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Rezar no feminino
2009-03-11 23:20:46

O Hospital de São João, no Porto, será palco de uma oração ecuménica. No final da tarde desta Sexta-feira, sob orientação feminina, as diferentes Igrejas cristãos vão juntar-se à corrente que na primeira Sexta-feira do mês de Março une o mundo.

Foi há mais de 50 anos que Portugal se integrou nesta corrente, apesar de pouco conhecida. Há cerca de 20 anos foi criada uma Sub-comissão do Comissão Internacional do Dia Mundial de Oração (Wdpic), onde se integram as diferentes Igrejas cristãs de Portugal.


“Frequentemente reúnem-se senhoras, onde durante o ano trabalhamos em conjunto e preparamos esta iniciativa do dia de oração”, explica à Agência ECCLESIA Isabel Seabra, da Comissão Diocesana para o Ecumenismo, no Porto e Presidente Nacional do Movimento.


O Dia Mundial da Oração ocorre em todo o mundo. A organização, que muda anualmente, prepara um guião, que servirá de base à oração em cada país. Hoje, refere o jornal do Vaticano, "L'Osservatore Romano", estima-se que três milhões de pessoas estarão unidas, em 160 países, para esta celebração que decorre todos os anos na primeira Sexta-feira de Março.


Em 2009, a organização cabe à Papua Nova-Guiné. “Naturalmente que depois cada país adapta, com intenções específicas, mas todos seguem o mesmo guião”, explica Isabel Seabra.


Maria Isabel, pertencente à Igreja Lusitana e Presidente da subcomissão do Porto, explica que esta iniciativa teve origem nos EUA, quando várias mulheres começaram a reunir-se para rezar em conjunto. Este movimento foi-se espalhando à medida que as mulheres iam passando por outros países. Foi escolhida a primeira Sexta-feira de Março para ser o dia que, ultrapassando fusos horários, estarão sempre mulheres em oração, “rezando pelo mundo, por situações de carência, mas também em acção de graças”.


Mas, sendo uma iniciativa de mulheres, o dia de oração não lhes é exclusivo. “A tradição organizativa reúne as mulheres, mas a oração envolve todos”, frisa a Presidente da Sub-comissão do Porto.


Maria Isabel lamenta que em Portugal “o haja muita representatividade. Estamos a dar passos para que o Movimento seja mais conhecido”. A Presidente da Sub-comissão dá conta que a nível internacional o Movimento “tem um poder indicativo para a participação das mulheres na acção social e política”.


“Temos dados passos pequenos”. Maria Isabel afirma que quem está envolvido “está de alma e coração, e estão a trabalhar com vista à união”, mas lamenta que a opinião pública, no geral, não as conheça.


Isabel Seabra explica este dia pode ser “um sinal do caminho que se quer fazer”. As mulheres cristãs acreditam no poder da oração. “Não é um poder perceptível imediatamente, mas é grande”. E acrescenta que na vida de um cristão “é essencial”.

Assim, esta tarde, doentes, profissionais e responsáveis das Igrejas cristãos vão juntar-se, sob orientação feminina, num momento de oração. O ofertório vai destinar-se à República Democrática do Congo.

Fonte Ecclesia

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