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Assis, capital da Paz
2006-09-09 14:11:04

Os líderes religiosos do mundo defendem que a guerra não é "inevitável" e que as religiões não podem justificar "o ódio e a guerra". Quem usa o nome de Deus para atacar o outro e semear terror, ódio e violência "afasta-se da religião pura" e esquece que "a paz é o nome de Deus".

Após dois dias de trabalhos em Assis, representantes cristãos, muçulmanos, judaicos e de outras confissões apresentam ao mundo uma mensagem conjunta, lembrando que "Deus é mais forte do que aqueles que querem a guerra, cultivam o ódio e vivem da violência".
Diálogo, paciência, verdade e razão: esta é a fórmula defendida por todos aqueles que marcaram presença no Encontro Inter-Religioso pela Paz, em Assis, 20 anos depois da histórica Jornada convocada por João Paulo II. Na cerimónia final da iniciativa "Por um mundo de paz. Religiões e culturas em diálogo", promovida pela Comunidade de Santo Egídio, todos os presentes assinaram o "Apelo de Paz 2006", após terem guardado um minuto de silêncio em memória das vítimas da guerra, do terrorismo e de todas as formas de violência.
"Acreditamos no diálogo para a busca da paz, mas também para evitar os abismos que dividem povos e culturas, preparando graves conflitos", pode ler-se no texto proclamado por Zeinab Ahmed Dolal, da Somália.
"Todos nós, representantes de diversas religiões, afirmámos o valor do diálogo, da vivência em paz, enquanto colocámos isso mesmo em prática, neste dias, num espírito de amizade, como modelo e exemplo para os fiéis das nossas comunidades", acrescentam os signatários.
No final do encontro de Assis fica a esperança de um "mundo de paz", em que as pessoas saibam que "nada se perde com o diálogo e tudo é possível com a paz".
"Nunca mais a guerra", pedem os líderes das grandes religiões mundiais.
Bento XVI, na mensagem que enviou aos participantes, logo no início do encontro, deixou claro que as religiões têm de "unir e não dividir", devendo os seus responsáveis procurar momentos para "favorecer o encontro". Nesse sentido, é necessária uma "eficaz pedagogia de paz" que evite fenómenos como os dos bombistas suicidas.
A poucos dias do 5º aniversário dos atentados do 11 de Setembro, Bento XVI lembra os "cenários de terrorismo e violência que não parecem desaparecer", insistindo que, neste contexto, as religiões "só podem ser portadoras da paz" e ninguém deve apresentar as diferenças religiosas como "pretexto para uma atitude belicosa".

O "Apelo de Paz 2006" pode ser subscrito, on-line, em www.santegidio.org/it/ecumenismo/uer/2006/assisi/form_appel.htm

Fonte Ecclesia

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