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Música sacra alia tecnologia à tradição
2008-10-27 22:42:10

Imagine um órgão de igreja, aparentemente convencional, mas que alia a mais alta tecnologia de ponta à tradição, de tal modo que pode ser “programado” com recurso a um mero dispositivo USB, vulgarmente conhecido como “pen”.

As potencialidades destes instrumentos, fabricados pela empresa americana “Rodgers”, e a partir de agora comercializados na Península Ibérica pela “Fundição de Sinos de Braga”, foram ontem demonstradas no Auditório Vita, do Seminário de Nossa Senhora da Conceição, em Braga, que por algumas horas foi transformado no palco para um espectáculo musical improvisado.

Foi o próprio director comercial da empresa para a Europa, John Green, que com a ajuda de um estudante da Universidade Católica do Porto, José Machado, deram a conhecer o som e as potencialidades de quatro órgãos litúrgicos fabricados pela “Rodgers”.

Depois de pedir à audiência que se concentrasse mais no som dos instrumentos do que nas capacidades do intérprete, John Green começou por fazer uma demonstração das potencialidades do mais elementar dos órgãos fabricados pela empresa, o 538 da série 5, que pode ser utilizado para uso pessoal ou para o ensino nas escolas, seguindo-se depois uma apresentação do modelo Allegiant 778, que permite quatro registos de sons diferentes.

Por fim, o representante da “Roggers” interpretou um tema improvisado no modelo 788 da série Trillium Masterpiece, que tem a particularidade de poder ser personalizado com o som característico de determinada região. Para experimentar o modelo mais recente e mais elaborado dos órgãos digitais da empresa americana, o 928 da serie Masterpiece, o responsável pediu a intervenção do estudante José Machado, que tocou de improviso, dando a conhecer algumas das combinações e níveis de memória ilimitados do instrumento.

Podem custar entre 8 e 60 mil euros

O sócio-gerente e fundador da firma Serafim da Silva Jerónimo & Filhos, Lda., comercialmente conhecida como “Fundição de Sinos de Braga”, Arlindo Jerónimo, revelou ao Diário do Minho que a empresa comercializava até agora apenas os órgãos electrónicos italianos “Viscount”, mas os modelos da “Rodgers” revelam-se «definitivamente mais avançados».

«Detemos cerca de 72 por cento do mercado de órgãos litúrgicos a nível nacional, e queremos estar sempre mais à frente. A “Rodgers” é sem dúvida vanguardista a este nível, mas era praticamente desconhecida na Europa, daí a nossa vontade de a comercializarem exclusivo em Portugal», explicou.

Segundo o responsável, o preço dos quatro órgãos digitais da Rodgers ontem apresentados variam entre 8800 e 60 mil euros e têm como mercado preferencial a Igreja Católica.

Arlindo Jerónimo defende que um órgão destes, instalado com tubos reais, pode ser uma mais-valia ao serviço da música e da liturgia, podendo ser tocado por quase todos os organistas com conhecimentos mínimos. «É claro que um organista mais qualificado vai retirar melhor proveito do instrumento, mas a tecnologia de ponta aplicada na concepção deste instrumento, vai facilitar muito o trabalho do organista e a preparação da liturgia», argumentou, acrescentando que «esta é uma área muito específica que serve um nicho de mercado com determinadas características».

Esta foi a primeira de várias demonstrações que a “Rodgers” e a “Fundição de Sinos de Braga” vão efectuar ao longo de todo do país, devendo passar por Lisboa e Leiria, entre outras capitais de distrito.

Fonte Ecclesia

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