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O "primeiro livro" do novo Papa
2005-10-19 09:50:34

Intitula-se A Revolução de Deus e é apresentado como "o primeiro livro" de Bento XVI. Nele se recolhem os discursos do novo Papa na sua primeira viagem ao estrangeiro, para presidir, em Agosto, à XX Jornada Mundial da Juventude, que decorreu em Colónia (Alemanha).

A obra divide-se em três partes: aos jovens, o diálogo inter-religioso e o diálogo ecuménico. No prefácio à edição portuguesa, o bispo auxiliar de Lisboa, Manuel Clemente, nota que saímos do século das revoluções, que não partiram da "realidade total" e por isso decepcionaram. Só partindo "verdadeiramente de Deus" se evita a "redução ideológica", acrescenta. A revolução de Deus segundo o Papa Ratzinger, parte da convicção de que "a pessoa humana-divina de Cristo é a substância do Cristianismo, como novidade e anúncio, irredutível a qualquer preconceito ou manipulação", acrescenta o bispo. E traduz-se numa dúzia de textos de profunda densidade teológica e de grande beleza literária. Aos jovens, o Papa falou de Jesus como o "rosto" da verdadeira felicidade; aos judeus, recordou a "demencial [o livro, com base nas traduções do Vaticano, traduz por insensata] ideologia racista de matriz neopagã"; aos muçulmanos, pediu que as novas gerações sejam educadas na tolerância e não no fundamentalismo; aos protestantes e ortodoxos falou do desejo de restabelecer a unidade e recordou "o grande pioneiro da unidade" que foi o irmão Roger, de Taizé, assassinado dois dias antes da sua chegada à Alemanha.

A.M.

Fonte Público

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