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Imigrantes em Lisboa celebraram Natal «fora de casa»
2005-12-12 22:16:24

A Igreja de São Domingos, em Lisboa, ontem encheu ao receber imigrantes de várias comunidades para celebrar o Natal. Numa iniciativa do Departamento Diocesano da Pastoral da Mobilidade (DDPM) o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José da Cruz Policarpo, presidiu a uma celebração onde imigrantes ucranianos, africanos, timorenses, entre outros em menor representação, celebraram o Natal longe dos seus países de origem.

Na homilia desta celebração o Patriarca de Lisboa lembrou o Natal e as dificuldades dos imigrantes que não são só “a saudade e a ausência da família”, mas “a tristeza de ver problemas não resolvidos”, referiu à Agência ECCLESIA o Pe. Delmar Barreiros, responsável da Pastoral da Mobilidade da Diocese de Lisboa. Segundo este responsável, o Cardeal Patriarca “entusiasmou-se” ao falar para os imigrantes e apelou para um “maior acolhimento para que a vida destes se torne mais fácil e para a obtenção de uma cidadania de pleno direito” salientou.
Apesar de muitos destes imigrantes poderem ser de religiões diferentes foi celebrada missa em rito latino, o habitual da Igreja Católica, e no momento pós comunhão algumas das comunidades migrantes presentes partilharam um pouco da sua cultura através da expressão musical, coreografias e bailados.

Diocese entrega igrejas a comunidades não católicas

Na relação com os imigrantes chegados a Portugal, a Igreja Católica tem tido um papel de grande abertura, e na diocese de Lisboa tem sido dados passos importantes para ir ao encontro das necessidades destes homens e mulheres que, encontraram no nosso país uma solução para os seus problemas. “A Igreja foi a primeira a dar o passo em frente para ser porto de abrigo dos imigrantes”, afirmou o Pe. Delmar. “Foi a primeira a começar com as aulas de português para que não se sentissem em terra estrangeira e a pouco e pouco se fossem adaptando, através da língua, a uma nova realidade”, explicou o sacerdote. Só na Patriarcado chegou a haver 50 centros de aulas de Língua portuguesa”, acrescentou.
Mas a ajuda aos imigrantes tem passado também pelo apoio judicial e pela abertura religiosa manifestada pela Diocese de Lisboa ao disponibilizar alguns dos seus lugares de culto para o culto de outras comunidades não católicas. Na cidade de Lisboa a comunidade ucraniana começou por utilizar a Igreja da Paróquia de Arroios para as suas celebrações, e hoje dispõe da antiga igreja do Hospital de Arroios. À comunidade ortodoxa romena o Patriarcado entregou, há cerca de anos, uma igreja na Rua de São Mamede ao Caldas, e para breve, revelou o Pe. Delmar Barreiros, “vai ser assinado um protocolo com a comunidade russa para o serviço ortodoxo”. Vai ser entregue a Igreja da Boa Nova, na Paróquia de Alfama, para o culto ortodoxo russo na cidade de Lisboa.
“Neste acolhimento tem havido uma atitude ecuménica”, referiu o responsável da Pastoral da Mobilidade na diocese de Lisboa. “A igreja abriu-se a uma fraternidade evangélica que possibilita nos seus próprios edifícios que haja outros cultos religiosos”, concluiu.

Fonte Ecclesia

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