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O cristianismo e a vida na escola
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 01 de June de 2006 20:38

Ao pensarmos nas escolas acho que todos pensamos num local onde a educação é fundamental. Até dependem do Ministério da Educação

Sabemos, no entanto, que a violência reina em muitos casos.
Será que tem de ser assim?

Será que o cristianismo não tem uma resposta a dar a esta problemática?

Será que não falta aos jovens e adolescentes uma formação nos valores cristãos?
Os jovens se fossem educados nos valores cristãos teriam os comportamentos que têm?

Para lançar o debate apresento um artigo de hoje, dia 1/6 , no Jornal Público.

Escreveu -o Eduardo Prado Coelho

"O fio do horizonte

A RTP1 apresentou um documento terrível sobre a violência nas escolas. Não mostrou nada que se não soubesse. Mas uma coisa é saber por ouvir dizer (ou ler), outra coisa é ver claramente visto, sabendo que os protagonistas nem sabiam que estavam a ser filmados. Seguiu-se um debate com a presença do secretário de Estado, Jorge Pedreira, Fátima Bonifácio, uma única professora, Isabel Cluny, e ainda Eduardo Sá.
Devo dizer que considero que a intervenção de Jorge Pedreira foi muito pouco convincente. Tentou circunscrever o fenómeno a algumas escolas, onde existe um ambiente circundante em si mesmo problemático, sobretudo por "motivações étnicas". E em relação à avaliação dos professores pelos pais, ideia manifestamente demagógica e absurda, apresentou-a sobretudo como um incentivo à maior participação dos pais na escola, uma espécie de "placebo" no equilíbrio das responsabilidades.
Como Isabel Cluny, sempre muito ponderada, tentou explicar, os pais nunca vão à escola para colaborar com os professores e responsáveis na formação dos filhos. Vão quase sempre para se queixarem de agravos de que as inocentes crianças teriam sido vítimas. E a impreparação de grande parte dos pais para perceberem a escola e o que lá se passa é muito considerável. Lembro-me de uma história patética que a minha mãe, professora na Marquesa de Alorna, me contou. Um dia, antes dos exames, uma mãe inquieta aproximou-se e estendeu a mão à minha mãe. Na mão dela vinha uma nota de 20 escudos. A minha mãe devolveu indignada a nota e disse à mãe da criança: "Já viu o que está a fazer?" Ela ouviu-a e teve esta frase terrível: "Eu sei que é pouco, minha senhora, mas eu não posso mesmo dar mais."
A verdade é que a violência não é específica de meia dúzia de escolas, mas se trata de um fenómeno que tende a generalizar-se. Muitas vezes os professores têm poucos problemas com os seus próprios alunos, mas ressentem-se profundamente do clima de violência que se vive nas escolas: dificuldade de passar nos corredores sem insultos nem agressões, destruição sistemática do material existente, conflitos espectaculares entre os próprios alunos. Tudo isto faz com que os professores se sintam mal no exercício das suas funções e encham os gabinetes de psicanalistas e psicoterapeutas.
Por outro lado, a questão fundamental está na necessidade de reforço da autoridade dos professores. Basta dizer a uma jovem cabeça loura que, se agredir, leva em resposta um par de estalos para o professor se arriscar a ter um processo disiciplinar. Os exageros nesta matéria foram tão longe que criaram nos alunos um sentimento de impunidade que é um convite a todos os desmandos. Não costumo estar muito de acordo com a Fátima Bonifácio de hoje, mas neste caso aplaudo inteiramente o que ela afirmou."

Numa sociedade pautada pelos valores viver-se-ia assim?
Que acham?
Que contributo têm os cristãos a darem? (como pais, professores, auxiliares de acção educativa, governantes, etc..)

Re: O cristianismo e a vida na escola
Escrito por: Rui B (IP registado)
Data: 01 de June de 2006 20:48

Citação:
Os jovens se fossem educados nos valores cristãos teriam os comportamentos que têm?

Se os jovens fossem educados pelos pais, não teria os comportamentos que têm.

O problema é que os pais acham que a escola é que tem a obrigação de os educar. Acham que os filhos se portam mal porque os professores não sabem tomar conta deles.

Como catequista também me apercebo disto. Os pais acham que os catequistas também têm obrigação de educar os filhos. Eles é que não!!

E protegem-nos demasiado. Não podem dar um passo a pé, não podem apanhar um pingo de chuva... Eu ainda sou do tempo (e não foi assim há tanto tempo) em que os pais diziam aos professores: "se o meu filho se portar mal, bata-lhe". Hoje é o contrário, se o professor faz alguma coisa, vai o pai à escola para bater no professor.

Re: O cristianismo e a vida na escola
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 02 de June de 2006 10:17

O grande problema é:
«chamamos valores cristãos a normas e teorias que nunca passaram pela cabeça de Cristo.»
Jesus devia cá vir outra vez para acabar com toda esta confusão. É mesmo imperioso!

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: O cristianismo e a vida na escola
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 02 de June de 2006 10:20

Caro Manuel:

É uma pena que Jesus não te tenha nomeado consultor...

Alef

Re: O cristianismo e a vida na escola
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 02 de June de 2006 10:32

Não deixa de ser entediante e recorrente este eterno discurso sobre a "rebeldia dos jovens" a maldade dos jovens, a falat d eeducação dos jovesn e a "corrupção dos valores " que explicam uma "juventude violenta" e bla bla bla vla..
Estas conversas fazem-me sempre lembara os velhos textos gregos sobre a corrupção da juventude ateniense e sobre a procura d eum bode ex+piatório para explicar a situação.....
Lembram-se ?

( Ou seja, os mesmos discursos repetem-se ciclicamente . É Uma questão de diferença geracional.

Mas digam-me lá com sinceridade, acham mesmo que os jovens de hoje são uma cambada de delinquentes mal educados?

Ou os problemas que hoje identificamos nos contextos da escola são problemas que sempre existiram e são antes de mais resultado de conetextos sociais muito específicos que pouco ou mesmo nada têm a ver com a Educação?

Re: O cristianismo e a vida na escola
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 02 de June de 2006 11:02

Dizes «é pena» !
Muito interessante ! ....

É que Jesus não nomeou consultores ...
Necessitamos todos dele !

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: O cristianismo e a vida na escola
Escrito por: (IP registado)
Data: 02 de June de 2006 13:53

CP, infelizmente acho mesmo que os jovens são mal educados, no sentido em que recebem uma educação fraca, sem qualidade. Por parte dos pais, por parte da escola. E é um ciclo vicioso. Esses mesmos jovens são quem tem a menor culpa, obviamente. Mas vamos todos pagar caro por isso.

Não acho que a culpa dessa situação seja da perda dos valores cristãos. Essa perda será antes uma consequência da deseducação.

Por outro lado, trata-se de uma oportunidade de rever algumas ideias e estratégias. Rapidamente, porque o tempo urge...

Re: O cristianismo e a vida na escola
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 02 de June de 2006 13:58

O cristianismo não é um conjunto de crenças, mas uma VIDA.
A educação não é o ensino de um conjunto de princípios, mas uma VIDA.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: O cristianismo e a vida na escola
Escrito por: (IP registado)
Data: 02 de June de 2006 14:01

A educação é uma vida? Como assim?
E já agora (eu não distingui bem, também), referes-te ao sistema educativo ou à educação que os pais devem dar aos filhos?

Re: O cristianismo e a vida na escola
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 02 de June de 2006 14:56

Bom dia!:)
Hoje vamos ter 28 graus, muito calor, heim:)))
-------------------------------------------------------

Aqui os professores dizem: "pelos filhos conhecemos os pais!"Eu ouvi esta frase de uma professora, para comigo mesma!
Uma vez também disse para uma prefessora cá fora <<No Canadá tratam as crianças na escola como flores>>:) a notícia chegou à escola dos meus filhos.

Sempre houve meninos bons e meninos maus. Alguns pais não têm tempo para os filhos, só querem dinheiro e dinheiro, ginásio, sair com as amigas, amigos e os filhos ficam a ser educados pela TV.
O dialgo com os filhos acabou...os professores os catequistas que os educam. Depois, é preciso pôr 2 e 3 professores em cada sala de aula.
Há pais que não sabem educar!

Re: O cristianismo e a vida na escola
Escrito por: Maria João Garcia (IP registado)
Data: 02 de June de 2006 14:57

Acho que o grande problema está nos actuais costumes da nossa sociedade. No meu tempo - que não foi assim há tanto tempo -, íamos brincar para a rua com os amigos. Hoje agarram-se ao computador e à consola.

Não estou a dizer que não devam utilzar o computador e a consola, mas deve haver um maior equilíbrio. Sair, passear, brincar na rua e esfolar os joelhos é saudável. Aprendemos a desenrascar-nos e tornamo-nos sociáveis. Os miudos hoje em dia vivem muito com base na imagem e se têm consola, computador, telemovel. Eu tenho uma menina na catequese com sete anos que já tem um telemóvel todo XPTO! Assim, é difícil darem mais atenção aos valores que valem mesm o a pena.

Quanto aos valores cristãos... Como é que os podem seguir, se não os conhecem? Fala-se em cristão e começa-se logo com um discurso de que o Estado é laico. Até parece que os valores cristãos são propaganda política.


No outro dia, a mãe de uma criança da catequese, veio ter comigo para lhe explicar um esquema que lhe tinham dado e que resumia, no fundo, a Páscoa. Como é professora, quis explicar aos seus alunos a origem da Páscoa, para que eles tivessem uma ideia mais geral e não apenas a do coelhinho com os ovos. Não achei nada de especial no pedido e lá a ajudei. Mas, fiquei pasma quando ela me disse que o Ministério da Educação não deixa os professores falarem da Páscoa cristã, porque o Estado é laico! Caramba, mas a Páscoa tem origem cristã! É caso para dizer que pelo menos deixem as crianças terem cultura geral. O Estado laico não significa que não se possa falar de religião!

E é neste mundo que as crianças são educadas.

mj

Re: O cristianismo e a vida na escola
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 02 de June de 2006 15:12

Por isso havia de haver escolas católicas e publicas, como por aqui há!
Os pais escolhiam a escola para onde os filhos haviam de ir!!!

Re: O cristianismo e a vida na escola
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 02 de June de 2006 15:14

Não é preciso haver padres no ensino. Um professor formado, tira apenas um curso em religião e dá aulas de religião e Moral.

Re: O cristianismo e a vida na escola
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 02 de June de 2006 23:24

Mais uma achega para o debate:
no DN de hoje um artigo de Maria José Nogueira Pinto (jurista)

Vou apresentar um excertos, aqueles que me parecem mais relevantes para o tópico:

" Educação: insistir num modelo sem futuro?

Em Espanha, a propósito da alteração da Lei da Educação, os professores denunciaram os quatro mitos que consideram responsáveis pelo fracasso do sistema:

- O mito de aprender fazendo; o mito da igualdade; o mito do professor amigo; o mito da educação sem memória.

Declararam-se também, maioritariamente, simplesmente fartos:

- Da falta de esforço; da falta de autoridade na aula; do excesso de especialização; da integração sem meios; da deterioração do ensino público.

Interrogo-me se, em Portugal, os professores (não só os "pedagogos", não os teóricos, não os sindicatos) não dariam do sistema português, dos seus mitos e ameaças, uma imagem aproximada. (...) uma massificação sem qualidade e com os fracos resultados que conhecemos.
(...)
Nos últimos 30 anos, a educação tem sido campo de experiências sucessivas, com leis e meias reformas, tornando cada geração uma grande cobaia, na qual se testam teorias e teimosias. Simultaneamente caíram intramuros escolares novos e agudos problemas sociais que deviam ter resposta a montante e a jusante, mas não têm.

A escola transformou-se num espaço multifunções, exigindo-se que faça tudo menos ensinar: intervenção social, psicologia, tratamento da pré-deliquência, substituição da rede familiar, prevenção da violência doméstica, remédio para o abandono, a subnutrição, a doença e ainda o esforço diário de contrariar uma cultura de irresponsabilidade e laxismo
.

A classe dos professores (...) para o que se lhes pede, são escassos os instrumentos de que dispõem para, com autoridade e eficácia, responder aos problemas daquele quotidiano.

(...)

Mas o sistema de educação é determinante para educar, para dar competências, preparando para a vida e para a autonomia, no saber pensar e no saber fazer, as novas gerações. Não é determinante para substituir a família, o atendimento social, o centro de saúde, a ocupação dos tempos livres ou as comissões de protecção de menores.

(...)"

O negrito é meu

Porque considero ser importante debatermos a vida na escola e por estarmos num fórum ligado à religião não poderemos como cidadãos cristãos dar o nosso contributo? Como? Em quê?
Ou deixamos o cristianismo fora desse âmbito?

Re: O cristianismo e a vida na escola
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 03 de June de 2006 00:35

Não sei até que ponto a reportagem da RTP1 não nos induziu em conclusões precipitadas. Aquilo que se viu naquela sala de aula, provavelmente não acontece mais que uma ou duas escolas do nosso país. Era como terem filmado o Casal Ventoso há cinco ou dez anos atrás e dizerem que aquilo era o retrato dos jovens portugueses.

Portugal tem uma longa tradição de apostar nas aparências, no exterior e muito pouco no conteúdo, no interior. Basta ver onde gastámos as riquezas que chegaram a Portugal vindo das conquistas no tempo dos Descobrimentos para vermos o verdadeiro espírito "Tuga": construímos igrejas, mosteiros e monumentos como que adivinhando que íamos ter um futuro dependente do turismo. Que investimento fizemos em cultura, educação ou formação? Comparativamente com outros países europeus, aproveitámos mesmo muito mal.

A maioria dos portugueses está-se (ainda) nas tintas para a sua formação, educação e cultura. Ainda hoje provocava alguns colegas de trabalho perguntando-lhes se já tinham visitado a Feira do Livro de Lisboa. Dizia-me um deles que os livros estavam muito caros e custavam sempre para cima de 15 ou 20 euros. «Caros?», respondi eu. «Não tens visto o preço dos Plasmas (televisão de alta definição) e a velocidade com que se vendem nas lojas, pois não?» É uma questão de prioridades.

Quantos carros topo de gama se vêem nas estradas em Portugal? E quantas bibliotecas topo de gama se vêem nas casas dos portugueses? Já para não falar que com a Internet muita da formação e conteúdos estão acessíveis a preços inferiores que sem Internet.

Pessoalmente, prefiro investir em mim (formação, cultura, educação) que no meu exterior (carro, plasma, consola de jogos, etc.). O que investir em mim ajudar-me-á a ser melhor, a crescer, a desenvolver-me e capacita-me a dar mais frutos.

A escola é muito importante mas a educação familiar é ainda mais importante. Uma pode colmatar as lacunas da outra, mas é em casa que começa a educação, sobretudo, através do exemplo. Se os pais não lerem, onde esperamos que os filhos venham a encontrar hábitos de leitura? Se os pais em casa não têm tempo para os filhos, não conversam com eles, não os ouvem e os deixam entregues às novelas e séries da moda, como pensam vir a conhecer os seus filhos?

Para quem tem filhos, quando foi a última vez que lhe disseste que gostavas muito dele ou dela, que a amavas muito? E o que acontece com mais frequência, dizer que gostas dele ou perguntares se ele gosta de ti? Se eles não sentem o teu amor, como podes esperar que eles não sinta medo e consigam resistir ao ambiente violento que o rodeia?
Quando vais levar e buscar os filhos à escola, já reparaste como pais e filhos se despedem de manhã e se cumprimentam ao final do dia quando se voltam a encontrar? Vês e sentes amor e carinho nesses momentos? Então porque é que nos surpreendemos do que se passa na nossa sociedade? Não somos suficientemente inteligentes para vermos a consequência dos nossos actos? Eu acho que somos, só que não nos interessa sequer pensarmos nisso.

Luís Gonzaga

Re: O cristianismo e a vida na escola
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 03 de June de 2006 23:33

Luís

O programa mostrou o que se passa nalgumas escolas. Felizmente não em todas.
Penso que o facto de ser mostrado leva outros alunos a imitarem os seus colegas.

Mas o desrespeito é muito grande. Mesmo em escolas, de nome, de Lisboa.
O que se passa nalgumas aulas de substituição é estranho...muito estranho... os professores saem dessas aulas vexados...fizeram figura de palhaços...alguns alunos decidiram e disseram todas as "bocas" que entenderam... sabem que aquele professor não lhes vai atribuir uma classificação...
Vale a pena ver o que se passa. É pena que as pessoas que falam sobre isso não tenham a experiência.
Sabes o que dizem muitos professores: gostariam que a Srª Ministra estivesse na escola, a fazer o trabalho que, agora, exige aos professores. Bastava que estivesse 2 ou 3 dias. E que não se soubesse quem era...que não viesse com sèquito, como algumas vezes está a acontecer. Os professores até nem sabem que ela vai à escola reunir com umas quantas pessoas. Só se percebe que vai, por aparecem primeiro os seus súbditos muito bem vestidinhos. Isso, de viver como vivem os professores do básico e secundário, seria suficiente para compreender a realidade. Para não falar de coisas que não sabe...e a teoria é muito bonita... mas sem a experiência pode-se falar de "alto". E impôr, e denegrir a imagem. Que sejam professores 2 ou 3 dias a Senhora Ministra e Sr. Secretário de Estado e quem os rodeia...vão à escola. Trabalhem lá e vejam o que se passa, em muitos aspectos...

Mas eu venho dar-te os parabéns pelas tuas preferências. Achei que vinha mesmo a propósito o público de hoje e a frase.
Aqui vai:

"A FRASE
"Não conheço muita gente, gente da minha idade, que leia, apesar de uma educação tradicional. Porquê? Porque ler implica um esforço: de atenção, de inteligência, de memória. Ler é uma actividade e a nossa cultura é quase inteiramente passiva. A televisão, o DVD, a música popular ou a conversa de computador não exigem nada, deixam a pessoa num repouso imperturbado e bovino. Mudar isto equivale a mudar o mundo"
Vasco Pulido Valente, PÚBLICO, 3-6-2006"

( o negrito é meu)

Isto é com gente da idade dele. A tua é bem diferente... e a dos jovens também... e o que disse Saramago: (não é textual) a leitura é para as minorias.
Fiquei perplexa!!!

Re: O cristianismo e a vida na escola
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 03 de June de 2006 23:44

Maria José,

Obrigado pela tua mensagem. Eu não sei se a leitura é para minorias e por isso discordo de quem afirma isso. Por exemplo, o Código Da Vinci vendeu cerca de 450.000 exemplares, até hoje, em Portugal e estima-se que cerca de 1 milhão de portugueses tenham lido o livro. Será isto uma minoria? Bem, são apenas 10% dos portugueses, mesmo assim é um número significativo.

Penso que cada um de nós deveria ter como objectivo mínimo ler um livro por mês. Se possível, que não seja ficção mas que sirva para aprender algo, que o ajude a crescer e desenvolver. Ler ficção é interessante, pode servir como divertimento ou ajudar a desenvolver o vocabulário, mas pouco mais. Há livros que nos ensinam muito mesmo. Aqui no Paroquias.org já partilhámos uns quantos, e estamos sempre receptivos a que partilhem cada vez mais connosco.

Luís

Re: O cristianismo e a vida na escola
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 04 de June de 2006 09:32

na maioria dos casos são mais os livros vendidos que os seus leitores. Pode ser que nesse caso tenha sido diferente. Não sei.

Re: O cristianismo e a vida na escola
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 05 de June de 2006 10:25

Sobre o amor aos livros e á leitura.. Uma coisa é certa, não se imopõe o gosto da leitura por decreto. Meninos que convivem com livros mesmo antes de nascer, meninos a quem os pais leem histórias, fazem joguinhos de palavras e crescem numa normalidade em que o livro é tão apetcível como os jogos de consola, serão sempre uns ávidos leitores...
E não concordo nada com aqueles que fazem a demonização das novas tecnologias digitais versus the good old book... Aonde é que os miúdos de hoje descobrem e podem ler todos os textos, autores e citações de obras literárias clássicas?? Na Net. .. pohamm os miúdo a ler através do e-learning e verão os resultados...

Mas eu que sou cota, ainda tenho aquele fascínio que me vem da infãncia - o cheiros de um livro por abrir, a antecipação das páginas que se saltam ....ou não; o saboerear de cada palavra.. o folhear, a textura da spáginas, o sil~encio luminoso, a voracidae de estar horas e horas até um livro se esgotar e nos esgotarmos num livro , a releitura atenta, passados uns tempos de parágrafos que ficaram escondidos no rendilhado do texto...

Re: O cristianismo e a vida na escola
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 05 de June de 2006 17:24

Eu também não gosto muito de ler. No entanto, quando andava na escola primária tinha uma excelente compreensão na interpretação de problemas.
Penso que deixei de gostar de ler quando no secundário nos obrigavam a ler livros (romances) de escritores que não me diziam NADA.
Penso que é ao aluno que compete escolher o que deve ler. Os professores devem aplaudir incentivando o gosto pela leitura sem imporem os seus gostos individuais de professores. Penso que se deve reconhecer a leitura como um dom e não se impor como um castigo.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

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