paroquias.org
 

Notícias






Papa saúda «corajoso pedido de desculpas» australiano aos aborígenes
2008-07-17 22:20:24

O Papa Bento XVI saudou hoje o Governo de Camberra pelo seu "corajoso pedido de desculpas" aos aborígenes pelas injustiças e crueldades do passado, na sua primeira intervenção pública da visita de dez dias à Austrália.

O gesto das autoridades australianas, disse o Papa, em Sydney, proporciona esperança a todos os povos desfavorecidos do mundo.
Bento XVI chegou à Austrália há três dias, os quais reservou para um rigoroso descanso da sua viagem aérea de cerca de horas desde Roma, tendo iniciado a sua intervenção pública no festival mundial da juventude da Igreja Católica, que trouxe a Sydney mais de 200 mil jovens peregrinos de todo o mundo.
O Sumo Pontífice disse que os habitantes originais da Austrália fizeram parte essencial do panorama cultural do país e referiu-se às difíceis condições em que viveram desde que os cadastrados britânicos começaram a chegar, há 220 anos.
"Graças à corajosa decisão do Governo australiano de reconhecer as injustiças praticadas contra os povos indígenas no passado, estão agora a ser dados passos concretos para conseguir a reconciliação com base no respeito mútuo", disse Bento XVI.
"Estais no caminho certo ao procurar estreitar o fosso entre os australianos indígenas e não indígenas no que respeita à expectativa de vida, formação escolar e oportunidades económicas", comentou. "Este exemplo de reconciliação proporciona esperança aos povos de todo o mundo que há muito procuram afirmar os seus direitos e ver reconhecida e promovida a sua contribuição para a sociedade."
Em Fevereiro, o novo primeiro-ministro, Kevin Rudd, pediu formalmente desculpas aos aborígenes num dos seus primeiros actos oficiais após tomar posse e anunciou como uma das prioridades do seu Governo reduzir o fosso entre as comunidades australianas.
Os aborígenes são uma comunidade habitualmente marginalizada de 450 mil pessoas entre os 21 milhões de australianos. São o grupo mais pobre do país, com as mais elevadas taxas de desemprego, iliteracia, encarceramento e abuso de álcool, com uma expectativa de vida 17 anos mais curta do que a restante população.

OM.
Lusa

Fonte JN

voltar

Enviar a um amigo

Imprimir notícia