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Nordestinos encheram catedral para ver de perto o novo bispo
2001-10-15 09:49:50

Os nordestinos esperam que o novo bispo de Bragança e Miranda "seja um bom pastor, dirija bem a diocese e que saiba respeitar as vicissitudes e diferenças de cada cristão". D. António Montes Moreira, eleito para aquele cargo no passado dia 13 de Junho, foi ordenado ontem como 43º bispo daquela diocese pelo cardeal patriarca, D. José Policarpo, numa cerimónia que fez rebentar pelas costuras a Catedral de Bragança, inaugurada há uma semana, e que tem capacidade para cerca de cinco mil pessoas.

Na ordenação episcopal estiveram ainda presentes 27 bispos e 252 sacerdotes.
Este foi um momento importante para os transmontanos, que acreditam que é importante ter um bispo que "olhe pela região". Pelo menos, assim pensa Teresa Azevedo, de 77 anos, que percorreu quase 100 quilómetros, da Moimenta (Vinhais) até Bragança e permaneceu durante as quase de três horas da eucaristia em pé. Tudo pela vontade de ver de perto D. António Montes Moreira."É importante que continue o trabalho que tem sido feito na diocese", refere.
Os participantes jovens, embora em menor número, também consideram que é importante existir um bispo em Bragança. João Miguel, de 22 anos, revela que não tem ainda opinião formada sobre D. António Montes, mas espera "que seja interventivo quando as ocasiões assim o exigirem".
Um papel que segundo uma fonte próxima do prelado não lhe será difícil desempenhar uma vez que é considerado um verdadeiro diplomata. A ordenação de um bispo "é um momento criativo, um novo membro do Colégio assumirá a responsabilidade de uma missão universal", lembrou o cardeal patriarca.
O papel de um prelado é diverso, segundo D. José Policarpo, e deve "garantir a unidade da fé". De acordo com a tradição antiga o bispo é entregue à igreja da qual será pastor. Para chegar até aqui foi necessário que D. António José Rafael, actual bispo emérito, resignasse por ter atingido o limite de idade, ou seja 75 anos. D. António Montes Moreira fosse submetido a uma série de ritos carregados de simbolismo, designadamente a recepção do anel, sinal de fidelidade, imposição da mitra que simboliza a santidade, e entrega do báculo, como pastor que passará a ser daquela diocese.
Por seu lado o novo bispo disse, no final da sua ordenação, que uma das suas missões à frente da diocese passa pelo combate à crise de vocações que se faz sentir no sacerdócio.

Um verdadeiro diplomata cheio de esperança
Nascido a 30 de Abril de 1935 em Fortunho, freguesia de S. Tomé do Castelo, em Vila Real, D. António Montes Moreira, foi ordenado sacerdote em 13 de Julho de 1958. É doutorado em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina, na Bélgica.
Foi professor em diversos seminários da zona de Lisboa e antes de ser designado para bispo de Bragança/Miranda foi membro do Conselho Presbiterial do Patriarcado e até agora ocupava o lugar de Moderador do Secretariado Geral da Conferência dos Bispos.
Com uma postura que revela alguma discrição, quem lida com ele de perto considera-o um diplomata, com capacidades para estabelecer relações com diversos tipos de pessoas.
Franciscano por vocação, D. António Montes Moreira deixou aos nordestinos uma mensagem de esperança no futuro e a promessa de que pretende dar cumprimento ao programa de constante renovação cristã no âmbito pessoal e familiar.
"Façamo-nos ao largo e sigamos em frente, com esperança".

Fonte JN

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