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A fé não nos custa nada 2006-05-11 22:08:49 Emília Sardinha palmilha a rota dos peregrinos há oito dias. “É a fé que nos move e não custa nada”, explica enquanto recebe massagens nos pés, num posto de assistência em Condeixa, próximo de Coimbra.
As queixas desta peregrina de Caminha, de 59 anos, são comuns a muitos dos 25 mil fiéis que seguem a pé para Fátima. A maioria, perante o esforço desenvolvido, explica que a sensação de chegar ao Altar do Mundo faz esquecer as dores e os ferimentos causados pelas centenas de quilómetros caminhados.
Emília Sardinha saiu de casa na quinta-feira para participar na Peregrinação de dias 12 e 13 na Cova da Iria, onde prevê chegar amanhã. Na pausa para massagens e para receber tratamento aos pés, a peregrina contou que o seu grupo é composto por 34 pessoas. “É o segundo ano consecutivo que faço esta viagem para pagar uma promessa a Nossa Senhora”, disse.
As bolhas nos pés e as dores musculares em todo o corpo são as principais queixas dos peregrinos aos enfermeiros. “No geral, já vêm mais bem preparados, mas há de tudo”, conta Amélia Costa, enfermeira-chefe do posto instalado em Condeixa, à beira da EN n.º1, um dos 59 locais de assistência ao dispor dos caminhantes da fé.
Outro grupo, de 44 pessoas, precede o de Emília Sardinha. Vêm do Grande Porto. Fernando Santo, o ‘Pirata’, comanda os fiéis, que saíram na sexta-feira à noite da Igreja da Nossa Senhora de Fátima, na Boavista. “Há dez, 12 anos que venho para ajudar as pessoas que fazem promessas”, diz.
O grupo caminha das 04h30 às 12h30, sempre atento às estradas, “muito perigosas”. Por cada dia de peregrinação, o ‘Pirata’ pendura um lenço na mochila. Ontem, já só faltavam dois.
João Henriques (Coimbra)
Fonte CM
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