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Realização de tourada continua a dividir Fátima
2001-05-24 14:07:20

O padre António Pereira é um dos dirigentes do Centro Desportivo de Fátima, uma das instituições que será beneficiada pela receita da tourada prevista para 5 de Junho, se houver lucros. Diz que não é nada que o apaixone, mas contesta a associação que está a ser feita entre a corrida e Fátima e afirma que "o lugar onde vai ser feita é muito longe do Santuário".

"Evocam agora o nome de Fátima os mesmos que a ridicularizam", diz, referindo-se a quem contesta este tipo de espectáculo e a sua realização em Fátima. Como D. Serafim Ferreira e Silva se manifestou contra a tourada em Fátima, diz que "a opinião é do bispo, não [está] a contestá-la". Para si, "mais grave é a questão da caça. Mata-se a torto e a direito e está tudo de boca calada".

Do lado contrário, mesmo "ofendido", diz-se o presidente da junta local, Júlio Vitória. Como autarca pensa não ter capacidade para intervir. Como cidadão, "não apoio e até critico as touradas", sublinha, reforçando: "Não aceito que todos os meios justifiquem os fins. Há outras formas de angariar fundos. A tourada não tem nada a ver com a nossa gente". No centro desportivo, do qual já foi presidente, "as pessoas ligadas ao evento já me olham um pouco de lado", conta. Mas o que não consegue entender é que "liguem o nome de Fátima às touradas. Por amor de Deus!", exclama, dizendo-se zangado com o padre Pereira porque "associou quem se opõe às touradas a todos os que defendem as uniões de facto, o aborto e a eutanásia".

Oficialmente, a tourada de Fátima é desconhecida, mas as autorizações para este tipo de espectáculo podem ser feitas próximo das datas de realização.

Fonte DN

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