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Mensagem para a Jornada Mundial das Migrações
2001-08-19 11:57:30

«Fiel ao seu dever no serviço do Evangelho, a Igreja continua a aproximar-se dos homens de todas as nacionalidades para lhes dirigir o alegre anúncio da salvação», refere João Paulo II na sua Mensagem para a Jornada Mundial das Migrações. O apelo passa por uma reflexão «sobre a missão evangelizadora da Igreja, em relação aos fenómenos vastos e complexos da emigração e da mobilidade».


Este ano, com o especial tema «A pastoral para os Migrantes, caminho para a realização da missão da Igreja hoje», o Santo Padre distingue «a mobilidade livremente escolhida» e «a que nasce de um constrangimento de natureza ideológica, política ou económica». Assim, a Igreja chama a atenção para o facto do termo «migrantes» se referir «em primeiro lugar aos refugiados e exilados à procura de liberdade e de segurança fora dos limites da própria pátria» e, em segundo lugar, «aos jovens que estudam no estrangeiro e a quantos deixam o próprio País para procurar noutro lado uma melhor condição de vida».
Consciente de que a mobilidade se tornou uma característica geral da humanidade, o Santo Padre explica na sua Mensagem que «a convergência de raças, civilizações e culturas no interior dos próprios ordenamentos jurídicos e sociais põe um problema urgente de convivência. As fronteiras tendem a cair, encurtam-se as distâncias, os acontecimentos fazem sentir as suas próprias repercussões mesmo nas zonas mais longínquas». Neste sentido, cabe à Igreja, na sua actividade pastoral, procurar ter constantemente presentes estes graves problemas não se cansando de «afirmar e defender a dignidade da pessoa, pondo a descoberto os direitos irrenunciáveis que dela brotam - o direito a ter uma pátria própria, a viver livremente no próprio País, a conviver com a própria família, a dispor dos bens necessários para uma vida digna, a conservar e a desenvolver o próprio património étnico, cultural e linguístico, a professar publicamente a própria religião, a ser reconhecido e tratado em qualquer circunstância em conformidade com a dignidade própria do ser humano».
Hoje, o quadro das migrações vai mudando. «Por um lado diminuem os fluxos de migrantes católicos, por outro aumentam os de migrantes não cristãos que vão estabelecer-se em Países de maioria católica». É neste contexto que a Igreja tem um papel especial a cumprir. A migração é cada vez mais «um fenómeno que continua a pôr em acção na Igreja a caridade enquanto olha de novo o acolhimento e a ajuda a respeito destes irmãos e irmãs à procura de trabalho e alojamento». É, em certo modo, uma acção muito semelhante àquela que muitos missionários realizam em terras de missão, ocupando-se dos doentes, dos pobres e dos analfabetos.


Fonte Ecclesia

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