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Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 04 de July de 2007 15:19

É claro que saber o Pai-Nosso em Latim, o Glória, o Cordeiro de Deus e outros textos-chave pode ser interesante.
Agnus Dei quei tolis pecata mundi, dona nobis pacem...

*=?.0

Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 04 de July de 2007 16:55

Um latinorum (novo Latim) talvez fosse internacionalmente útil.
E aqui fica o Pai-Nosso em Latim para irmos treinando:

Pater noster, qui es in caelis,sanctificetur nomen tuum.
Adveniat regnum tuum. Fiat voluntas tua, sicut in caelo, et in terra.
Panem nostrum supersubstantialem da nobis hodie. Et dimitte nobis debita nostra,
sicut et nos dimittimus debitoribus nostris. Et ne nos inducas in tentationem;
Sed libera nos a malo.

*=?.0

Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: lopessergio (IP registado)
Data: 04 de July de 2007 17:16

Ola a todos

Cristina ir á Eucaristia por causa da Homilia??? Mas a homilia é o que menos importa numa Eucaristia, quem sai depois da homilia não percebeu nada do que é uma Eucaristia.

Cumprimentos


Sérgio Lopes

Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: lopessergio (IP registado)
Data: 04 de July de 2007 17:49

Ola a todos

Cristina estive a ver os videos que recomendaste, tenho-te a dizer que a beleza estetica esta la, mas a "alma" não vi, repara que de facto a missa tridentina apela a um maior silencio e interioridade, mas afasta do sentir das pessoas.
Não sou defensor de "circo" nas Igrejas, defendo ate um certo pudor e um certo recato, mas dai a pedir um viver o sagrdo como algo distante, afastado... Deus encarnou viveu entre nós e vive entre nós, podemos tocar--Lhe e mais podemos comunga-lO. Claro que as diversas experiências tornam mais ricas as nossas comunidades e o Espirito santo sabe como fazer surgir estas experiências...
Esperemos para ver o Rito e depois conversaremos melhor...


Cumprimentos

Sérgio Lopes

Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 04 de July de 2007 18:24

Citação:
cristina dinis saraiva
Não conheço a realidade da Polónia mas a francesa conheço bem. Parece que desconheces os movimentos que se têm espalhado pela Europa (cá também lá chegaremos) em favor da Missa Tridentina.

Cristina, não é nenhuma novidade que uma leva de católicos assustados com as novidades andam a ver no mundo um demônio debaixo de cada folha de árvore. Aliás, isso nem é exclusivo dos católicos, por toda parte vamos acompanhando notícias do aumento dos fundamentalismos: infelizmente isso acontece tanto como os mulçumanos, quanto com os protestantes e católicos.

Vc citou o caso da França, é curioso, faz pouco tempo atrás o mundo acompanhou estarrecido a chegada do Jean-Marie Le Pen, maluco ultra-nacionalista de direita, ao segundo turno das eleições presidenciais. Clique [www.dw-world.de]

Considero o seu exemplo alguma coisa parecida no campo religioso. Ninguém consegue realmente levar a sério a proposta do Le Pen, e do mesmo modo não se pode levar a sério a fuga mundi de uns católicos assustados que buscam refúgio no passado medieval. A igreja continua. Vc disse que há gente querendo o passado de volta, de fato: as TFP, os pirellianos, os lefebvreanos, e outros católicos saudosistas fazem número. Como costuma acontecer, a liturgia tornou-se o baluarte, pq afinal ser católico se resumia em devoções, sacramentos e comer hóstias. O evangelho não tinha tanta importância, nem o se aproximar das pessoas. Que importa se o mundo não fala mais latim? A igreja não tem que perder tempo com o mundo, dizem...

Citação:
cristina dinis saraiva
Quanto às Missas Ecumenicas fiquei sem perceber o que são mas podes esclarecer-me. (i) Há transformação da substancia de pão e vinho para corpo e sangue de Cristo, (ii) para quem acredita há e quem não acredita não há?

Em tempo, sugiro rever as discussões sobre a eucaristia para não fazer tb dela outro campo de batalha. A cada dia que passa os católicos vão se parecendo mais e mais com os fariseus. Parece até que Jesus não veio.

Que triste!



Editado 1 vezes. Última edição em 04/07/2007 18:25 por firefox.

Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 04 de July de 2007 19:10

Citação:
Tilleul
Para que fique a informação esta devoção é polaca. Foi regulamentada pelo Papa João Paulo II bem como o domingo da Misericórdia Divina e recitação do Terço da Divina Misericórdia.

Realmente não sabia. A imagem era aquela que indicaste. E continuo a achá-la feia. Mas...

Citação:
Tilleul
Provavelmente não sabes mas a Liturgia de Lima não é um memorial mas uma Eucaristia, no seu sentido total da palavra.

E os Anglicanos? Eles não acreditam na existência do verdadeiro Corpo e Sangue de Cristo.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 04 de July de 2007 21:53

Citação:
firefox
A cada dia que passa os católicos vão se parecendo mais e mais com os fariseus. Parece até que Jesus não veio.
Que triste!

pois, que grande cisco no olho do proximo

Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: Alessandro (IP registado)
Data: 05 de July de 2007 01:46

Andam a julgar duramente qualquer um que goste da Missa Tridentina, e dão feios adjetivos aos não nominados que se somam. Vou postar aqui parte de um testemunho, que pode ajudar a muitos, pelo menos àqueles que querem ser ajudados, a entender o que leva estas pessoas a gostar desta Missa, testemunho que tem especial valor, porque vem de uma protestante declarada.

Citação:
Blog:Traditio & Vitae
Depois de muitos anos no protestantismo, eu fui confrontada com o catolicismo e tive que repensar seriamente minhas convicções.
Mas eu não havia abandonado ainda o protestantismo. Eu queria mergulhar na Igreja Católica para entender mais tudo aquilo, e também porque agora eu queria entender o motivo que levou Sta. Teresinha a deixar uma adolescência rica e maravilhosa por um mosteiro. Quem sabe eu não conseguia conciliar as duas coisas e pronto, tudo terminava aí?

Continuei a ir na igreja protestante que eu ia e fui na Igreja Católica muitas e muitas vezes à procura de subsídios para tantas inquietações. Aí tomei contato de forma mais intensa com a espiritualidade dos santos do Carmelo, em especial Sta. Teresinha, Sta. Teresa e S. João da Cruz. Amei o Carmelo, tanto que sou devota hoje dos três. Amo os escritos de Santa Teresa e Santa Teresinha pela rica espiritualidade (Ainda não li São João da Cruz, até por saber que ele é um pouco mais complexo, mas é meu alvo em breve) contida ali.

O Primeiro Contato com a Tradição

Eu passei a, ocasionalmente, ir às missas. Comecei a ir me envolvendo e procurando saber mais. Nesse ínterim, eu conheci um rapaz, que é terceiro carmelita, mas é ligado à liturgia tradicional. Eu achei estranho quando ele falou que existia missa em latim, “de costas”, etc. E curiosa que sou, fui ver com meus próprios olhos.

Assisti a primeira vez a uma missa tridentina e me impressionei com a sua solenidade, grandeza, com o sobrenatural claramente presente na consagração. Era uma coisa curiosa: parecia que havia nitidamente “algo mais” no ar naquela missa… E ao saber que essa era a missa a que Sta. Teresinha assitiu, fez todo o sentido ali para mim, a paixão dela pela Eucaristia. Eu achei o “algo mais” que ela via na Eucaristia, na Igreja.

Eu tinha ido a algumas missas até então. Mas confesso que elas não “me convenciam”. Bonito, etc, mas não passava disso. E me inquietava o motivo da paixão de Sta Teresinha pela Missa. E só quando tomei contato com a missa tridentina, pude ver o que tanto fascinava aquela menina, aquela santa que já havia virado para mim, um modelo de fé.

Mas deixar tudo para trás (eu era protestante ainda, não esqueçam) era algo que parecia impensável, impossível. Meus amigos, minha vida toda estava lá. Então eu tentava “conciliar um pouco as coisas”… Se é que é possível.

E o tempo passava, e eu ia percebendo que não tinha como continuar “na moita”, “em cima do muro”, eu teria que tomar uma decisão. Católica ou protestante. Aquela missa marcou a minha alma profundamente. Queria mais dela. Mais vezes.

Estudando mais

Aí, eu me dediquei a esclarecer de vez alguns pontos:

Era tudo igual, só mudava a aparência (as duas missas - a tradicional e a nova, que eu cresci conhecendo)?
Porque não se encontrava a missa tradicional facilmente?
Porque eram tão diferentes? Daonde vinha essa discrepância?
Para isso, tive que estudar, buscar conhecimento. E vi que foi feita uma injustiça enorme a dois servos de Deus (Dom Antônio de Castro Mayer e Dom Marcel Lefebvre). Dois homens que são, sem dúvida, arautos da fé em nossos dias, embora muitos não reconheçam. O tempo mostrará isso. Mas eu não entendia ainda que raios tinha acontecido e qual o motivo da missa tradicional ter sido quase extinta, entre outras coisas.

Mas ainda era muito cedo e para eu chegar a saber tudo isso levou tempo. Mas todos que eu encontrava, me falavam que não era para eu ter contato com esse pessoal (católicos tradicionais), porque eram muito fanáticos, etc. Como sabia por experiência anterior, que quando há um erro, aqueles que o advogam tentam pintar os que lutam pela verdade de modo absurdamente grotesco, fui ver pelos meus próprios olhos.

E comecei a ir nas missas aqui mais freqüentemente. Tentava suprir a falta que eu sentia da missa tridentina indo na nova mesmo. Mas comecei, justamente por ir na missa nova, a desgostar dela.

Eu tinha amigos(as) luteranos, anglicanos. Uma amiga minha, luterana, uma vez (na época desse ocorrido eu nem sonhava em fazer o itinerário espiritual que estava fazendo!) me disse: “Vamos na minha igreja no próximo domingo? Será Santa Ceia”. E eu concordei. Sempre quis conhecer o culto numa igreja luterana.

Bom, quando chegamos lá, eis que vejo uma cena assaz familiar: o pastor (mais parecia um padre, ou o contrário???!!) de túnica branca e estola. E a liturgia em quase tudo me dizia que era uma missa. Só a minha consciência que sabia que não, que ali era uma igreja protestante! E depois eu comentei isso, escandalizada, com ela.

Voltando à época da minha conversão, eu comecei a reparar nessas semelhanças. Lembrei de quando fui com ela ao culto (ou missa) luterano e de como eram semelhantes… E quão diferente era a missa “de costas” (era assim que eu sabia da missa tridentina).

Não bastasse isto e eu reparo que havia sido “importado” do meio protestante (mas não de protestantes conservadores…) a “banda de louvor”! Igualzinho… E me dava nos nervos. Porque eu, quando protestante, passava longe de igrejas com bandinhas assim. E reparei que isso não era a exceção, mas sim, a regra. O raro era justamente você encontrar a missa livre dessas coisas.

Tradição: Conseqüência da minha busca.

E com episódios como esse que eu fui cada vez me aproximando mais da Tradição. Eu, estudando, passei a rejeitar a comunhão na mão, de pé, etc. Entendi que não condizia com a realidade de que Nosso Senhor Jesus Cristo estava ali presente na hóstia consagrada.

Passou a ter a missa tridentina em SP, celebrada por padres de Campos -RJ, na Sta Luzia (pertinho da Catedral), e eu passei a ir. E fiquei freqüente lá. Mas me incomodava deveras o fato de que o padre só vinha para dar os sacramentos (confissão e missa). “Só” em termos, se me entendem. Mas não encaixava ir na igreja e não conhecer nem quem senta ao meu lado. Não era uma comunidade.

Quando fui me queixar ao bispo, ele falou: “Não está bom? Tem missa todo domingo!” E eu repliquei que uma igreja não se faz só aos domingos. Tem que haver formação, discipulado, comunhão, coisas que ali não tinha. O padre não tinha planos para a comunidade (posso a chamar assim?) de SP.

Eu deixei de ir lá, me desanimei. Mas ali eu conheci uma pessoa, um rapaz que me apresentou a outra face da Tradição: a Fraternidade (FSSPX). Eu fiquei meio receosa, falavam muito mal, mas como tinha falado antes, resolvi ver quem eram os “monstros” que muitos pintavam.

E não vi “monstro” nenhum. Antes encontrei irmãos dedicados que sabendo do que Deus estava fazendo (meu retorno à Igreja) em mim, foram prontos em me acolher, ajudar, etc. E encontrei sacerdotes amáveis, amigos, que têm me ajudado a aprender tudo o que não pude aprender quando garota.

Não foi de primeira que fiquei congregando lá. Era complicado me desvencilhar da rede de amigos que tinha como protestante e ainda algumas dúvidas não sanadas. Eu me abri com o padre. Falei que não estava com tudo “em cima”, certinho, mas que ainda tinham pontos obscuros.

Ele me indicou um livro para ler e se colocou ao meu dispor para sanar as dúvidas resultantes do meu estudo. Afinal, ele não está toda semana, nada melhor então que eu ter material para estudo e quando ele estivesse, sanasse as dúvidas que aparecessesm.

O melhor, foi que eu só fui tendo certezas. Vi que eu estava no seio da Igreja de novo sim, apesar de muitos dizerem que não, etc. Nunca vi a fé católica me ser apresentada de forma tão clara como depois que me envolvi com a Tradição.

E aos que me questionavam sobre isso, eu os recordava: a minha fé desaguar na Tradição era uma conseqüência lógica da minha busca. Vocês lembram como tudo começou: pedi a um debatedor que me provasse que a Eucaristia, do modo que crê a Igreja Católica, era a fé da igreja cristã (Católica, portanto) desde o seu início. E lá fomos nós pelos Pais da Igreja, etc…

E tudo o mais que fui buscando descobrir naquele início de estudos, era sempre na premissa de ser parte da fé cristã desde os seus primórdios. Isso me remete naturalmente à Tradição!

Hoje

Eu hoje, estou terminando os estudos que o padre me deu para que eu tenha certeza do que farei. Pois não é brincadeira. É sério. E, com a certeza de que essa é realmente a fé da igreja por todos os séculos (per omnia sécula seculorum), farei a abjuração em breve. Aí eu colocarei de forma pública para que todos saibam, na página principal.

Ad majorem Dei gloriam.

Mater Carmeli, ora pro nobis!


Apologeta - Apostolado Defesa Católica

Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 05 de July de 2007 05:43

Conheço tb mais uns dois ou três testemunhos desse tipo. Em todos eles é comum encontrar referências ao Plínio, ao Mayer, ao Lefebvre, e ao homem dos pneus, como "os santos e injustiçados defensores da verdade". Como de normal vai tb o Concílio Vaticano II como a coisa dos modernistas perdidos.

Passo. Acredita quem quiser, ou for aluno do homem dos pneus.



Editado 1 vezes. Última edição em 05/07/2007 05:58 por firefox.

Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 05 de July de 2007 06:02

Diogo,

Realmente a imagem não é das mais bonitas mas em qualquer casa polaca existe uma. Notmalmente tem a inscrição Jesu, ufam Tobie por baixo que em Português quer dizer Jesus, Eu confio em Ti.

O importante desta mensagem é a Misericódia de Deus.

Quanto ao anglicanismo, deixa-me que te diga que escolheste o pior exemplo para contestar o ecumenismo visto ser esta a tradição que está mais cerca de se reaproximar. Durante este ano muitos jornais fizeram eco desses passos (Link, Fica aqui um link em espanol para leres um bocadinho sobre os anglicanos na primeira pessoa.

Para que saibas que uma vasta maioria de anglicanos e calvinistas acreditam que:
"Officially the Anglican and Episcopal Church adopted the teaching of Calvin that Christ's true body and blood are received orally by all who receive the Lord's Supper but that the body and blood of Christ are received only by faith and therefore only by believers. This teaching is sometimes called the spiritual real presence. Lutherans believe that Christ's true body and blood are truly present with the bread and the wine and are received orally by both the worthy and the unworthy."

Embora seja muito criticada, a Wikipedia pode servir como uma muito breve e por vezes imprecisa introdução a vários assuntos. Aqui podes ter uma visão alargada sobre a presença real.

Recomendo-te a leitura do Tópico Presença Real e verás que se calhar não estão tão longe de nós.

Nunca é por demais lembrar que o que achamos que pensamos sobre uma determinada tradição não corresponde exactamente ou que essa tradição acredita.

Ao longo dos séculos, de forma a criar diferenças e a assegurar a fidelidade dos fiéis, foram-se criando mitos e ditos sobre as outras tradições e assimilando nas próprias tradições as acusações que lhes eram feitas.

Por exemplo, é comum dizer que os protestantes não acreditam em Maria. É mentira. Calvino e Lutero eram devotos marianos, aliás lutero compôs algum dos mais bonitos salmos sobre Maria. Então aos poucos, parecendo uma brincadeira de crianças, os Luteranos foram-se afastando de Maria chegando algumas ramificações das ramificações da ramificação do protestantismo a negar a virgindade de Maria e a o seu importante papel de exemplo e sinal de união na Igreja. Por outro lado, nós católicos fomos acusados de divinizar Maria, de a fazer quase Deus. E aos poucos fomos nos aproximando dessa acusação. Desenvolvemos e aprofundamos a devoção Mariana ao extremo, fizemos Dogmas que exaltavam uma centralidade e exclusividade do papel de Maria na História da salvação e fizemos por vincar a nossa diferença perante os outros.

Por exemplo os ortodoxos que por razões essencialmente geográficas partilharam muito menos disputas quer com católicos quer com protestantes, são muito mais "suaves" na sua aproximação a Maria.

O mesmo se pode aplicar a todos os outros aspectos da cristandade pós-trento. Parece quase ridídulo ao pensar mas faz lembrar aqueles jogos de crianças que dizem: O meu pai é Polícia! O meu é Soldado! E o meu tem uma pistola assim! E o meu tem um canhão assim!

Para se ter uma ideia de quanto muitas das nossas diferenças são artificiais e impostas para marcar a diferença com aqueles que se afastam da nossa "política". Originalmente o sinal da cruz era feito como fazem os ortdoxos, cima-baixo-direita-esquerda. Após o cisma foi decidido que passaríamos a benzermo-nos ao contrário. Fica aqui a explicação.

Em comunhão

Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 05 de July de 2007 06:03

Digo mais Firefox, tenho muitas dúvida que este tipo de testemunho seja verdade.

Em comunhão

Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 05 de July de 2007 09:26

Tilleul


Já cá faltava. Agora é a associação do Le Pen à Missa Tridentina. Ele há cada uma...


Cristina

Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 05 de July de 2007 09:37

Allesandro

Obrigado por nos teres dado a conhecer esse fantástico testemunho.

Estava a ler e a reconhecer muita da minha experiencia com o meu caminho.

É de facto espantoso o efeito que a Missa Tridentina pode ter.

Estou certa que com a sua implantação regular em Portugal muitas pessoas se vão aproximar da Igreja.

Não se trata de substituir uma Missa por outra, mas de proporcionar uma outra forma de viver a espiritualidade.

O Papa percebeu que liberalizando a sua celebração abre a Igreja a muitos que se sentem excluidos da mesma.

O respeito por todos é isso mesmo. Dar a oportunidade para dentro da Igreja e não nas suas franjas, poder ter a graça de participar na Missa.

Foi de facto um testemunho muito bonito.


Cristina

Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 05 de July de 2007 10:31

Citação:
"E ao saber que essa era a missa a que Sta. Teresinha assitiu, fez todo o sentido ali para mim, a paixão dela pela Eucaristia. Eu achei o “algo mais” que ela via na Eucaristia, na Igreja´."

Ficamos a saber que os santos valem, não pela sua proximidade e imitação de Jesus, mas pelo tipo de missa em que participaram em vida!

Se um santo vale pela missa que assistiu (razão pela qual a pessoa encontra a justificação para a santidade de S. Teresinha), então coitados dos primeiros santos. Não devem valer nada... Pois a missa nos primeiros tempos (se missa se chamava) não era assim de certeza.

Cassima



Editado 1 vezes. Última edição em 05/07/2007 10:31 por Cassima.

Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 05 de July de 2007 11:05

Cristina,

Eu nem falei no Le Pen, mas pronto. Vais desculpar-me mas acho que não conheces tão bem a realidade francesa como queres fazer passar. Podes conhecer uma ou duas associações tradicionalistas mas desde já te digo que são pouco representativas da realidade católica francesa.

Em França e desde há muito são as novas comunidades e os novos movimentos filhos do concílio que dão cartas.

Assim tens a comunidade Emanuel, a comunidade das Beatitudes, a comunidade Chemin Neuf, as Comunidades de Emaus, as Comunidades de Betania e as Comunidades de Vida Cristã dos Jesuitas (as conhecidas CVX)

Depoir tens os outros movimentos, as Equipas de Nossa Senhora, os Focolare, os Foyer de Charite e claro o maior os Escuteiros e Guias de França.

Dá aqui uma vista de olhos e diz-me onde está esse movimento enorme do Tradicionalismo Francês

[www.cef.fr]

Em comunhão

Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 05 de July de 2007 11:17

"Chritus factus est pro nobis, obedicens usque ad mortem". (Cristo morreu por nós, obedecendo até à morte).
Esta frase vou-a repetindo interiormente, talvez por estar musicada em gregoriano. Recomenda-se a audição integral da peça.
Também não esqueço as ordens de Jesus. São todas muitos vivas. Uma delas diz:
Fazei isto em memória de mim. A Eucaristia é um acto, onde se expressa a identidade- o modo de ser, estar e agir- de Jesus Cristo. Ele é o alimento da nova vida para o Homem, a consciência expandida que nos leva à viagem pelo infinito do sentido e propósito do existir.

*=?.0

Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 05 de July de 2007 15:19

Tilleul,

Que queres que te diga? Foi o que a Igreja me ensinou, que os Anglicanos não acreditam na presença real de Cristo na Eucaristia.

Sobre o culto mariano, sabia anteriormente que os Luteranos e assim tiverem tempos em que acreditava. As coisas mudaram, é claro, mas Lutero acreditava. No entanto, não me parece que os Dogmas sobre Maria devem ser descartados de modo a permitir uma reunião ecuménica.

Quanto aos Ortodoxos: tenho um enorme respeito e admiração e, mais do que gosto, tenho profundo desejo de que se juntem à Igreja. Acho o Rito Bizantino absolutamente deslumbrante, e lembrem-se que este se mantém assim desde o século XII, creio eu.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 05 de July de 2007 15:42

Ninguém diz para descartar nada. Cada tradição tem prós e contras. Como dizia o irmão Roger há que ouvir, rezar e procurar em conjunto caminhos de comunhão. Há que voltar às Fontes do Evangelho.

Muitíssimos Luteranos continuam a ter uma devoção grande por Maria mas não a divinizam como nós o fazemos. Repara para muitos católicos como por exemplo os alemães, polacos, suecos, a nossa devoção mariana em Fátima é não só exagerada como muitas vista como quase pagã.

Experimenta falar com um estrangeiro sobre os porquinhos e pelas pernas de cera, ou por causa do comércio e vais ver o que te dizem.

Embora aparentemente, os Ortdoxos sejam aqueles que nos estão mais próximos em termos teológicos, é aquela Tradição que apresenta mais entraves a uma possível união por causa do primado Papal e da questão da autoridade.

Como te disse antes o Papa pode ser cabeça, a face visível, mas todos os membros do corpo têm legitimidade para se autogovernarem. Isso para ao centralismo Romano é muito dificil. Pode ser com o tempo...

Em comunhão

Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 05 de July de 2007 16:30

"Muitíssimos Luteranos continuam a ter uma devoção grande por Maria mas não a divinizam como nós o fazemos."
Como??????
Viraste idólatra???????????

João (JMA)

Re: O Motu Proprio que liberaliza a Missa
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 05 de July de 2007 16:53

Acho que não, mas deve ser por isso que já me chamaram de comunista, de protestante (como se isto fosse um insulto), herege e a minha favorita a pessoa mais anti-católica.

Conto uma hitória que se passou comigo.

Durante largos meses durante a minha estadia em Taizé fazia o acolhimento de muitos grupos que estavam de passagem por umas horas. Muitos deles não faziam a mínima ideia de onde estavam e pensavam que Taizé era um santuário ou então só conheciam mesmo o nome.

Um dia apanhei um grupo de portugueses assim das Beiras que vinha em excursão por vários santuários marianos. Iam a caminho de Itália e o padre que os acompanhava decidiu parar algumas horas em Taizé.

Para terem uma ideia era fim de Agosto e o pobre homem estava de cabeção. Suava que parecia a fonte luminosa no Rossio.

Bem, eu lá expliquei o que era Taizé como surgiu e tal e a certa altura o senhor Padre virou-se para mim e pergunta-me:
"Então teve que vir para aqui para o meio dos protestantes? Podia ter ficado em Fátima e ser voluntário lá."

Eu para ser simpático, respondi com um sorriso meio envergonhado.
"Fátima não é bem a minha forma de estar na fé. Mas é bonito!"
Respondeu-me o senhor prior todo inchado:
"Quem não vai a Fátima uma vez por ano, não é bom católico."

Ainda estive para responder, mas preferi calar-me e rezar uma Avé Maria.

Depois da oração do meio dia, veio ter comigo dizer-me que tinha gostado muito e que gostava muito das músicas e que queria levar para Portugal. Disse-lhe que só havia a loja dos irmãos mas que estava fechada até às 15:00.

Admirado perguntou-me:
"Só tem uma loja???"

Sorri. Disse adeus e fui almoçar...

Ainda hoje penso porque haveria de ser se tivesse passado 2 anos como voluntário em Fátima.

Em comunhão

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