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Há discriminação entre escolas
2007-01-28 18:48:20

“A discriminação económica entre escolas que o Estado paga e as que não paga, prejudica o crescimento harmónico do sistema, a sadia competição e é injusta para com as famílias, sobretudo as mais frágeis economicamente, que assim lhe vêem vedada a possibilidade de escolherem a escola que desejavam para os seus filhos” - denunciou hoje (28 de Janeiro) D. José Policarpo, Patriarca de Lisboa, no Fórum «Risco de Educar», iniciativa organizada pelo SNEC, CIRP e APEC.

Com o tema «Escola Católica, missão da Igreja», D. José Policarpo sublinhou que “a Escola Católica tem de ser um espaço de evangelização - comunicar os princípios básicos de uma visão cristã do homem e do mundo, preparar para participar na cidade dos homens como presenças da Igreja no mundo, é evangelizar. Intervir na mutação cultural com os valores cristãos, é evangelizar”. Muitas das famílias portuguesas “não se questionam, sequer, sobre a orientação educativa da escola onde colocam os seus filhos, ou só despertam quando há problemas e conflitos”. A consciência colectiva sobre a matéria educativa deve “exprimir-se no voto democrático”, só assim os candidatos “ver-se-ão forçados a dizer aos portugueses o que pensam do sistema educativo”. As Escolas - “entre elas as Escolas Católicas” - devem ajudar a formar essa consciência “não apenas a reivindicar, mas a colaborar” - disse D. José Policarpo.
Como a Igreja “evangeliza, educando”, a maneira como evangeliza pode diferenciar-se segundo os ambientes em que exerce a sua missão. “Não é a mesma coisa uma escola frequentada por filhos de católicos e uma escola católica em que a maior parte dos alunos o não são, como frequentemente acontece nos chamados países de missão e que hoje começa a verificar-se nesta nossa velha Europa” - referiu o conferencista. A missão de educar, na Igreja, não se esgota na Escola Católica. Ao fazer referência ao nosso país, “o campo mais vasto para a Igreja realizar a sua missão de educar é composto pela vasta realidade da chamada escola pública, onde a Igreja tem de encontrar outros meios para realizar a missão, sobretudo através dos cristãos aí presentes”.


O que é a Escola Católica?

A visão do homem e do mundo devem “sempre fazer parte do projecto educativo de uma Escola Católica, mesmo que os seus alunos não sejam católicos”. E acrescenta o Patriarca de Lisboa: “todos os educadores que querem trabalhar na Escola Católica, devem aceitar esta visão, como inspiradora do projecto educativo em que colaboram, independentemente da sua posição pessoal em termos confessionais”.

Num tempo em que a comunicação de conhecimentos numa vasta área de matérias pode sobrepor-se às exigências educativas, aos educadores exige-se uma “síntese harmónica entre educação e aprendizagem”. O docente tem de ser um educador, “ter a qualidade de um mestre e pedagogo. A Escola Católica não pode, em nome da qualidade do ensino, comprometer o seu projecto educativo” - realçou.

Neste contexto, o Concílio afirma que a Escola Católica exerce uma “função no diálogo global da Igreja com a sociedade. A Escola católica, para desempenhar este aspecto da missão, tem de se identificar com a Igreja e com a sua maneira de estar no mundo, e formar cidadãos que vão estar na sociedade com o mesmo espírito com que a Igreja está no mundo” - concluiu.

Fonte Ecclesia

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