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Religião Novos paradigmas da missão em Igreja
2008-09-09 22:54:24

Encerra hoje, em Fátima, o Congresso Missionário Nacional, que, ali, congregou 678 cristãos, portugueses e estrangeiros, para reflexão sobre a evangelização.

É natural que, neste fim-de-semana, ontem e hoje, em Fátima, o Congresso Missionário Nacional tenha recebido ainda mais pessoas interessadas na evangelização.

Nos primeiros dias, participaram 678 pessoas de todas as dioceses portuguesas, com destaque para Lisboa, Porto, Braga e Fátima-Leiria.

O padre José Ornelas Carvalho, superior geral dos Dehonianos, defende novos paradigmas para a acção missionária: acabar com a divisão Norte/Sul e encarar a Igreja como universal e independente dos poderes. Na sua opinião, a Igreja tem de ligar-se à cultura, mas "não pode ligar-se de tal maneira a uma cultura que secundarize as outras". Lembrou que os países que inicialmente lançaram missionários "hoje estão em crise". Esta realidade própria do hemisfério Norte contrasta com o hemisfério Sul. A Igreja está a deslocar-se para Sul, "não apenas em número mas também em vitalidade e perspectivas de futuro. O continente com maior número de cristãos é a América Latina".

Para Maria José Nogueira Pinto, na sociedade de hoje, que "atira para fora os valores", seria supostamente mais feliz, "mas tal não acontece".

O padre Rui Pedro, antigo responsável pela Obra Portuguesa das Migrações, defende que "as migrações são um caminho de esperança para a missão da Igreja", pois "a mobilidade humana é repleta de desafios para as comunidades portuguesas".

O presidente da Comissão Episcopal das Missões, D. António Couto, fez uma análise do mundo missionário no mundo português, referindo que "o quadro português não se distingue muito do que se passa na Europa fora". Para o bispo auxiliar de Braga, "os lugares privilegiados (da missão) deviam ser agora as grandes cidades, os jovens, as migrações, os refugiados, as situações de pobreza, a comunicação, o mundo da cultura, e o mundo do 'ressurgimento religioso' que emerge nas sociedade secularizadas onde se vive uma angustiante procura de sentido". Concretiza ainda mais os campos de intervenção cristã: mundo da política, realidade social, cultura, ciências, artes e comunicação social, e "outras áreas abertas à evangelização, como o amor, a família, a educação das crianças e o sofrimento". Para isso, é preciso criar "centros missionários nas paróquias", que "dinamizem todas as pessoas para a missão", sobretudo os leigos, em particular os jovens.

Fonte JN

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