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Metodistas assinam declaração com Vaticano e anglicanos
2006-07-27 21:04:12

O Conselho Metodista Mundial aprovou a assinatura, feita domingo, de um acordo teológico firmado também já em 1999 entre a Igreja Católica e a Federação Luterana Mundial (FLM), a Declaração sobre a Doutrina da Justificação.

A decisão foi ratificada pelo Conselho Metodista, em Seul (Coreia do Sul), na segunda-feira à noite, por ocasião da Conferência Metodista Mundial, que se reúne a cada cinco anos.
Na mesma ocasião, o organismo dirigente dos protestantes metodistas tomou a decisão de prosseguir o diálogo institucional com a Igreja Católica, com o objectivo de atingir a "plena comunhão na fé, a missão e a vida sacramental".
A declaração assinada entre o Vaticano e a FLM em Outubro de 1999 colocou um ponto final a quatro séculos de desacordo entre católicos e luteranos sobre um dos pontos que deram origem à Reforma de Lutero, há cinco séculos: a questão de saber se uma pessoa se salva através da sua fé ou dos seus actos.
Para dirimir a questão, o texto final afirma, entre outras coisas: "É apenas pela graça adquirida por meio da fé na acção salvífica de Cristo, e não na base do nosso mérito, que somos aceites por Deus e recebemos o Espírito Santo que renova os nossos corações e nos chama a realizar boas obras. E estas são as consequências e os frutos da justificação [salvação]. Uma vez que o cristão viva em Cristo e actue segundo a graça recebida, transporta consigo, segundo a linguagem bíblica, bons frutos".
A assinatura dos metodistas da declaração comum foi feita domingo passado, na presença do cardeal alemão Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos, do reverendo Ismael Noko, secretário-geral da FLM e do pastor Samuel Kobia, metodista e actual secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI).
O Conselho Metodista Mundial representa igrejas de 132 países, num total de 75 milhões de cristãos. O metodismo é uma corrente cristã nascida no século XVIII em Inglaterra, sob o impulso de John Wesley, que dinamizou actividades missionárias e lutou pela unidade dos cristãos - estando também na origem do movimento do que hoje é o CMI.

PÚBLICO/AFP

Fonte Público

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