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Aulas de Marketing entusiasmam religiosos
2007-01-28 18:52:43

Dando continuidade a um trabalho iniciado há vários meses, os responsáveis pela Pastoral Vocacional dos Institutos Religiosos estão a procurar incluir conceitos do Marketing na sua abordagem aos jovens dos nossos dias, de forma a conhecer melhor os destinatários da pastoral vocacional. Ao longo de 2007, haverá seis Escolas Práticas de Marketing (EPM), de três dias, para abordar temas como “conhecimento”, “qualidade de serviço” e “comunicação”.

Carlos Liz, especialista em Marketing e assessor da Comissão da Pastoral das Vocações, explica à Agência ECCLESIA que o essencial é criar “um novo respeito pela diversidade da sociedade do século XXI”. O ciclo de mudança que se vive na nossa sociedade atinge directamente a Pastoral das Vocações, porque se dirige essencialmente aos jovens, “que não são nada parecidos com os mais velhos”.

Do ponto de vista do Marketing, um dos principais trunfos da Vida Consagrada é a sua diversidade, presente nos diversos carismas dos Institutos. Carlos Liz pede que os mesmos não se escondam em “generalizações”, procurando “afirmar a diferença”.

“As marcas precisam de diferenciar-se e nós temos vários Institutos, cada um com o seu contributo. O trabalho essencial tem sido tomar consciência do valor desta diferença, do acto criativo de cada fundador”, indica.

O Pe. Dino Afonso Costa, Franciscano Capuchinho, reconheceu no final dos trabalhos da semana passada, em Lisboa, que foram “três dias fantásticos”, em que a principal lição foi a necessidade de ler a realidade numa sociedade nova. “Temos de ir encontro aos receptores da nossa mensagem, dando-lhes prioridade mesmo em relação aos nossos valores”, aponta.

Marina Petrucci, directora de clientes de uma empresa de estudos de mercado, foi a formadora do primeiro dia de curso. “Os religiosos, como qualquer outro tipo de grupo profissional, têm uma mensagem a transmitir e, por isso mesmo, necessidade de conhecer o outro”, através das suas expectativas, o que pensa e a forma como vai reagir.

Já o Jesuíta Filipe Martins, acredita que o Marketing “ajuda-nos a reflectir melhor naquilo em que acreditamos, para melhor o podermos transmitir”. Lembrando que durante uma série de anos se pensou “que não eram precisas técnicas de transmissão de ideias e que as vocações surgiam naturalmente”, este religioso admite que o mundo com tantas solicitações e ideias diversas “mostrou que essa percepção estava errada”.

O grupo de mais de 20 religiosos e religiosas que se reuniram no Colégio de São João de Brito foram confrontados com a novidade de ouvirem falar em “linguagem de mercado” para abordar a temática das vocações. A tão propalada “crise” conhece, assim, novos dinamismos para possíveis soluções.

A Irmã Maria José, das Missionárias Servas do Espírito Santo, mostra ser uma boa aluna: “temos de nos concentrar nas expectativas dos jovens”, assinala, “procurando reforçar a especificidade da nossa identidade”.

O uso das novas tecnologias, em desataque na EPM, vai ganhar um rosto visível muito proximamente, com a criação da página www.vocacoes.com



Números

Segundo o Anuário Católico de Portugal 2006, há mais de sete mil e quinhentos religiosos e religiosas portugueses. Os 39 institutos de vida consagrada masculinos contam, no nosso país, com um total de 1.310 membros e os 103 institutos femininos com 5.431 religiosas. Agregados a estes institutos, residem no estrangeiro 60 homens consagrados e 77 irmãs, e encontram- se nas missões “ad gentes” 312 religiosos e 397 religiosas.

Os institutos masculinos possuem, nas respectivas etapas de formação, 50 postulantes, 32 noviços e 131 professos. Por sua vez, as congregações femininas instaladas em Portugal, espalhadas por 709 comunidades, contam nas suas fileiras com 160 juniores, 42 noviças e 33 postulantes.

O nosso país conta, por outro lado, com 17 institutos seculares. Sem descurarem a sua actividade profissional ou vivência familiar, estas pessoas vivem a sua consagração em confronto permanente com a rotina e realidade concretas. Os institutos seculares foram aprovados pelo Papa Pio XII, em 1947, tratando-se, assim, duma forma de vida consagrada relativamente recente, flexível e adaptada às necessidades da dinâmica socio-cultural actual.

Fonte Ecclesia

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