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Re: SIDA
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 28 de August de 2002 17:13


LOL

Achas que sim? Acho que foste tu quem não compreendeu bem a questão.

Para já, não tentei mudar-lhe qualquer sentido. O preservativo é um contraceptivo e para este caso tudo o que disse sobre contracepção aplica-se perfeitamente a ele. Fazes o favor de concretizar as tuas acusações?

"Isto não tem nada a ver com contracepção" - bem, mas o que é que se passa nessa tua cabeça, pergunto eu!! Os preservativos não são contraceptivos? Existem outros métodos contraceptivos que ajudam a prevenir o contágio de DSTs, como o preservativo feminino e vários tipos de espermicidas, mas nenhum tão eficaz nesse aspecto quanto o masculino.

A questão aqui está na promoção da abstinência como a solução mais plausível e saudável para uma enorme quantidade de problemas relacionados com a SIDA e a família.

Ouve lá, não existem "métodos de contracepção naturais", não insistas nessa idiotice... Todo a natureza humana está orientada para a fertilidade, para termos filhos e dominarmos a Terra. DESDE QUANDO É QUE NÃO TER SEXO É UM "CONTRACEPTIVO"?? A concepção pura e simplesmente não acontece nem pode acontecer no corpo, naturalmente. Não se está num período fértil. Falta aqui um esclarecimento não só médico, quanto ao que é "contracepção", mas também moral. Já tenho dado vários contributos mas parece que uma cegueira vos absorve a todos...

Estamos a falar de SIDA, uma doença sexualmente transmissível. Sabemos que o preservativo é o método contraceptivo mais amplamente aconselhado no "combate" a este flagelo, porque não se querem educar os comportamentos e apenas minimizar os riscos.

"Justificar o meu ponto de vista a todo o custo"?? Mas que barbaridade. Justifica-te tu, se fazes favor. Vá, explica-te lá, em que é achas que eu me enganei??

Talvez para os mais distraídos, ou para quem não quer perceber o que se escreve, seja fácil ir com uma pinça aos documentos e achar um subterfúgio para não dar ouvidos ao resto. Quando esse argumento é tão destituído de verdade como o que apresentaste, ÉS TU QUEM NÃO TEM RAZÃO NENHUMA...

Mais importante: O QUE EU DISSE NÃO TEM VALOR?? Não sejas parvo e LÊ!!

Mas pergunto: leste mesmo o que escrevi, e se sim, o que tens a dizer sobre isto? Compreendo que não tenhas muito tempo para ler tudo o que afixei, mas toma o teu tempo e depois escreve quando estiveres seguro do que vais dizer.

João

Re: SIDA
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 28 de August de 2002 21:06

«Não sejas parvo e LÊ!!» Ena, fico espantado com tanta consideração... :-)

O que escrevi e todos perceberam menos tu, é que a nota pastoral faz referência ao preservativo por uma razão: a questão da barreira física e da limitação do contacto dos corpos na intimidade sexual.

Aquilo que fizeste foi generalizar a não recomendação do preservativo a todos os contraceptivos utilizando esta razão, quando esta razão não é válida para os outros contraceptivos.

Dizes «não existem "métodos de contracepção naturais", não insistas nessa idiotice». Mais uma vez agradeço a consideração, mas vou-me escusar a responder, porque como diz o povo, o mais cego é o que não quer ver. Por isso, sugiro que pegues num dicionário e vejas o significado do termo 'concepção'. E se mesmo assim, continuas a achar que não existem métodos naturais de contracepção, então parece que não são apenas os católicos que precisam de formação: cientistas, investigadores, linguístas,... estão a precisar de uns conselhos teus :-) LOL

Para não dizeres que não sou amigo, copio aqui o que encontrei na enciclopédia Verbo: [enciclopediaverbo.clix.pt]

CONTRACEPÇÃO, ( Med. ) nf Acto de evitar a concepção. Actualmente existem vários métodos de contracepção eficazes e relativamente fáceis de utilizar. Dentro dos métodos químicos encontra-se a pílula que surgiu em 1956. Este químico actua na hipófise, centro de controle das hormonas, fazendo com que os ovários não sejam estimulados de modo a não ocorrer o processo da ovulação. Relativamente aos métodos mecânicos, existe o preservativo masculino, que é também considerado actualmente como o melhor meio de prevenção contra a transmissão do vírus da sida. O dispositivo intra-uterino é igualmente um anticoncepcional geralmente utilizado. Trata-se de um pequeno aparelho que é introduzido pelo médico na cavidade uterina, impedindo assim a fecundação do óvulo. Existem também métodos naturais como a abstinência periódica, na qual a actividade sexual é interrompida durante o período da ovulação. Este método baseia-se na temperatura da mulher e é o único método anticoncepcional admitido pela Igreja Católica.

Luis

Re: SIDA
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 29 de August de 2002 15:49


Pois Luís... Continuas a fechar os olhos...

Não vi aqui ninguém a dizer que percebeu, mas pronto...

O que estás a dizer? Que a Conferência Episcopal não pensa o mesmo em relação aos outros métodos contraceptivos? É que moralmente são o mesmo! Neste caso, servem quase para a mesma coisa no ponto essencial, apesar de muitos não sofrerem desse "isolamento de corpos". Vai lá ler os Documentos Pontifícios sobre o assunto... É um favor que já devias ter feito a ti mesmo...

Não foi isso que disseste... Disseste sim:

"Depois fazes uma 'bela' dissertação, mas partiste de um fundamento não válido para a justificares, logo, toda ela, sem qualquer valor."

Então explica-te... Em que é que o que eu disse não tem "qualquer valor"?

"Acto de evitar a concepção" - bem, mesmo neste termo eufemístico, pois não se "evita" a concepção, mas sim ela é anulada, elimina-se do sexo a capacidade procreativa, me dás razão...

Desde quando é que NÃO FAZER AMOR é um "acto"...? Quanto muito, é um não-acto!!

Não me admira nada que os enganos que tens na cabeça se baseiem em incorrecções de fontes tomadas como seguras. Pelos vistos, a "Enciclopédia
Verbo", padece dessas incorrecções. Afinal não me admira, a maioria dos médicos pensam o mesmo. Em breve afixarei aqui algo sobre as diferenças morais intrínsecas entre contracepção e métodos naturais. Até já falei sobre isto várias vezes nos vários tópicos deste fórum... Nenhuma das vezes te referiste concretamente à coerência lógica em si. Mas para já posso deixar aqui as expressões correctas:

- "planeamento familiar artificial" / "planeamento familiar natural"

- "métodos artificiais (ou anticoncepcionais) de controle de natalidade (ou PF)" / "métodos naturais de controle da natalidade (ou PF)"

Daqui a dizer contracepção "natural" e "artificial" é uma confusão baseada na falta de esclarecimento.

OS MÉTODOS NATURAIS NÃO SÃO O MESMO QUE OS ANTICONCEPCIONAIS; MORALMENTE, SÃO O SEU OPOSTO!

Basta usares de lógica, de filosofia, para estabeleceres um pensamento coerente...

Pior que ser parvo inadvertidamente é continuar a insistir em falsidades depois de termos sido confrontados com as nossas ideias pouco esclarecidas, é deixarmo-nos fazer de parvos quando temos boas razões para duvidar - e não me venhas dizer que é o que está a acontecer comigo porque eu estou activamente a dar-te mil e uma razões para me justificar... Tu, nem por isso...

Vamos lá a estabelecer um diálogo (mais?) produtivo...

João

Re: SIDA
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 03 de September de 2002 08:48

Ufa, esta treta dos métodos naturais já está a ser seca...


OS MÉTODOS NATURAIS NÃO PROTEGEM CONTRA O HIV...
E também é verdade que o preservativo não protege a 100%, o que protege é um estilo de vida saudável, com o mínimo possível de parceiros..., mas o preservativo é um bom contributo. Pense-se no que aconteceu na comunidade gay nos EUA nas décadas de oitenta, noventa...

Mas a Sida é um problema grave, uma pandemia que alastra silenciosamente e é um crime contra a humanidade ser contra a utilização de preservativos em determinados contextos. Por outro lado, as mulheres são particularmente vulneráveis ao virús, por razões biológicas mas sobretudo sociais e económicas... Isto tem a a ver com o estatuto de menoridade social da Mulher e pelo facto de elas não poderem impor aos seus pares o uso de preservativo...
Portugal é o país europeu - a seguir á Ucrânia- onde há cada vez mais casos identificados...
Por isso coloquei o tema neste forum. Claro que o preservativo não é a panaceia, mas é uma arma - única que conhecemos para prevenir a transmissão da infecção!

Ao contrário do que o joão pensa, a virgindade não protege em absoluto contra o HIV...mas pode ajudar, se for para toda a vida, se não se for toxicodependente, se nunca precisar de fazer transfusões ou se não tiver profissões de risco que impliquem um contacto diário com o virus...
Quanto à fidelidade.......
Volto a repetir, já conheci mulheres infectadas fidelíssimas, que casaram virgens, etc e tal...



ana

Re: SIDA
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 09 de September de 2002 00:19

Já agora ... não existe PF "natural"... Isso é um paradoxo... Quando se fala em natural quer-se dizer - deixar a natureza seguir o seu curso - estamos no puro domínio da biologia... O natural, também na espécie humana é que os casais copulem livremente com vista á reprodução... ( e já agora, com o máximo de parceiros possível)... Nenhuma especie se impede de copular durante o cio das fêmeas, pelo contrario, estão predetrminadas biologicamente a só copularem nessa fase...
Mas, como a nossa espécie é um bocadinho mais elaborada em termos de comportamentos sexuais, inventamos os metodos de PF "naturais" para contrariar a natureza...e assim, uma das indicações desses metodos é não praticar o coito durante a ovulação das fêmeas para evitar a reprodução... Métodos naturais???????????????
ana

Re: SIDA
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 15 de October de 2002 20:28


Dizer que a contracepção é moralmente condenável "é um crime contra a humanidade"?? Então dizer que um seropositivo não deve ter relações sexuais é criminoso? Ena, ena. A liberdade sexual ao seu melhor nível, Ana!

A Igreja considera como pecado o uso de contraceptivos em qualquer circunstância, mas o preservativo usado entre o casal, sendo um dos cônjuges seropositivo, não é um pecado realmente grave... até se dar o contágio?

Eu disse e continuo (é tão óbvio, só não vê quem não quer) a afirmar que é a castidade que resolverá o problema da SIDA.

Falando de métodos para evitar a propagação de vírus por via sexual, não me venha falar de transfusões, picadas de mosquito, etc.. Para que é que vai buscar esses argumentos que nada têm a ver com a transmissão sexual? Só para corroborar uma posição que na prática já falhou demonstravelmente. Não faz sentido falar nisso, especialmente quando eu não me referi a nada do tipo, pois não, Ana? Ou duvida que se atacarmos a propagação da SIDA na transmissão sexual, ela não se tornará rapidamente uma coisa do passado?

A sua depreciação para com a virgindade (como já tem manifestado noutras mensagens) é revoltante! Que raio de "feminista" é você?

Quanto ao "natural", existe um grande desvirtuamento dessa definição. Natural é "de acordo com a natureza". Logo, o que está de acordo com a natureza HUMANA, que encontra em Deus a sua origem, em inteligência e amor, é o respeito para com a essência de quem somos. Se somos capazes de tantos sacrifícios por amor a um bem maior, este faz parte.

LOGO, OS MÉTODOS NATURAIS SÃO NA VERDADE OS MAIS HUMANOS.

Ana, não me trate como um animal, usando aquilo que para si é "natural" para nos definir a todos. Aliás, estava a pensar em Jesus quando o fez? Certamente que não é "natural", segundo a sua definição, alguém se deixar morrer por amor quando pode liderar uma revolta armada. Sabe que Jesus é o expoente máximo daquilo que é "ser humano"? Então, atente-se na Cruz e espero que se arrependa. Se não, Deus tenha piedade da sua iniquidade.

Já agora, com que frequência se socorre do Sacramento da Confissão? Confie em mim, olhe que precisa. Somos todos chamados à santidade.

João

Re: SIDA
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 15 de October de 2002 20:34


Como isto tudo começou por um artigo da OMS, aproveito para mencionar que um recente trabalho da OMS sobre o impacto da violência na saúde pública deixou de fora as fortes evidências com que se reveste a violência para com mulheres grávidas por parte dos seus companheiros. Ou seja, as mulheres querem ter os filhos, os homens não. Isto vai na linha do que eu tenho compreendido, que são os homens que pressionam mais as mulheres para as usaram sexualmente. Daí o ênfase nos contraceptivos e no aborto. É só um alerta para o tratamento que damos a dados que vêm de organizações reconhecidas mundialmente... Sejamos críticos.

Aqui fica o atalho para a notícia em detalhe.

[www.catholicexchange.com]

João

Re: SIDA
Escrito por: Tozé monteiro (IP registado)
Data: 16 de October de 2002 22:58

A picada de mosquito não transmite o HIV. isto é para esclarecer o menino João. As transfusões e a partilha de seringas sim, além das relações sexuais sem preservativo.
Quanto ás restantes diatribes, não há pachorra.
Amanhâ respondo.

Re: SIDA
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 16 de October de 2002 23:12

Quanto á violência sobre as mulheres grávidas, estudos indicam que ela não ocorre por causa da gravidez, mas apesar dela. Ou seja - surge em relações em que a mulher já é habitualmente alvo de violência e muitas vezes a propria gravidez pode resultar dessa violência... ( o que não significa que essa gravidez tenha sido desejada pela mulher)... pelo contrário1.... iMAGINA ESSAS DESGRAÇADAS VÍTIMAS DE TERROR FISICO E PSICOLÓGICO A PROPOREM AOS DESVELADOS COMPANHEIROS ... " METODODS ANTICONCEPTIVOS NATURAIS"...
claro que estes comportamentos criminosos deviam ser alvo de denúncia e procedimento criminal.
Portugal é um dos paises em que a violência sobre as mulheres continua a existir de uma forma atroz.

Re: SIDA
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 17 de October de 2002 18:04


Oh Tozé, é claro que as picadas de mosquito não transmitem a SIDA. Obrigado por esclareceres este "menino", mas não era preciso, porque disse-o claramente com um tom satírico. Mas estou na dúvida se a Ana não terá mencionado isso... Enfim...

Ah! Falta indicar que mesmo as relações sexuais com preservativo, por melhor que seja a aplicação e o produto, podem sempre falhar, e falham, mais vezes do que se imagina. Afinal, não é à toa que esta política de distribuição paranóica de preservativos ainda não conseguiu travar a epidemia... De facto, não pára de aumentar... Não vos cheira a esturro, ou não querem ver??

Ana, os teus comentários falham totalmente o propósito, por vezes. Agora são os métodos naturais o bode expiatório? De facto, se esses casais usassem os métodos naturais correctamente, MUITO dificilmente seriam violentos para com o outro. De facto, a violência é típica da relação contraceptiva, em que o prazer é que conta, o que conduz a uma inevitável exploração da mulher, por mais que as "feministas" afirmem que é uma "ferramenta" essencial para a libertação das mulheres. Não, para muitos casos é uma nova escravatura, aplicada à dimensão sexual como em tantas outras. De facto, o sexo é um grande motivador para as mulheres continuarem juntas a homens agressivos. O relatório da OMS que citaste ao princípio já falava dessa violência, e eu referi-me a esse aspecto quando escrevi sobre esse relatório. Mas não estavas disposta a ler o que escrevi, pois não? Peço-te que o estejas agora.

Se calhar, se essas mulheres o fizessem, com os apoios necessários, seria a solução ideal. Sabes porquê? É que com os métodos naturais o casal tem de se respeitar, e o homem fica condicionado pela mulher em vez do comum contrário, quando se usam contraceptivos. Isto exige um grande aprofundamento na relação, para que não ocorram situações de infidelidade. Mas pronto, Ana. Acabaste de me dar razão. A contracepção serve para perpetuar a violência entre o casal, pois faz com que não tenham de lidar com a situação como duas pessoas que se respeitam, mas continuando como duas pessoas que não gostam de si mas que se usam mutuamente só pelo prazer.

Já agora, outro dado: desta violência heterossexual resulta que muitos optem por relações homossexuais como variante. Na verdade, existe na esmagadora maioria dos homossexuais uma tendência para a bissexualidade esporádica, contraceptiva. A par disto, a prática homossexual é, por excelência, contraceptiva.

Para terminar, deixo esta citação, que encontrei numa documentação acerca de educação sexual distribuída pelo Ministério da Saúde, orientada para a profilaxia.

"Luc Montagnier, um dos cientistas cujos trabalhos levaram à descoberta do vírus da SIDA, diz que esta epidemia é como uma maré que vai subindo: para nos aguentarmos a salvo podemos escolher um entre três barcos: o da fidelidade, o da abstinência sexual e o do preservativo."

Ora bem, como se sabe que o próprio preservativo falha e que as relações sexuais promíscuas (vários parceiros, sexo casual, "fetiches", etc.) são aquelas que mais têm feito por perpetuar a epidemia, a solução é óbvia, mas parece que a Ana foge dela, e perdoa-me a expressão, "como o rabo à seringa". Qual é o problema? Porquê não admitir o óbvio? Que o sexo é só para ser vivido no casamento, por tudo o que isso significa para o casal, muito mais do que para prevenirmos doenças mortíferas (apesar de ser isso o que mais interessa à opinião popular), além de ser EM ABSOLUTO a solução que permitirá, um dia, erradicar por completo esta doença?

E não me venham com essas tretas da "espontaneidade"! Isso, pura e simplesmente, é falso e enganador. Certamente que todos os seropositivos de hoje também entronaram essa "espontaneidade", que tanto tem que ver com irresponsabilidade.

João

Re: SIDA
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 17 de October de 2002 21:11

1 - a mensagem anterior era minha. E nunca mencionei isso de certeza absoluta porque não costuno fazer afirmações infundadas.
2 - A correcta utilização de preservativos dominuiu a epidemia entre a comunidade gay dos EUA - isto são dados objectivos. Actualmente os casos de SiDA estão a aumentar nesta comunidade porque se deixou de usar ou se reduziu o uso de preservativos.
3 - o facto de o menino joão ter um problema sexual por resolver não legitima as suas posturas sem qualquer base científica, mas que têm muito de ideologia frustrada.



ana

Re: SIDA
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 27 de October de 2002 14:40

Sobre a posiçãol da igreja, relativamente aos contraceptivos, aqui fica uma transcrição de Frei Bento Domingues:
A "Familiaris Consortio" (n.º 29), agora celebrada no referido congresso, retoma a posição da Encíclica "Humanae Vitae" (1968) de Paulo VI: "Chamando os homens à observância das normas da lei natural interpretada por sua constante doutrina, a Igreja ensina que todo o acto matrimonial deve permanecer aberto à transmissão da vida." Esquece-se, no entanto, que Paulo VI e alguns episcopados, perante a péssima recepção que essa encíclica teve e pressupondo o seu carácter não dogmático, admitiram a possibilidade da sua futura revisão.
João Paulo II tem evitado essa hipótese. Em 1997, o cardeal Lopez Trujillo, presidente do Conselho Pontifício para a Família, publicou um "Vade Mecum" para uso de confessores. Transformou uma posição discutível numa "doutrina definitiva e irreformável". A década do séc. XX abusou dessa classificação para bloquear o debate livre na Igreja sobre questões controversas.
Quando se toca neste ponto, argumenta-se que o melhor é não ligar. Nada disto pertence ao Evangelho de Jesus Cristo nem ao que há de mais importante na doutrina católica. É fruto de um grave equívoco acerca da chamada "lei natural". O que é verdade. Mas gera uma atitude suicida.
( a atitude suicida - por parte da Igreja católica é a profunda clivagem que estabeleceu entre os milhões e milhões de católicos em todo mundo que se distanciaram definitivamente de uma moral sexual sem sentido, tanto mais que não pertence ao Evangelho e é fruto de um grave equívoco do que é a Lei natural . Também é uma atitude suicida bloquear o debate sobre estas questões. )



"Essa doutrina sobre a contracepção feriu gravemente a credibilidade das palavras da Igreja sobre educação sexual, sobre a confissão dos pecados e sobre o acesso à comunhão eucarística. Pesou no aumento dos católicos não praticantes.»

in "Público", Edição Lisboa, 13 de Outubro de 2002.

Penso que Frei Bento Domingues deixou bem clara a sua posição. Não é o único.



ana

Re: SIDA
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 08 de November de 2002 22:16


Ana, estás a deturpar a questão. Se esta "ideologia" é frustrada, isso é devido a uma tremenda erotização da sociedade que nos absorve por todos os lados. Realmente, frustra-nos e deprime-nos. Já quase não se pode ver televisão à noite, pois somos invadidos por todo o tipo de pornografia, onde se apresenta o sexo como um prazer irremediável e a consumir abusivamente...

Esta não deixa de ser a posição de um frade e tantos outros que procuram ser ambíguos no seu discurso pois sabem qual é A POSIÇÃO MORAL DA IGREJA, apesar de compreenderem as questões pragmáticas e procurarem consolar as pressões nos fiéis.

E sobre o que o frei quis dizer, já me tinha referido no tópico "Moral da história: sexo!". Não era preciso vires aqui reescrever a questão porque até não foi precisamente isso que ele quis dizer, tendo eu falado com ele pessoalmente. Não foi a Igreja Católica (hierarquia) que estabeleceu tal clivagem: foram os fiéis!! Foram eles que decidiram que tal moral sexual não fazia sentido, para eles, pois não lhes tinha sido explicado. Desde os anos 60" até cá nós temos assistido a uma conquista da mentalidade contraceptiva e a Igreja só agora tem realmente uma estrutura de sensibilização para a forma como o sexo deve ser encarado e para a formação nos métodos naturais, que tão mal conhecidos são. Nem eu posso conhecê-los com isenção, pelo menos neste país.

Já agora, dizer que "não pertence ao Evangelho" é precisamente o argumento apontado pelo frei Bento para o afastamento dos católicos, pois trata-se apenas de uma demissão ignorante, minimalista e muito pouco clarificada acerca da questão. Julgam que só por não estar "claro" no Evangelho, que não nos é indicado. Bem, tal argumento é realmente despropositado pois se temos alguma indicação positiva sobre métodos de planeamento familiar, é em relação aos naturais, ou seja, à abstinência periódica: "Uma mulher que casa deixa de ter sozinha direito sobre o seu próprio corpo, porque o seu marido passa também a ter direitos sobre ele; o mesmo acontece com o marido que deixa de ter direito absoluto sobre o seu corpo, o qual passa também a pertencer à sua mulher. Não recusem pois esses direitos um ao outro, a não ser por acordo mútuo, por um tempo limitado, para poderem dar-se mais completamente à oração. Mas após isso devem juntar-se novamente. Isto para que Satanás não possa tentá-los por falta de domínio próprio. Não estou a dizer isto como uma ordem, mas como uma concessão em relação ao casamento. Eu, pessoalmente, gostaria que os homens fossem como eu. Mas não somos todos iguais. A uns Deus dá o dom de se casarem, e a outros dá-lhes o dom de poderem ser felizes sem casar." (1 Coríntios 7,4-7) Aconselho também a ler atentamente todo este capítulo 7 da Carta aos Coríntios. Ah, pois: talvez ainda me venham dizer que as Cartas também não são "essenciais", que o "essencial" são os Evangelhos... Mas aí, até dizer que só um deles tem razão, ou nenhum, é também apenas uma questão de "opinião"...

Pois vejamos realmente como são ambíguas estas palavras e como se podem interpretar assim: "Quando se toca neste ponto, argumenta-se [os "fiéis" - sintomaticamente, já não se chamam "fiéis" mas apenas "católicos" ou "homens de boa-vontade"] que o melhor é não ligar. Nada disto pertence ao Evangelho de Jesus Cristo nem ao que há de mais importante na doutrina católica [e não foi o que acabaste de dizer, tu, "fiel"?]. É fruto de um grave equívoco acerca da chamada "lei natural". O que é verdade. [o equívoco por parte dos fiéis é um entendimento biológico daquilo que é "lei natural"] Mas gera uma atitude suicida. [os fiéis afastam-se do diálogo e ficam na sua, achando que os velhotes do Vaticano não são ninguém para lhes dizer o que hão-de fazer na sua vida íntima - consequentemente, dá-se uma apostasia da Igreja em geral: logo, tal é suicida - pois claro, então acreditar em Deus também não é uma coisa íntima?? acontece que depois também dizem "eu tenho a minha fé"...]. Quanto ao parágrafo seguinte, é evidente que tem toda a razão, pois é disso que estamos a falar.

Não julgo que seria diferente a reacção dos jovens que olham de lado quem diz que está em EMRC, só porque a Igreja um dia mudasse a sua posição em relação a este assunto. Não só porque aí se estaria a corromper, colaborando numa cultura hedonista, ficando todas as suas reservas em relação ao sexo a saber a hipocrisia (se a Igreja aceita a contracepção, é hipócrita não aceitar coisas como o sexo anal, oral, com objectos, com animais, etc. - é o prazer que interessa!) mas porque aí teriam ainda mais argumentos a apontar à Igreja, que sempre teria estado errada. Para cada vez mais jovens, é a "ciência" (ou melhor, os cientistas) quem dita o que é possível, e o que é possível é aprovável porque o único "critério moral" (?) é o de não fazer mal aos outros. Ignorando claramente que todos os actos, e em particular o sexo, têm consequências sociais. O sexo em particular porque É algo "social", entre dois. Também porque é do próprio sexo que provém a existência de cada um de nós, que constituímos a sociedade.

João

Re: SIDA
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 02 de December de 2002 12:16

Dia Mundial de Luta contra a Sida


Não vou reproduzir aqui as dimensões humanas da tragédia (42 milhões de pessoas infectadas!!!!!!!!!!!!!!!!! 42 milhões de mortos!!!!!!!!!!!!!!!!!!)... Nem repetir o que se diz cna comunicação social....
Venho fazer um apelo á prevenção, utilizando todas as armas, incluindo o preservativo, única forma conhecida de protecção, se for bem utilizado....
è dever da Igreja e dos católicos promover o uso de preservativo.


ana

Re: SIDA
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 02 de December de 2002 13:10


Só se forem parvos...! Não é dever nem da Igreja nem dos católicos (então, não somos todos Igreja?) promover o uso de preservativo, de forma nenhuma, mas explicar porque é que é necessário o preservativo quando se tem relações sexuais fora do matrimónio, situação já de si contrária ao amor...

O que nos faz perguntar como é que a situação chegou a este ponto, já que ainda vivemos com uma grande maioria de famílias monogâmicas...

João

Re: SIDA
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 02 de December de 2002 13:13


Aqui há uns tempos (Novembro de 2001), por altura da Nota Pastoral da CEP que já citei ("Os cristãos e a luta contra a SIDA", 19 Novembro 2001), dizia o nosso querido Cardeal-Patriarca D. José Policarpo:

"(...) Novas doenças ameaçadoras, como a SIDA, comprometem, não só o futuro de comunidades inteiras, como lançam a suspeita e o temor no que de mais íntimo há no relacionamento das pessoas: o amor. É um tempo carregado de sombras, o nosso. Mas é preciso assumi-lo, corajosamente, na esperança. Os textos da Escritura lidos na Liturgia dizem-nos que os sofrimentos e as provações, pessoais e colectivos, podem ser integrados no sentido positivo da História. É que celebrar o tempo é afirmar a esperança da salvação. Permita-se-me que refira, no conjunto das sombras do tempo presente, a SIDA e o dia nacional de consciencialização, celebrado a 1 de Dezembro. (...)

Qual pode ser o contributo específico da Igreja Católica, sem pôr em questão os seus princípios morais? A resposta só pode ser encontrada no contexto de quanto acabamos de dizer: reagir a este flagelo movidos pela esperança, dinamizados pela coragem da defesa da vida, na sua integridade de sentido, encorajados pela alegria da generosidade, dispostos a assumir a responsabilidade dos nossos comportamentos perante tal flagelo. A humanidade só vencerá esta ameaça, se assumir, com nobreza, a responsabilidade da vida e do amor. Não chega precaver-se com truques programáticos e soluções de emergência, que nem sequer sugerem a coragem de mudar comportamentos. E a primeira concretização dessa coragem tem de ser a generosidade e a lucidez.

Não é tolerável que milhares de seropositivos, que não sabem que o são, sejam potenciais transmissores a vítimas inocentes, quando todos têm ao seu alcance os meios acessíveis para um diagnóstico pessoal. Essa atitude, que é aconselhável sempre, é particularmente necessária no início de uma relação estável ou quando comportamentos pessoais podem incluir o risco de transmissão. Ninguém pode correr o risco de contaminar inocentes. Por outro lado, a certeza da própria saúde, alivia da preocupação ansiosa da prevenção a qualquer preço. A fidelidade no amor, a castidade como vivência sadia e responsável da sexualidade, são possíveis e são caminho de paz e felicidade. E nós cristãos sabemos que Deus não nos faltará com a sua força.

É, pois, uma batalha, que não é desligável da luta pela vida em plenitude, não é separável de uma pedagogia da salvação. Neste final de ano cristão, quando contemplamos a plenitude de Jesus Cristo como fonte da esperança da humanidade, aceitemos com coragem os sofrimentos do tempo presente, para podermos celebrar a esperança da libertação."

Já agora, relembro também esta citação da referida Nota Pastoral:

"A fidelidade conjugal ou ao parceiro que se elegeu para partilhar a vida, a castidade como expressão de uma vivência equilibrada e generosa da sexualidade, são elementos decisivos na luta contra este flagelo. A humanidade sempre venceu as suas crises e ameaças com a força da liberdade, inspirada em valores espirituais e culturais. É que a SIDA é mais que uma ameaça; pode ser sinal de uma crise de civilização."



Posto isto, pergunto-me: porque é que pessoas como a Ana, em vez de, ao lerem relatórios como este da ONU (citado na abertura do tópico), lhe atiram logo com as suas soluções pré-concebidas (ou preconceituosas) e não ligam ao que a Igreja pronuncia sobre o assunto? E que ideia é essa de que a castidade não resolve, por tudo o que envolve, o problema?

João

Re: SIDA
Escrito por: Ana Amorim (IP registado)
Data: 02 de December de 2002 13:29

Isso, João!
Claro que o preservativo é coisa do Demo! Ai Jesus!
Só te digo que no melhor pano cai a nódoa! Oxalá não caias em tentação!


Anna

Re: SIDA
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 02 de December de 2002 14:49

Esse paleio todo dá no que deu - quarenta e dois milhões de infectados.
Que não usaram preservativo.
Ter ewste discurso em africa, na china, nos paises deleste, é assinar certidões de óboto, mais nada. è preciso prevenir a transmissão da epidemia. è preciso dinheiro - muito dinheiro - para medicamentos básicos, que em Africa não há. Milhões de crianças redcem nascidas seropositivas - isto podia ser evitado se durante a gravidez e parto as mulheres tivessem acesso a medicação e cuidados de saude. EStas vitimas inocentes não t~em voz. Mais vale condenar o uso do preservativo e condenar à morte milhões de pessoas. è mais cristão.


ABRAM OS OLHOS.




ana

Re: SIDA
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 02 de December de 2002 14:52

desculpem os erros ortográficos.

Re: SIDA
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 02 de December de 2002 15:07

Como evitar ser infectado pelo VIH


Use sempre preservativo em todo o tipo de relações sexuais;


Use sempre seringas e agulhas novas;
Nunca utilize agulhas ou seringas usadas, seja por razões de doença ou toxicodependência (neste caso, também não deve partilhar qualquer outro material usado na preparação da droga: algodão, caricas, colher, etc.)


Não partilhe objectos pessoais que possam estar em contacto com sangue, por exemplo: lâminas, escovas de dentes, tesouras, material de manicura.


A SIDA não se transmite através de:

- Aperto de mão

- Tosse ou espirro

- Loiça e talheres

- Picadas de insectos

- Conversa

- Beijos

- Roupa

- Casas de banho



Fonte:



cnls

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