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Terrorismo: não metam Deus no barulho...
2001-10-10 20:32:55

Desde há uns tempos que temos assistido à invocação da causa religiosa para rotular os atentados e guerras que vão acontecendo um pouco pelo Planeta. A mais recente «descoberta» foi a atribuição da autoria dos atentados nos EUA a fautores de índole religiosa, onde o factor islão tem estado a ser usado, diga-se, de forma abusiva.

Quem ouviu a declaração do Osama bin Laden passado pouco tempo da retaliação dos americanos, na noite do dia 7 de Outubro, terá ficado apreensivo sobre a possível relação entre o islamismo e a guerra -- dita 'santa' mas com sabor a terrorismo -- que ele atribui ao combate aos «infiéis» personificados nos americanos… e seus aliados!
De facto alguns ditos agnósticos, ateus ou mesmo anti-religiosos parecem rejubilar com os factos ziguezagueados entre as culturas ocidental e muçulmana, pois sentem-se desobrigados em acreditar n'Algum Deus que em vez de unir os homens os põe em luta ou fomentando actos de agressividade. Desenganem-se com essa argumentação.
Deus -- tenha Ele o nome de Iavé, Alá, Deus de Jesus Cristo -- não pode nunca ser o substituto da maldade humana. Deus não serve para dar cobertura seja a quem for das aspirações mais turvas de tantas mentes e corações. Deus, por muito que lhes custe, não pode patrocinar tanta inveja ou orgulho. Se não são capazes de enfrentar os seus fantasmas não queiram inventar novos… ao sabor das circunstâncias.
Reparem, senhores fautores do anti-religioso: já Afonso Costa «profetizou» o fim da religião, em Portugal, passadas duas gerações, no início do século vinte e, pelo contrário, Nossa Senhora em Fátima se encarregou de o desmentir;
já os regimes comunistas tentaram amordaçar a fé na Europa de Leste e o que se viu foi que um Papa, vindo dessa região, deu novo fulgor à fé católica e ao diálogo inter-religioso e ecuménico. Por isso, procurem outras formas de combater a fé -- judaica, cristã-católica, muçulmana, hindu ou budista -- pois o que está em causa é a luta entre o materialismo e a dimensão espiritual da pessoa humana. O sobrenatural vencerá!
O fenómeno do terrorismo traz à superfície muito do que há de mais baixo na condição humana. Mas o terrorismo não tem religião. O terrorismo crescerá cada vez mais enquanto o homem for lobo do homem! Oxalá saibamos aprender as lições do presente, aprofundando o passado e discernindo os sinais de Deus no futuro.

A. Sílvio Couto


Fonte Ecclesia

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