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Presença dos leigos na Igreja deve ser valorizada
2005-11-23 22:53:30

A celebração dos 40 anos de encerramento do Concílio Vaticano II “é uma óptima oportunidade para trazer de novo à reflexão a presença dos leigos na Igreja”, considera o Presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF), D. António Carrilho.

Em declarações à Agência Ecclesia o Bispo que acompanha na Igreja portuguesa os movimentos e obras laicais diz que o decreto conciliar sobre o apostolado dos leigos «Apostolicam Actuositatem» “trouxe uma consciência da própria missão do laicado, e se neste momento não podemos dizer que se realizou em pleno aquilo que é preconizado, também temos consciência de se terem dado passos significativos”, afirma. Olhando para o presente D. António Carrilho considera que “há uma consciência crescente da missão do leigo, da sua responsabilidade e do seu compromisso dentro da Igreja”, bem como da sua “presença social e presença no mundo”.
Esta reflexão, porém, no seu entender deve estender-se a outros documentos como a Constituição sobre a Igreja no mundo e a Constituição sobre o Mistério da Igreja ou seja, a «Lumen gentium» e a «Gaudium et spes» porque, “é uma oportunidade de consciencializar a Igreja na sua missão, a Igreja no mundo, e a responsabilidade do laicado”, afirma o presidente da CELF.
A presença do leigo na Igreja deve ser vista como “presença dos valores cristãos na vida pessoal, social e familiar “ e, esclarece, “pode ser entendido que o leigo ao colaborar na paróquia ou nos grupos apostólicos está a realizar a sua missão, mas é bom que, mesmo esses, sintam que o compromisso na Igreja nesses grupos não lhes retira a responsabilidade do grupo que lhe é peculiar e fundamental que é a sua presença e acção no mundo”.
No desempenho pastoral, sobretudo nas paróquias e, dado a escassez de vocações sacerdotais e a sobrecarga de cargos pastorais, os leigos podem ter um papel mais activo numa linha de co-responsabilidade não esquecendo que “o que é específico do sacerdote na linha do seu ministério continuará a ser do ministério sacerdotal”, reitera D. António Carrilho. Porém, salienta “há muitas actividades que os sacerdotes fazem e que podem ser feitas em co-responsabilidade e até mesmo assumidas pelos leigos”. A catequese, os conselhos pastorais e económicos das paróquias são algumas dessas possibilidades apresentadas pelo Bispo, bem como a presença de animadores de comunidades paroquiais. “Há comunidades que podem ter um animador leigo, ou até um animador religioso ou religiosa”, afirma. “Estes podem ser animadores da comunidade mas esta animação pelo laicado necessita de uma formação própria e específica do ponto de vista teológico e pastoral”, acrescenta.
Estas e outras questões foram recentemente abordadas no Porto, nas Jornadas Diocesanas do Apostolado dos Leigos, onde D. António Carrilho, também bispo auxiliar daquela diocese esteve presente, e em que não foi esquecida importância do Concílio Vaticano II para esta dinâmica. Nestas jornadas, refere o Bispo, procurou-se fazer a aplicação ao concreto da complementaridade de carismas da comunhão entre carismas na própria diocese” onde, repete, “há uma participação do laicado com uma consciência crescente no que diz respeito ao seu compromisso social de presença na igreja e no mundo”.

Fonte Ecclesia

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