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Faculdade de Teologia prepara-se para novo ritmo de ensino
2006-04-03 21:47:39

Terminou esta Sexta feira, 31 de Março, o prazo estipulado pelo Governo português para a entrega das propostas dos planos de estudo, com base no novo figurino do Processo de Bolonha, cujo diploma foi aprovado no início de Fevereiro pelo Conselho de Ministros e promulgado pelo Presidente da República no passado dia 20 de Março.

A Declaração de Bolonha prevê a constituição, até 2010, de um espaço europeu de Ensino Superior, e o decreto-lei recentemente aprovado prevê o alinhamento dos estabelecimentos de Ensino Superior portugueses, ao Processo de Bolonha, no ano lectivo de 2007/2008.
Mais cedo, deverá iniciar a Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (UCP) com esta nova reformulação que, segundo declarações do Pe. Peter Stilwell à Agência ECCLESIA, “se houver mudança, o curso de Teologia passa a ser chamado Ciclo Integrado de Estudos Conducente ao Mestrado”.
O Conselho Superior da Universidade Católica deliberou que, na UCP, as licenciaturas tenham, em geral, a duração de 180 unidades de crédito (ECTS), correspondentes a 3 anos, e os mestrados a duração de 120 unidades de crédito (ECTS), correspondentes a 2 anos.
No entanto, segundo proposta apresentada ao Governo para aprovação, a Faculdade de Teologia, ao “adequar os cursos” de Teologia e Ciências Religiosas, não fez “grandes alterações em termos de conteúdos”, prevêem, no entanto, “uma mudança de caracter pedagógico, que é o objectivo essencial das reformas”, explicou o Director da Faculdade de Teologia.
Assim, a verificar-se a aprovação que, só não acontecerá “se houver algum erro legal, o curso de Teologia funcionará, de acordo com as indicações da Congregação para a Educação Católica, dentro dos critérios de Bolonha, composto por 5 anos mas, correspondendo ao grau de Mestrado.
O curso de Ciência Religiosas “é divido a dois níveis”, refere o Pe. Peter Stilwell.
Os primeiros três anos, serão compostos pelas matérias filosófico –teológicas e ciências humanas, que já faziam parte do núcleo central do curso, “passando para os dois anos seguintes, para o nível do mestrado, as diversas especializações. “Uma para os professores de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), que são as matérias pedagógicas e o estágio. Depois haverá a vertente pastoral que inclui um conjunto de matérias da área da teologia pastoral e ainda um estágio. Há ainda mais algumas opções de carácter de investigação com especialização em Estudos da historia do cristianismo, ética teológica, estudos bíblicos, história e teologia das religiões”.
Com estas alterações a universidade quer formar alunos com “capacidade de funcionar em ambientes alargados e multidisciplinares”. Por isso o próprio método de avaliação vai passar a ser mais exigente e não se limitará ao exame “em que a pessoa mostra se estudou a sebenta do professor”. Essa capacidade de comunicar conclusões, conhecimentos e raciocínios, “terá de ser analisada ao longo do curso”, sublinhou o director da Faculdade de Teologia.
A Faculdade de Teologia entregou a sua proposta, conforme era pedido, no prazo indicado, e por isso deverá já no próximo ano lectivo 2006/2007 iniciar com a reformulação nos cursos. Se essa vontade vier a verificar-se, refere o Pe. Peter Stilwell, “atinge já uma boa proporção dos alunos”. O Governo quer que a transformação do cursos aconteça com alguma celeridade e por isso “apenas durante um ano poderá haver dois ritmos de estudo”. Só não serão contemplados pela reforma do Processo de Bolonha “aqueles que no próximo ano transitam para o ultimo ano do curso”, concluiu.

Fonte Ecclesia

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