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Católicos e evangélicos criticam "facilitismo" da nova lei
2008-10-24 23:03:55

"A noção de culpa é uma noção negativa - judaico-cristã - com a qual vivemos séculos". O argumento lançado pela psicóloga Maria Saldanha no programa Prós e Contras, da RTP, (dia 29 de Setembro) para justificar "o grande avanço" alcançado com o fim do divórcio litigioso não colhe junto das comunidades cristãs.

Jorge Humberto, presidente da Aliança Evangélica Portuguesa, que junta várias denominações, acredita que há mesmo duas visões "distintas". "Nós consideramos bastante pertinentes os receios do Presidente da República.

Esta lei, acrescenta, "aligeira muito o divórcio". Para os crentes evangélicos, no entanto, "o divórcio é um mal necessário". Ou seja, é permitido.

Mas daí até "mascarar" a culpa, sublinha o Pastor, "vai uma distância". "Para quê tentar ocultar as coisas incómodas?". "Não é retirando-a dos tribunais que a culpa vai desaparecer. Na cisão de uma relação aflora sempre a consciência da culpa", remata.

Para os católicos, a lei é má. Tal como os evangélicos, acreditam que vai facilitar o divórcio. Mas vão mais longe, considerando que a lei desprotege os mais frágeis.

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Jorge Ortiga, considerou que a nova lei poderá mesmo levar ao aumento do número de divórcios.

"Estou convencido de que por detrás de toda esta lei do divórcio com certeza que acontecerão muitos mais divórcios, porque é tudo muito mais fácil", disse à Agência Lusa D. Jorge Ortiga, também Arcebispo de Braga. A legislação na "linha de facilitar, não é normalmente o melhor caminho", acrescentou.

Fonte JN

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