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Grande catedral foi pequena no dia mais esperado de todos
2001-10-09 09:38:19

Sonhada há mais de 200 anos, a catedral de Bragança, a última cuja construção se iniciou no século XX e a primeira pós-Concílio, foi ontem dedicada, segundo a tradição católica que consiste numa dedicação da igreja ao Senhor, seguida dos ritos de unção, da incensação, do revestimento e iluminação do altar.

A chave da porta principal foi entregue pelo empreiteiro ao Cabido, uma espécie de proprietário do local.
D. António José Rafael, bispo emérito, benzeu a catedral de Nossa Senhora Rainha, numa cerimónia que reuniu 18 bispos, mais de 100 sacerdotes, 18 cónegos, e 600 comunidades paroquianas da diocese. Apesar de a catedral ter capacidade para 1500 pessoas, no seu interior encontravam-se mais de duas mil vidas de todo o distrito.
D. António Rafael, que presidiu à eucaristia, referiu-se à catedral como um sonho que remonta a 1780, mas que enfrentou dificuldades de toda a ordem. "Pelo montão de obstáculos quase intransponíveis, pelos 230 anos que demorou a sua construção, ela foi obra de Deus, pois só Ele podia vencer tanta dificuldade", referiu o bispo emérito, acrescentando que "valeu a pena".
O edifício está repleto de simbolismo. Os quatro vitrais, ainda a instalar, representam as zonas pastorais, e a cripta "é a igreja da ressurreição que guardará os jazigos de todos os bispos que passaram pela diocese". O painel de mosaicos por de trás do retábulo-mor, da autoria de Mário Silva, simboliza a ressurreição de Jesus e a elevação do Nordeste. "Esta é uma catedral total, construída em nome dos que a sonharam", continua o bispo, que se afastará definitivamente no próximo domingo, data em que D. António Montes Moreira será ordenado novo bispo de Bragança.
O projecto do edifício é do arquitecto Vassalo Rosa, que em 1964 ganha o concurso, mas cuja execução só se inicia em 1988. A obra, em que já foi gasto cerca de um milhão de contos, não está concluída na totalidade, sendo ainda necessários cerca de 200 mil contos para a sua conclusão. A diocese está a fazer um peditório pelas paróquias, para conseguir a verba que falta.
Durante a eucaristia, D. António Rafael garantiu que "a catedral nunca competiu com nada nem com ninguém". "Nunca deixámos igrejas antigas por recuperar, as novas por construir, assim como os centros paroquiais necessários", acrescentou o bispo emérito de Bragança.

Fonte JN

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