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Cardeal-Patriarca sai em defesa da família
2006-03-27 23:36:06

O Cardeal-Patriarca de Lisboa criticou ontem o que considerou serem situações destabilizadoras da família, que hoje estão em debate na nossa sociedade.

"A falta de equidade das leis fiscais, a facilitação e vulgarização do divórcio civil, a consagração das uniões de facto são dados que criam instabilidade à família que precisa de clareza, estabilidade e solidez para vencer as inevitáveis dificuldades de um caminho a percorrer", disse.
O Patriarca apontou o dedo à pretendida legalização de casamentos entre pessoas do mesmo sexo.“Já começa a perfilar-se na opinião pública a tentativa de legalizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo, atribuindo-lhes os direitos jurídicos da família”, lembrou, para afirmar que a “posição clara da Igreja” nesta matéria “não é contra ninguém”, mas toma “a defesa antropológica fundamental da comunidade familiar.”
Na Catequese para o 4º Domingo da Quaresma, na Sé de Lisboa, o Cardeal-Patriarca declarou que “salvar a família é hoje uma luta árdua, combate que não podemos deixar de travar em nome da sociedade que desejamos". "É uma batalha a travar em múltiplas frentes, que vão do social e cultural, ao político”, justificou.
Relativamente à crise da família hoje, o Patriarca de Lisboa fala de elementos novos, próprios da idade contemporânea, tais como “envolvência cultural” que cultiva uma “visão individualista do ser humano”; as transformações sociais, resultantes do trabalho da mulher fora do lar e dum tipo de urbanismo provocado pelo aglomerado habitacional das grandes cidades e subúrbios; e a diminuição da natalidade.
D. José Policarpo pediu mesmo o empenho de instituições que defendam a família das “agressões directas” que determinadas forças, apostadas na sua degradação, não cessam de lhe dirigir.

PMA
A catequese quaresmal falou ainda da “fecundidade do casal”, frisando que “embora a paternidade-maternidade sejam expressão importante da realização pessoal dos esposos, elas encontram a sua verdade plena na busca, sem limites, do bem dos filhos”.
Falando a propósito das hipóteses que a ciência abriu no campo da procriação medicamente assistida, D. José Policarpo precisou que “o filho não pode ser apenas o objecto de uma auto-realização dos esposos”.
“A Santa Sé já advertiu, para fazer reflectir sobre as exigências éticas das novas técnicas de reprodução, que o direito de ter um filho não é um direito absoluto”, recordou.

Fonte Ecclesia

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