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Do Brasil, 10 mensagens de Bento XVI
2007-05-21 23:12:35

Na sua viagem ao Brasil, Bento XVI deixou aos cristãos numerosos discursos e homilias. Resumem-se em 10 pontos, alguns dos conselhos práticos do Santo Padre.

1) AMIZADE COM CRISTO

Vós, jovens, já descobristes o que é bom? Seguis os mandamentos do Senhor? Descobristes que este é o verdadeiro e único caminho para a felicidade? Os anos que estais a viver são os anos que preparam o vosso futuro. O “amanhã” depende muito de como estais a viver o “hoje” da juventude.

Tendes diante dos vossos olhos, meus queridos jovens, uma vida que desejamos que seja longa; mas é só uma, é única, não a deixeis passar em vão, não a desperdiceis. Vivei com entusiasmo, com alegria mas, sobretudo, com sentido de responsabilidade. Não desaproveiteis a vossa juventude. Não tenteis fugir dela. Vivei-a intensamente, consagrai-a aos elevados ideais da fé e da solidariedade humana.

Jesus é o único capaz de nos dar uma resposta, porque é o único que pode garantir a vida eterna. Por isso também é o único que consegue mostrar o sentido da vida presente e dar-lhe um conteúdo de plenitude. (...) A vocação dos jovens consiste em ser amigos de Cristo, seus discípulos. Os jovens não têm medo do sacrifício, mas de uma vida sem sentido. São sensíveis à chamada de Cristo que os convida a segui-Lo.

2) APROFUNDAR NA FÉ PARA A EXPLICAR

Eu vos envio para a grande missão de evangelizar os jovens e as jovens que andam errantes por este mundo, como ovelhas sem pastor. Sede os apóstolos dos jovens, convidai-os a vir convosco, a fazer a mesma experiência de fé, de esperança e de amor; encontrem-se com Jesus, para que se sintam realmente amados, acolhidos, com plena possibilidade de se realizarem. Que também eles e elas descubram os caminhos seguros dos Mandamentos e por eles cheguem até Deus.

Podeis ser protagonistas de uma sociedade nova se procurais pôr em prática uma vivência real inspirada nos valores morais universais, mas também um empenho pessoal de formação humana e espiritual de vital importância. Um homem ou uma mulher não preparados para os desafios reais de uma correcta interpretação da vida cristã no seu meio ambiente será presa fácil de todos os assaltos do materialismo e do laicismo, cada vez más activos a todos os níveis.

3) AJUDAR OS QUE SE ENCUENTRAM EM SITUAÇÃO DE POBREZA

Mas se as pessoas estão em situação de pobreza, é necessário ajudá-las, como faziam as primeiras comunidades cristãs, praticando a solidariedade, para que se sintam amadas de verdade. O povo pobre, das periferias urbanas ou do campo, necessita de sentir a proximidade da Igreja, quer na ajuda às suas necessidades mais urgentes, quer, também, na defesa dos seus direitos e na promoção comum de uma sociedade fundamentada na justiça e na paz.

Os pobres são os destinatários privilegiados do Evangelho e um Bispo, modelado segundo a imagem do Bom Pastor, deve estar particularmente atento em oferecer o divino bálsamo da fé, sem descuidar o «pão material». Como salientei na Encíclica «Deus caritas est», «A Igreja não pode descuidar o serviço da caridade, como não pode omitir os Sacramentos e a Palavra».

4) NOIVOS, ESPOSOS: CULTIVAR UM AMOR FIEL E FECUNDO

O mundo necessita de vidas limpas, de almas claras, de inteligências simples que recusem ser consideradas criaturas objecto de prazer. É necessário dizer não àqueles meios de comunicação social que ridicularizam a santidade do matrimónio e a virgindade antes do casamento (...). Não poderá haver verdadeira felicidade nos lares se, ao mesmo tempo, não há fidelidade entre os esposos. O matrimónio é uma instituição de direito natural, que foi elevado por Cristo à dignidade de Sacramento; é um grande dom que Deus fez à humanidade; respeitai-o, venerai-o. Ao mesmo tempo, Deus chama-vos a que se respeitem também no namoro e no noivado, pois a vida conjugal que, por disposição divina, está destinada aos casados é somente fonte de felicidade e de paz na medida em que saibais fazer da castidade, dentro e fora do matrimónio, um baluarte das vossas esperanças futuras (...) O amor verdadeiro “buscará cada vez mais a felicidade do outro, preocupar-se-á com ele, entrega-se e desejará “ser para o outro” e, por isso, será sempre mais fiel, indissolúvel e fecundo.

5) HONESTIDADE NAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS

O Papa também espera que os jovens procurem santificar o seu trabalho, realizando-o com capacidade técnica e com laboriosidade, para contribuir para o progresso de todos os seus irmãos e para iluminar com a luz do Verbo todas as actividades humanas. O Papa espera que saibam ser protagonistas de uma sociedade mais justa e mais fraterna, cumprindo as obrigações perante o Estado: respeitando as suas leis; não se deixando levar pelo ódio e pela violência; sendo exemplo de conduta cristã no ambiente profissional e social, distinguindo-se pela honestidade nas relações sociais e profissionais.

6) FAMÍLIA: CADA UM AO SERVIÇO DOS OUTROS

A família é insubstituível para a serenidade pessoal e para a educação dos filhos. As mães que querem dedicar-se plenamente à educação dos seus filhos e ao serviço da família têm de beneficiar das condições necessárias para o poder fazer e para isso têm direito a contar com o apoio do Estado. Com efeito, o papel da mãe é fundamental para o futuro da sociedade. O pai, por seu lado, tem o dever de ser verdadeiramente pai, que exerce a sua indispensável responsabilidade e colaboração na educação dos seus filhos. Os filhos, para o seu crescimento integral, têm o direito de poder contar com o pai e a mãe, para que cuidem deles e os acompanhem até à plenitude da sua vida.

7) IR COM A FAMÍLIA À MISSA DO DOMINGO

Temos que motivar os cristãos a participarem [na Missa dominical] activamente e, se for possível, melhor ainda com a família. A assistência dos pais com os seus filhos à celebração eucarística dominical é uma pedagogia eficaz para comunicar a fé e um estreito vínculo que mantém a unidade entre eles. O Domingo significou, ao longo da vida da Igreja, o momento privilegiado do encontro das comunidades com o Senhor ressuscitado. É necessário que os cristãos experimentem que não seguem um personagem da história passada, mas Cristo vivo, presente no hoje e agora das suas vidas. Ele é o Vivo que caminha ao nosso lado, descobrindo-nos o sentido dos acontecimentos, da dor e da morte, da alegria e da festa, entrando nas nossas casas e permanecendo nelas, alimentando-nos com o Pão que dá a vida. Por isso a celebração dominical da Eucaristia há-de ser o centro da vida cristã. Cada Domingo e cada Eucaristia é um encontro pessoal com Cristo. Ao escutar a Palavra divina, o coração arde porque é Ele quem a explica e a proclama. Quando na Eucaristia se parte o pão, é Ele que se recebe pessoalmente. A Eucaristia é o alimento indispensável para a vida do discípulo e missionário de Cristo.

8) CONFESSAR-SE, PARA DAR PAZ E A ENCONTRAR

Os fiéis devem procurar receber e reverenciar o Santo Sacramento com piedade e devoção, querendo acolher o Senhor Jesus com fé e sempre, quando seja necessário, sabendo recorrer ao Sacramento da Reconciliação para purificar a alma de todo o pecado grave. Unidos em comunhão suprema com o Senhor na Eucaristia e reconciliados com Deus e com o nosso próximo, seremos portadores daquela paz que o mundo não pode dar. Poderão os homens e as mulheres deste mundo encontrar a paz se não se convencem da necessidade de se reconciliarem com Deus, com o próximo e consigo mesmos?

9) LER O EVANGELHO, A PALAVRA DE DEUS

Como conhecer realmente Cristo para O poder seguir e viver com Ele, para encontrar a vida n’Ele e para comunicar essa vida aos outros, à sociedade e ao mundo? Antes de mais, Cristo dá-se-nos a conhecer na Sua pessoa, na Sua vida e na Sua doutrina por meio da Palavra de Deus. Há que educar o povo na leitura e meditação da Palavra de Deus: que ela se converta no seu alimento para que, por experiência própria, vejam que as palavras de Jesus são espírito e vida. Se assim não for como hão-de anunciar uma mensagem cujo conteúdo e espírito não conhecem fundo? Temos que fundamentar o nosso compromisso missionário e toda a nossa vida na rocha da Palavra de Deus.

10) RECEBER CATEQUESE PARA CONHECER CRISTO

Um grande meio para introduzir o Povo de Deus no mistério de Cristo é a catequese. Nela se transmite, de forma simples e substancial, a mensagem de Cristo. Convirá portanto, intensificar a catequese e a formação na fé, tanto das crianças como dos jovens e adultos. A reflexão madura da fé é luz para o caminho da vida e força para ser testemunhas de Cristo. Para isso dispõe-se de instrumentos muito valiosos como são o Catecismo da Igreja Católica e a sua versão mais breve, o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica.

Conto convosco e com as vossas orações!

Fonte Opus Dei

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