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Sínodo preocupado com as paróquias sem padres
2005-10-19 23:01:29

A renovação da pastoral de vocações e a melhor distribuição de padres no mundo são as principais sugestões do Sínodo dos Bispos para fazer face à falta de sacerdotes nas comunidades católicas.

O texto das propostas (propositiones) apresentado pelos grupos de trabalho manifesta uma clara preocupação pela situação das paróquias sem padres, impedidas de celebrar a Eucaristia, mas rejeita claramente a ideia de ordenar "viri probati" (homens casados de comprovada virtude), reafirmando o valor do celibato sacerdotal na Igreja latina.
O conteúdo das “propositiones” não será tornado público – ao contrário da Mensagem final do Sínodo -, para preservar a liberdade de Bento XVI, na hora de redigir a exortação apostólica pós-sinodal que recolhe essas propostas. Hoje e amanhã não tem lugar nenhuma Congregação Geral, estando os trabalhos centrados no estudo das Emendas colectivas às Propostas. As “propositiones” emendadas serão votadas na manhã de 22 de Outubro, antes de serem entregues ao Papa.
A agência de notícias da Conferência Episcopal dos EUA, “Catholic News Service” (CNS), adiantou, contudo, a lista das 50 propostas apresentadas ontem aos padres sinodais (que são agora objecto das referidas emendas), assegurando que nas mesmas se faz uma ampla referência à importância das vocações sacerdotais, mas não se propõem mudanças nas três questões mais “mediáticas” do Sínodo: a ordenação de homens casados, a situação dos divorciados que voltaram a casar e a chamada inter-comunhão.
Segundo a CNS, as propostas indicam que, para fazer face à falta de padres, são necessárias “iniciativas pastorais eficazes”. Quanto às celebrações nas comunidades que esperam um sacerdote, é pedido à Santa Sé que prepare um documento que fixe regras universais para as mesmas.
Sobre as situações matrimoniais irregulares, é lembrado que os fiéis que nelas vivem não podem aceder a Comunhão, por estarem “em nítida oposição com o ensinamento da Igreja sobre o casamento”. O Sínodo lembra ainda a necessidade de todos os que entram na Igreja interromperem uniões polígamas.
As propostas não abrem portas a celebrações ecuménicas da Eucaristia nem à possibilidade de fiéis de outras Igrejas cristãs comungarem em celebrações católicas.
A renovação litúrgica surgida do Concílio Vaticano II, a dignidade da Missa, a necessidade de formar bons pregadores e a importância da celebração dominical são outros aspectos presentes. As propostas sublinham, por outro lado, a ligação da Eucaristia com aspectos da vida social, económica e política.

Enchiridion
No decorrer da XI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo, o Arcebispo Nikole Eterovic, secretário-geral do Sínodo dos Bispos, ofereceu a Bento XVI a primeira cópia do I volume do “Enchiridion” do Sínodo dos Bispos, publicado por ocasião do 40º aniversário desta instituição.
“Trata-se de uma colectânea de documentos relativos ao Sínodo dos Bispos, desde as suas origens até 1988, de grande interesse não só para os membros do colégio episcopal, mas também para pesquisadores, historiadores e teólogos, a quem oferece uma documentação de suma importância para a vida e a missão da Igreja a partir do Concílio Vaticano II”, informa em comunicado a secretaria geral do Sínodo.
“O Santo Padre decidiu oferecer o volume aos participantes do Sínodo como sinal de gratidão e de estímulo à fidelidade, à comunhão e ao amor à Igreja centrada no mistério da Eucaristia”, conclui o comunicado.

Oferta do Papa
O Arcebispo Nikole Eterovic comunicou ainda que Bento XVI decidiu oferecer a todos os Bispos que participam no Sínodo um presente especial: um anel que apresenta a figura do pelicano, símbolo da Eucaristia.
“Ave que vive nas margens dos lagos e rios nas regiões cálidas, o pelicano dá de comer às suas crias com o alimento que extrai com o bico da bolsa de pele do peito. Tomando isto como ponto de partida, antigas lendas imaginaram que o pelicano, em caso de necessidade, nutria as crias com a sua própria carne”, explica a secretaria geral do Sínodo dos Bispos.
O anel foi elaborado em ouro pela Empresa F. Ili. Savi. O escudo de Bento XVI foi reproduzido na parte interna do anel.

Fonte Ecclesia

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