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Reunião-sombra Pede Reformas na Igreja
2001-10-03 20:42:44

Enquanto os 280 bispos reúnem no Vaticano para debater o seu papel na Igreja
e no mundo contemporâneo, um "Sínodo do Povo de Deus", representando mais de
300 grupos católicos de todo o mundo, decorrerá na Faculdade Valdese de
Teologia, a poucas centenas de metros do Vaticano, para debater também o
papel do bispo e a necessidade de reformas na Igreja. Esta
assembleia-sombra, que decorre até ao próximo domingo, foi convocada pela
Rede Europeia A Igreja em Movimento e pelo Movimento Internacional Nós Somos
Igreja.


Este encontro dos grupos que se têm manifestado a favor de mudanças na
estrutura da Igreja farão chegar ao Vaticano, no final dos trabalhos, o
resultado dos seus debates. Mas, entretanto, já escreveram uma carta ao
Papa, e a quatro cardeais implicados na organização do Sínodo dos Bispos -o
secretário-geral Jan Schötte, os presidentes Ivan Dias e Bernard Agré, e o
relator Edward Michael Egan - a deixar alguns recados.
"Sabemos que há quem, na hierarquia, diga que a Igreja não é uma democracia,
mas nós dizemos que tão pouco é uma monarquia absoluta ou uma ditadura", diz
o texto. "A nossa mensagem aos bispos é clara: tal como está anunciado na
carta papal 'Novo millennio inuente', algumas coisas precisam de mudar na
nossa Igreja e nós iremos trabalhar convosco para mudar."
Nos documentos preparatórios deste sínodo-sombra (disponíveis também na
internet, em www.shadow-synod.net), os seus responsáveis apontam algumas das
mudanças a fazer: tomar em consideração o pensamento teológico actual,
estudar uma nova relação entre a Cúria Romana e as Igrejas locais, reformar
a Cúria Romana e dar mais poder ao Sínodo dos Bispos, como assembleia que
representa os episcopados de todo o mundo.
Na carta escrita ao Papa e aos responsáveis do Sínodo dos Bispos, os
organizadores do sínodo-sombra acrescentam que acolherão os prelados que
desejem aparecer e ouvir as preocupações dos participantes da reunião. "O
mundo mudou tanto", dizem, que pode ser difícil dar-lhe uma nova "vida,
energia e esperança". Não há razão, acrescentam, para que os aspectos
humanos da construção da Igreja "não possam mudar para se adaptarem às novas
realidades".

Fonte Público

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