade que a fé na vida eterna torna insignificante a vida terrena. Pelo contrário: só se a medida da nossa vida for a eternidade, também a vida na terra é grande e o seu valor é imenso. Deus não é o concorrente da nossa vida, mas a garantia da nossa grandeza."

[benedettoxvi.va]

Ir para a página: 1234Próximo
Página actual: 1 de 4


Desculpe, apenas utilizadores registados podem escrever mensagens neste fórum.
Por favor, introduza a sua identificação no Fórum aqui.
Se ainda não se registou, visite a página de Registo.

Nota: As participações do Fórum de Discussão são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, pelo que o Paroquias.org não se responsabiliza pelo seu conteúdo, nem por este estar ou não de acordo com a Doutrina e Tradição da Igreja Católica.