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Bento XVI anuncia 23 Novos Cardeais
2007-10-21 09:33:08

Bento XVI anunciou hoje no Vaticano a realização do segundo consistório do seu pontificado, no qual serão criados 23 novos Cardeais, 18 dos quais com direito a voto. A cerimónia terá lugar a 24 de Novembro, véspera da Solenidade de Cristo-Rei.

O Papa ultrapassa, assim, o limite estabelecido por Paulo VI e respeitado desde então, dado que os 18 novos Cardeais eleitores se irão somar a outros 103, totalizando 121 Cardeais num eventual conclave. Ao longo de 2007, são oito os Cardeais a atingir os 80 anos de idade, o último dos quais o Decano do Colégio Cardinalício e antigo Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Angelo Sodano, precisamente a 23 de Novembro.

Paulo VI fixara como número máximo de Cardeais eleitores o número de 120, prática que foi mantida por João Paulo II e Bento XVI. O Colégio Cardinalício tem, neste momento, 180 Cardeais (104 eleitores), após a morte do venezuelano Castillo Lara, que aconteceu ontem.


Prestigiadas sedes episcopais como São Paulo, Paris, Bombaim ou Barcelona e titulares de cargos de destaque na Cúria Romana dominam as escolhas de Bento XVI.
Dos cinco Cardeais não-eleitores, destaque para o Patriarca de Babilónia dos Caldeus, o Arcebispo Iraquiano Emmanuel Delly, de 80 anos. O Papa decidiu distinguir três prelados e dois eclesiásticos pelo seu empenho "particularmente meritório" ao serviço da Igreja.
Apesar da vincada concentração de novos Cardeais na Europa e na Cúria Romana, o Papa fez questão de sublinhar a "universalidade da Igreja" e a "multiplicidade de ministérios" presente nas suas escolhas.

Bento XVI admitiu que muitas pessoas "mereceriam ser elevadas à dignidade cardinalícia por causa da sua dedicação ao serviço da Igreja". "Espero ter, no futuro, a oportunidade de testemunhar, também deste modo, a eles a aos países a que pertencem a minha estima e o meu afecto", indicou.
No futuro Colégio Cardinalício, a Europa contará com 60 Cardeais eleitores, seguida pela América Latina (20), América do Norte (17), Ásia (13), África (9) e Oceania (2). O país com mais Cardeais eleitores continua a ser a Itália (21), seguida dos EUA (13) e Espanha (7).

No primeiro Consistório do seu pontificado, Bento XVI criara 12 Cardeais com menos de 80 anos, deixando indicações relativamente à intenção de convocar encontros de Cardeais com regularidade, à imagem do que aconteceu em Março de 2006, para discutir temas da actualidade da Igreja.

Novos Cardeais
Eleitores:
Cúria Romana
D. Leonardo Sandri (Argentina), prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais.

D. John Patrick Foley (EUA), Pró-Grão-Mestre da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém.

D. Giovanni Lajolo (Itália), presidente da Comissão Pontifícia e do Governatorado do Estado da Cidade do Vaticano.

D. Paul Josef Cordes (Alemanha), presidente do Conselho Pontifício Cor Unum.

D. Angelo Comastri (Itália), arcipreste da Basílica de São Pedro, vigário-geral do Papa para o Estado da Cidade do Vaticano e presidente da Fábrica de São Pedro.

D. Stanislaw Rylko (Polónia), presidente do Conselho Pontifício para os Leigos.

D. Raffaele Farina (Itália), Arquivista bibliotecário da Santa Igreja Romana.

Dioceses
D. Agustín García-Gasco y Vicente, Arcebispo de Valência (Espanha).

D. Seán B. Brady, Arcebispo de Armagh (Irlanda).

D. Lluís Martínez Sistach, Arcebispo de Barcelona (Espanha).

D. André Vingt-Trois, Arcebispo de Paris (França).

D. Angelo Bagnasco, Arcebispo de Génova (Itália).

D. Théodore-Adrien Sarr, Arcebispo de Dakar (Senegal).

D. Oswald Gracias, Arcebispo de Bombaim (Índia).

D. Francisco Robles Ortega, Arcebispo de Monterrey (México).

D. Daniel Nicholas DiNardo, Arcebispo de Galveston-Houston (EUA).

D. Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo (Brasil).

D. John Njue, Arcebispo de Nairobi (Quénia).

Não eleitores:
Emmanuel III Delly, Patriarca de Babilónia dos Caldeus (Iraque).

D. Giovanni Coppa, Núncio Apostólico.

D. Estanislao Esteban Karlic, Arcebispo emérito de Paraná (Argentina).

Pe. Urbano Navarrete, S.I., antigo Reitor da Universidade Pontifícia Gregoriana

Pe. Umberto Betti, O.F.M., antigo Reitor da Universidade Pontifícia Lateranense.

Neste grupo deveria contar-se ainda o Bispo emérito de Koszalin-Kołobrzeg (Polónia), D. Ignacy Jeż, que faleceu ontem.

Conselheiros do Papa

Hoje, os Cardeais "constituem um colégio peculiar, ao qual compete providenciar à eleição do Romano Pontífice", como refere o Código de Direito Canónico (cânone 349). As funções dos membros do Colégio Cardinalício vão, contudo, para além da eleição do Papa.

Qualquer Cardeal é, acima de tudo, um conselheiro específico que pode ser consultado em determinados assuntos quando o Papa o desejar, pessoal ou colegialmente.

Como conselheiros do Papa, os Cardeais actuam colegialmente com ele através dos Consistórios, que o Bispo de Roma convoca.

Os Consistórios podem ser ordinários ou extraordinários. No Consistório ordinário reúnem-se os Cardeais presentes em Roma, outros Bispos, sacerdotes e convidados especiais.

O Papa convoca estes Consistórios para fazer alguma consulta sobre questões importantes ou para dar solenidade especial a algumas celebrações. Ao Consistório extraordinário são chamados todos os Cardeais e celebra-se quando o requerem algumas necessidades especiais da Igreja ou assuntos de maior gravidade.

Durante o período de "Sé vacante", após a morte do Papa, o Colégio Cardinalício desempenha uma importante função no governo geral da Igreja e, depois dos Pactos Lateranenses de 1929, também no governo do Estado da Cidade do Vaticano.

Os requisitos para ser criado Cardeal são, basicamente, os mesmos que estabeleceu o Concílio de Trento na sua sessão XXIV de 11 de Novembro de 1563: homens que receberam a ordenação sacerdotal e se distinguem pela sua doutrina, piedade e prudência no desempenho dos seus deveres.

Fonte Ecclesia

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