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Encíclica obriga a parar
2006-01-25 22:43:26

Na sociedade contemporânea “há pessoas que instrumentalizam Deus pela negativa” mas na encíclica «Deus Caritas est», Bento XVI “agarra Deus pela positiva porque Ele é amor” – disse à Agência ECCLESIA David Sampaio, professor de História da Igreja na Universidade Católica Portuguesa.

Em relação ao documento publicado hoje (25 de Janeiro), David Barbosa realça que a “questão da primeira encíclica ser programática surgiu primeiro na comunidade cristã e ultimamente na Comunicação Social”. Nos últimos cem anos, como os papas “exerciam um pontificado repetitivo, ritualizado e circunscrito a liturgias solenes, as pessoas não davam tanta importância ao primeiro texto produzido por eles” – sublinha o historiador.
Após a eleição de João XXIII “existe a preocupação” de saber quais as linhas programáticas dos pontificados. As mentalidades alteraram-se e João XXIII “disse que seria um papa pastor”. De facto, a primeira encíclica dele e as seguintes “acabaram por dar razão a tudo o que ele apresentou como programa” – salienta David Sampaio.
Informalmente, os papas nunca apresentam o seu primeiro texto “como programático, a opinião pública é que vê sempre nesse primeira publicação as linhas programáticas” – adianta. Em «Deus Caritas est», David Sampaio vê uma linha “que o Papa quer fazer vincar no seu pontificado. Nesse sentido pode-se dizer que é programática.”
Com duas partes distintas, a encíclica “está muito bem construída”. A primeira parte é especulativa e a segunda é muita mais prática. “Um documento de um intelectual que sabe prender a temática” – disse o docente. E finaliza: “é preciso parar um pouco e agarrar este texto. Meditá-lo e depois colocá-lo na prática”.

Fonte Ecclesia

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