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Sé Patriarcal reforça segurança para evitar novas tentativas de roubo 2006-02-28 23:31:25 A Sé Patriarcal de Lisboa já estabilizou e reforçou os sistemas de vigilância e segurança para evitar a repetição de tentativas de roubo, como a que sucedeu na noite de terça-feira.
Na altura, dois brasileiros estiveram prestes a apoderar-se da custódia de ouro e pedras preciosas que se encontra na sala do Capítulo do Tesouro da Sé. Mas foram apanhados em flagrante por agentes da Polícia Judiciária, que já sabiam do plano do furto e passaram a tarde escondidos na sala da custódia.
O terceiro cúmplice, também brasileiro, foi capturado no exterior da Sé, onde dava apoio e aguardava pelos dois comparsas. Os três homens, com idades entre os 23 e os 38 anos, planearam bem o golpe, escolhendo um período em que autoridades policiais e quase toda a gente estava de olhos postos no Estádio da Luz, onde decorria o jogo entre o Benfica e o Liverpool.
"Entraram na Sé pelas 20.00, uns 15 minutos depois de ter começado o jogo de futebol", revelou ao DN o responsável pelo Tesouro da Sé, Joaquim de Castro Lopes. Não entraram pela porta principal, mas sim por escalamento, e "tiveram de passar por sete portas - umas foram abertas com chaves e outras arrombadas - até chegarem à sala do Capítulo", explicou.
Na sua opinião, "eles sabiam bem o que queriam, pois foram directos à custódia, ignorando várias peças bastante valiosas de um espólio riquíssimo e dos melhores da Europa", que se encontram no corredor de acesso à sala do Capítulo.
Já naquela sala, os dois intrusos depararam com um par de resistentes portadas de madeira fechadas à chave, atrás das quais se perfilam uma grade de ferro também trancada à chave, uma estrutura de vidro resistente e uma burra - cofre de ferro - com quatro trancas fechadas com quatro chaves diferentes distribuídas por quatro pessoas. "Só juntando as quatro pessoas é possível abrir este cofre onde se encontra a custódia", esclareceu.
Os dois foram apanhados pelos agentes da PJ "quando estavam à procura das chaves. Traziam rebarbadoras e outros materiais cortantes para arrombar as portas e grades", contou o mesmo responsável.
Revelou que os suspeitos tinham antecipadamente contactado comerciantes de obras de arte para avaliar hipóteses de transaccionar a custódia, mas estes denunciaram-nos às autoridades.
Para Castro Lopes, se a custódia fosse levada, este "seria o roubo do século, não só em Portugal, mas a nível mundial".
Fonte DN
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