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Documento sobre o Limbo publicado a 5 de Maio
2007-04-28 00:26:41

Qual é o destino das crianças que morrem por baptizar? Ao longo dos séculos muitas foram as respostas apresentadas pelos teólogos católicos, a mais famosa das quais a do Limbo, defendida desde Santo Agostinho(354-430), Bispo e Doutor da Igreja. Segundo esta teoria, em virtude do pecado original, as crianças que morrem sem o Baptismo estariam privadas da plena felicidade dos eleitos pela visão de Deus, face a face, mas gozando de uma felicidade natural.

Esta questão encontra, agora, uma nova resposta num documento da Comissão Teológica Internacional, organismo que reúne alguns dos teólogos mais prestigiados de todo o mundo, sob a presidência do Cardeal William Levada, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
"A esperança de salvação para as crianças que morrem sem terem sido baptizadas" é o título do texto, cuja versão integral será publicada a 5 de Maio, na revista quinzenal "Civiltà Cattolica", dos Jesuítas.

A ideia do Limbo, concebida para salvaguardar a necessidade do Baptismo para a salvação, nunca chegou a ser considerada pela Igreja como verdade de fé, e o novo Catecismo da Igreja Católica (1261) nem sequer se lhe refere. A Igreja confia o destino destas crianças à misericórdia de Deus e até lhes reserva para o funeral um ritual próprio (cf. Celebração das Exéquias, cap. VIII).

O jesuíta Luis Ladaria, secretário-geral da Comissão Teológica Internacional, explicou à Rádio Vaticano que Bento XVI já autorizou a publicação do documento, onde se considera que a ideia de Limbo corresponde a uma visão "demasiado rigorosa".

Para este responsável, as razões fundamentais que levam a esclarecer que estas crianças vão para o Paraíso passam, em primeiro lugar, pela "misericórdia infinita de Deus, que deseja a salvação de todos os homens, e pela mediação única e universal de Cristo". Por outro lado, Jesus tinha uma predilecção pelas crianças, pelo que "todas estas razões levam a ter esperança".

O Pe. Ladaria esclarece, contudo, que "a Comissão Teológica Internacional não tem autoridade magisterial", pelo que esta tomada de posição não exclui "novas investigações".

Fonte Ecclesia

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