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Dioceses de Portugal cada vez mais interessadas em inventariar e valorizar o seu património
2007-10-21 09:28:17

Trocar experiências e conhecimentos entre profissionais e demais interessados na salvaguarda do património cultural foi o que motivou um encontro sob o tema “Digitalização do Património Religioso”, organizado por uma empresa que desde 1995 a operar nesta área.

Em mãos têm os projectos de várias dioceses, que compreendem registos de informação de património, processo de inventariação e digitalização.

Fernando Cabral, Director Geral da empresa Sistemas de Futuro, entidade regista uma evolução na preocupação com o património. A própria Igreja “despertou para esta área”, aponta, acrescentando que há 12 anos iniciou um trabalho com a Diocese do Porto e que presentemente estendeu a oito dioceses.
“Notamos que quanto mais se fala, mais as pessoas sentem necessidade de estar informadas”, afirmando que o vocabulário está mais enraizado. As próprias comunidades estão envolvidas. O Pe. Manuel Amorim, da diocese do Porto deu conta, no encontro, de paroquianos interessados em colaborar nestes projectos.


“A comunidade sente que o património também é deles”, acrescenta Fernando Cabral.
Os projectos são iniciados por uma inventariação, “onde nas paróquias é feito um tratamento de identificação e conservação” e o registo é incluído no sistema informático.

À diocese do Porto juntou-se o registo de Lamego e de Évora como locais onde os projectos estão implementados. Outras entidades estão também a apoiar estes projectos.

“No Porto recebemos um impulso da Comissão de Coordenação do Norte”, enquanto que em Évora “a Fundação Eugénio de Almeida também apoiou”. Práticas diferentes com objectivos comuns.
As dioceses que estão a desenvolver estes projectos possibilitam a valorização do seu património. O conhecimento é a primeira mais valia do projecto, pois a maioria das dioceses “desconhece o que tem e onde está”, aponta Fernando Cabral.

Ao conhecimento se junta o facto de dispor de informação “onde facilmente se pode aceder”. A divulgação do património passa também a estar disponível para todos. O director geral da Sistemas de Futuro lembra a possibilidade de elaboração de catálogos, sendo este um instrumento frequente.
Outras dioceses, para além das oito, estão a manifestar interesse neste projecto, passando a utilizar uma “ferramenta de trabalho informático”, para além do acompanhamento feito à posteriori com vista a ultrapassar dificuldades inerentes a um trabalho como este.

A primeira dificuldade, “que de certa forma foi ultrapassada é a consciencialização”, aponta Fernando Cabral que acrescenta sentir da parte da Igreja e dos responsáveis pelo património, o despertar para a “importância e pertinência deste trabalho”. O financiamento é outra das dificuldades mencionadas.
A equipa de trabalho que é constituída por pessoas com “formação superior” que recorrem posteriormente a consultores para “áreas específicas, seja paramentaria, talha ou pintura”, exemplifica. Juntando o equipamento informático, deslocações e formação “representam custos que podem ser encarados como entrave”.

Daí ser importante o apoio de outras instituições para “que os custos sejam inferiores”. Da parte do Estado “há um interesse de continuar a apoiar, assim como da parte das dioceses”, que começam a perceber que quer nas suas igrejas ou outros locais existe muito material que precisa ser preservado e dado a conhecer.

Fonte Ecclesia

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