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Obras na igreja matriz põem as missas em causa
2001-08-17 16:46:40

A igreja matriz de Caminha vai ser recuperada, o que irá implicar o encerramento do templo ao culto. O pároco local, José Maria Gonçalves, prevê algumas dificuldades para celebrar as eucaristias, uma vez que há falta de espaços para o efeito.


O Instituto Português do Património Arquitectónico lançou um concurso público para a referida intervenção, que incluirá a recuperação da cobertura e dos ricos tectos em madeira, a drenagem periférica, o tratamento das fachadas e a construção de instalações sanitárias na sacristia. A obra, com duração prevista de 420 dias, está orçada em 32 mil contos.
Embora o início das obras esteja projectado para Setembro, o pároco de Caminha, José Maria Gonçalves, receia que antes de Março não seja possível começá-las, uma vez que será de prever a colocação de uma cobertura integral para protecção da chuva enquanto durarem os trabalhos. Por outro lado, a obra acarretará algumas dificuldades ao pároco, a braços com falta de espaços para celebrar os ofícios religiosos.
José Maria Gonçalves referiu ao JN que a Santa Casa da Misericórdia de Caminha já se disponibilizou para ceder a sua capela. Contudo, lembra que durante o Verão será inviável tentar esta alternativa, "dado o elevado número de fiéis que enchem actualmente a matriz", número esse que a pequena igreja da Misericórdia não comporta. Advoga, por isso, o recurso à capela do antigo convento de Santa Clara, hoje em dia na posse da Câmara de Caminha mas a ser utilizada pela Escola Tecnológica Artística e Profissional do Alto Minho, no âmbito de um protocolo.
Monumento construído a partir de finais do século XV, a igreja matriz já foi alvo de trabalhos de conservação no seu interior, que estiveram a cargo de Estudantes da Escola Profissional de Arqueologia do Porto. Foi também realizado um diagnóstico do estado de conservação das coberturas e dos azulejos, tendo sido retirados alguns que ameaçavam cair.
Paralelamente, fez-se um registo fotográfico e acondicionou-se o espólio existente em todo o espaço da sacristia. A situação da cobertura e do tardez do tecto do templo mereceram atenção redobrada, tendo sido montada uma estrutura metálica de acesso directo às zonas mais afectadas.
Como corolário de todo este trabalho, foram encontrados fragmentos de pinturas debaixo do rodapé da capela da Senhora do Rosário, sendo visível uma mão com anéis, provavelmente datada de meados século XVII, quando o templo foi reconstruído após um feroz temporal.

Fonte JN

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