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Organismos católicos lamentam polémica e violência relacionadas com caricaturas de Maomé 2006-02-08 21:57:34 As polémicas caricaturas publicadas pelo jornal dinamarquês Jyllands-Posten e reproduzidas depois noutros órgãos de comunicação social ocidentais geraram uma série de protestos entre as comunidades muçulmanas. Em vários países islâmicos, como a Síria, a Jordânia, o Iémen ou no Afeganistão – onde ontem morreram 4 pessoas numa acção de protesto contra uma base norueguesa de manutenção da paz – sucederam-se manifestações de protesto e ataques a representações diplomáticas europeias.
Comentando a publicação das caricaturas de Maomé, Paulo Bernardino, presidente da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, considerou que “a liberdade de expressão, que é um direito efectivo, não pode condicionar o respeito pela liberdade de culto e pelas diferenças civilizacionais e religiosas de outros povos e culturas”.
O Conselho Português de Igrejas Cristãs (COPIC) publicou uma declaração onde considera que os “exageros da liberdade de expressão devem ser enfrentados por meios pacíficos”, apelando às comunidades religiosas de todo o mundo que “resolvam estes conflitos e outros através do diálogo e da partilha de pontos de vista em atmosfera de abertura e de respeito mútuo”.
Este organismo, que congrega a Igreja Lusitana Católica Apostólica Evangélica (Comunhão Anglicana), a Igreja Evangélica Metodista Portuguesa e a Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, condenou ainda “os actos de violência que têm vindo a ocorrer em resposta (à publicação das caricaturas, nr.)”.
A Comissão da Liberdade Religiosa também se pronunciou sobre as polémicas caricaturas, criticando a violência e apelando ao diálogo e à “discussão serena e civilizada para que se alcance a paz”. Citando o teólogo Hans Kung, o comunicado da comissão começa por referir que “não pode haver paz entre as nações, sem paz entre as religiões”.
Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre
David Silva - info@fundacao-ais.pt
Fonte AIS Notícias
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