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Papa quer Bispos ao lado dos pobres
2009-03-18 22:09:53

Bento XVI defendeu hoje nos Camarões que os Bispos da Igreja Católica devem ser os principais defensores dos “direitos dos pobres”.

No segundo dia da sua visita a África, a primeira do pontificado, o Papa encontrou-se com os membros da Conferência Episcopal camaronesa, a quem lembrou o “interesse particular” com que a Igreja segue as pessoas mais necessitadas.
Nesse sentido, convidou a “promover e favorecer o exercício da caridade, manifestação do amor do Senhor pelos mais pequenos”.

Ontem, à chegada a Yaoundé, Bento XVI afirmara que "diante da dor ou da violência, da pobreza ou da fome, da corrupção ou do abuso de poder, um cristão nunca pode ficar calado".
Para o Papa, os católicos são assim levados a “perceber de modo concreto que a Igreja é uma verdadeira família de Deus, reunida no amor fraterno, que exclui qualquer etnocentrismo e particularismo excessivo.

Numa referência aos temas que estarão no centro do II Sínodo para a África (ver notícia relacionada), Bento XVI defendeu que a Igreja “contribui para a reconciliação e a cooperação entre as etnias, para o bem de todos” e que com a sua doutrina social “quer despertar a esperança no coração dos excluídos”.

O discurso do Papa falou em particular aos leigos, lembrando as suas “responsabilidades sociais, económicas e políticas” na construção de “um mundo mais justo, no qual cada um possa viver dignamente”, e elogiou o compromisso na promoção dos direitos da mulher.

Falando aos Bispos camaroneses, o Papa convidou a “perseverar com determinação os valores fundamentais da família africana, fazendo da sua evangelização uma das principais prioridades”. Em defesa do casamento, Bento XVI pediu “uma melhor compreensão da natureza, da dignidade e do papel do matrimónio, que requer um amor indissolúvel e estável”.

A propósito da liturgia africana, com características muito próprias, Bento XVI deixou votos de que “a alegria assim manifestada não seja um obstáculo, mas um meio para entrar em diálogo e comunhão com Deus, por meio de uma efectiva interiorização das estruturas e das palavras de que se compõe a liturgia”.

O crescimento de seitas e movimentos esotéricos em África, bem como o desenvolvimento de uma religiosidade supersticiosa são, para a o Papa, “um convite urgente a dar um impulso renovado à formação de jovens e adultos, em particular no mundo universitário e intelectual”.

No seu discurso, o Papa deixou ainda um convite aos Bispos, para que “vigiem com particular atenção a fidelidade dos sacerdotes e das pessoas consagradas aos compromissos assumidos”, frisando que a autenticidade do seu testemunho “exige que não haja diferença entre o que ensinam e o que vivem cada dia”.

Por outro lado, Bento XVI pediu um “sério discernimento” dos candidatos ao sacerdócio, dando prioridade à “selecção e formação dos formadores e directores espirituais” dos seminaristas.

Fonte Ecclesia

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