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Marketing para a Vida Consagrada
2006-04-25 22:13:31

A diminuição do número de candidatos à Vida Consagrada, em Portugal, é uma realidade que não tem passado à margem dos Institutos religiosos, que se manifestaram prontos a recorrer à ajuda do Marketing para melhor fazer passar a sua mensagem vocacional num mundo em que apenas se destacam as ideias que façam a diferença, no meio da multipli-cidade de ofertas.

Carlos Liz, especialista em Marketing e director-geral da APEME (uma empresa de estudos de mercado), explica à Agência ECCLESIA que o tema do Marketing entrou na Pastoral Vocacional a 15 de Setembro de 2005, num encontro de animadores da Confederação dos Institutos Religiosos de Portugal e da Federação Nacional de Institutos Seculares. "Aí houve a coragem de colocar como tema 'Vocações, uma questão de Marketing?' e o que eu fiz foi trabalhar sobre esses conceitos e ver se eles tinham aplicabilidade no que é a acção pastoral", lembra. "Há aqui uma dissonância entre a qualidade da oferta e a dinâmica da procura: a Vida Consagrada sabe que tem coisas para dizer altamente relevantes, se calhar nunca foram tão relevantes, mas essa oferta não se está a fazer ouvir, não se faz perceber no lado da procura", esclarece. Desde então, as metodologias do Marketing têm sido aplicadas, através de passos concretos, que serão visíveis no próximo encontro de animadores, marcado para Maio, com a ajuda do director criativo Pedro Oliveira. "Existe um folheto de inscrição que é feito profissionalmente; depois, há um programa eivado de questões de Marketing", adianta Carlos Liz. "O Marketing tem muito a ver com a surpresa e esse é um dos aspectos em que ele pode ser útil na pastoral das vocações, quebrando a maneira habitual de dizer", prossegue. Em preparação está o logotipo da Comissão da Pastoral Vocacional da CNIRP/FNIS para procurar "quebrar uma lógica insuficiente para uma comunicação eficaz". Vão ser ainda lançadas as "fichas de Marketing", um coleccionável com conceitos aplicados à Vida Consagrada. Falar da "qualidade de serviço" da Vida Religiosa, por exemplo, é um dos passos possíveis, estudando quais são os critérios de atendimento ou como é monito-rizada essa relação. "O Marketing na Vida Consagrada só serve para criar condições para que se consiga ouvir, com limpidez, a Palavra de Deus e o seu chamamento", conclui. Estatísticas Segundo o Anuário Católico de Portugal de 2006, há mais de sete mil e quinhentos religiosos e religiosas portugueses. Os 39 institutos de vida consagrada masculinos contam, no nosso país, com um total de 1.310 membros e os 103 institutos femininos com 5.431 religiosas. Agregados a estes institutos, residem no estrangeiro 60 homens consagrados e 77 irmãs, e encontram- se nas missões “ad gentes” 312 religiosos e 397 religiosas. Os institutos masculinos possuem, nas respectivas etapas de formação, 50 postulantes, 32 noviços e 131 professos. Por sua vez, as congregações femininas instaladas em Portugal, espalhadas por 709 comunidades, contam nas suas fileiras com 160 juniores, 42 noviças e 33 postulantes. O nosso país conta, por outro lado, com 17 institutos seculares. Sem descurarem a sua actividade profissional ou vivência familiar, estas pessoas vivem a sua consagração em confronto permanente com a rotina e realidade concretas. Os institutos seculares foram aprovados pelo Papa Pio XII, em 1947, tratando-se, assim, duma forma de vida consagrada relativamente recente, flexível e adaptada às necessidades da dinâmica sócio-cultural actual.

Fonte Ecclesia

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