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D. Carlos apela à serenidade
2007-01-28 18:42:03

Sublinhando sempre que “o aborto não é uma questão religiosa mas de direito” e que “um católico, dadas as suas convicções mais profundas, é claramente pelo ‘não’”, D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa e porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), apelou ontem, em Braga, à “serenidade” na campanha para o referendo ao aborto do próximo dia 11 de Fevereiro.

Perante o cada vez mais evidente extremar de posições, de parte a parte, o prelado manifesta o desejo de que “esta campanha seja um período de esclarecimento sereno e não um combate de posições emotivas e agressivas”.

Falando à margem da XV edição das Jornadas Teológicas de Braga, D. Carlos Azevedo lembrou que “o aborto não é uma questão religiosa, mas uma questão de direito e do mais fundamental do direito à vida”.

Sem querer comentar a posição assumida pelo cónego Tarcísio Alves, pároco de Castelo de Vide, que escreveu no boletim paroquial que “quem praticar ou for favorável ao aborto incorre na pena de excomunhão”, o porta-voz da CEP disse que “cada bispo, na sua diocese, está atento às ocorrências relacionadas com esta matéria que partam do clero ou de movimentos católicos”.

Apesar das várias tentativas, não foi possível ontem uma reacção da diocese do Porto à intenção de vários párocos de Felgueiras que estarão a organizar, para o próximo dia 4, a uma semana do referendo, uma peregrinação pelo ‘não’, do arciprestado ao Monte de Santa Quitéria.

E no dia em que D. Carlos Azevedo apelou à “serenidade, numa questão altamente fracturante”, o bispo titular da diocese da Guarda, D. António da Rocha Felício, disse a uma plateia de estudantes, na Escola Secundária da Covilhã, que “o aborto é um crime igual à pena capital”.

“Andam agora por aí muitas sensibilidades exacerbadas, porque nós falamos de crime numa questão de consciência, pois digo-lhes que não se trata de um problema de consciência, mas de um problema de direito. Fazer um aborto é o mesmo crime que, considerando que estou aqui a mais, alguém me tirasse a vida.”

ATENTOS

D. Carlos Azevedo diz que cada bispo na sua diocese está atento às ocorrências relacionadas com a campanha do aborto que partam do clero ou de movimentos católicos.

MARCELO COLOCA VÍDEO NA INTERNET

Marcelo Rebelo de Sousa colocou um vídeo na página da internet You Tube com a sua posição sobre o aborto, afirmando-se pelo ‘não’ mas contra a prisão das mulheres. Acessível também a partir da sua página pessoal criada a propósito do referendo de 11 de Fevereiro sobre a despenalização do aborto, www.assimnao.org, o vídeo começa com Marcelo Rebelo de Sousa em sua casa, a olhar para o relógio. “São agora 10h00 do dia 21 de Janeiro de 2007. Arranca o ‘Assim Não’, um ‘site’ da minha iniciativa com o apoio de dezenas de jovens. Porquê o ‘site‘? Porque temos um referendo no dia 11 de Fevereiro e entendemos que devemos participar”, justifica.

PORQUE SIM

“AS LEIS SÃO PARA CUMPRIR" Miguel Relvas, Deputado do PS

“Considero inaceitável a criminalização das mulheres. As leis quando existem, em princípio, existem para ser cumpridas. Não se pode fazer aquela abordagem de ‘nenhum juiz condenou ainda uma mulher’. E não concebo o direito a ninguém de dizer que luta mais pela vida.”

"COMO PAI, SÓ POSSO VOTAR NÃO" Henrique de Freitas, Deputado PSD

“Um filho, um bebé, um feto é um projecto em comum. Do pai e da mãe. Por isso, não posso conceber que uma mulher possa livremente abortar e que a lei o consinta. E como o que está em causa neste referendo é esta liberalização e não a despenalização, só posso, como pai, votar não.”

Secundino Cunha, Braga / Lusa

Fonte CM

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