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Vaticano diz que homossexualidade pode "desestabilizar" a sociedade
2005-12-29 22:08:39

O jornal oficial do Vaticano escreveu ontem que a homossexualidade pode "desestabilizar as pessoas e a sociedade", não tem valor moral ou social e nunca poderá ter a importância de uma relação estabelecida entre um homem e uma mulher.
Os comentários constam de um longo artigo publicado para acompanhar a divulgação do muito aguardado documento oficial que proíbe o acesso de homossexuais ao sacerdócio na Igreja Católica Romana.


O artigo, assinado por monsenhor Tony Anatrella, um padre francês e psicanalista, sustenta que a homossexualidade não pode ser considerada como uma alternativa moral aceitável à heterossexualidade. "Nos últimos anos, tornou-se um fenómeno cada vez mais preocupante e, em muitos países, é considerada uma qualidade normal", lê-se no texto do L"Osservatore Romano. O comentário foi especificamente aprovado pela Secretaria de Estado do Vaticano.
"[A homossexualidade] não representa um valor social e de forma alguma pode ser uma virtude moral" susceptível de contribuir para a elevação da sexualidade, escreve Anatrella. "Pode mesmo ser vista como uma realidade destabilizadora das pessoas e da sociedade."

Identificar gays
nos seminários
A Igreja Católica, continua-se no artigo, tem o dever de reafirmar a sua posição de que a homossexualidade "atenta contra a vida conjugal, a vida da família e a vida do sacerdócio". E "em caso algum esta forma de sexualidade é uma alternativa sexual e muito menos uma realidade que possa equivaler à que é partilhada entre um homem e uma mulher comprometidos na vida matrimonial".
"[A homossexualidade] não pode ser encorajada e muito menos através de iniciativas pastorais", defende-se, numa aparente referência aos padres católicos que ministram sacramentos a gays sem lhes lembrar que a Igreja se opõe às relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo.
O comentário prossegue, afirmando que a homossexualidade é "uma tendência sexual e não uma identidade", e repete a ideia de que a Igreja é contra a autorização dos casamentos gay e contra a adopção de crianças por estes casais. E diz que a homossexualidade é "uma parte incompleta e imatura da sexualidade humana".
Finalmente, dão-se exemplos de como os directores dos seminários podem perceber se um candidato a padre tem tendências homossexuais ou se corre o risco de não ser capaz de respeitar o princípio do celibato dos sacerdotes.

Reuters

Fonte Público

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