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As perguntas a que o Sínodo vai responder
2005-10-13 23:34:33

Com a apresentação da Relatio post disceptationem, o Sínodo dos Bispos entra numa segunda fase dos seus trabalhos, centrada nos “Círculos Menores”, 13 grupos que congregam os 252 padres sinodais por afinidade linguística ao longo de 7 sessões de trabalho.

O Cardeal Angelo Scola deixa no relatório que condensa as intervenções dos primeiros 9 dias uma série de perguntas, em volta das quais se estruturarão dos trabalhos dos próximos dias. O relator geral do Sínodo procura sintetizar os pontos convergentes surgidos da primeira fase sinodal - as intervenções dos seus participantes - para serem discutidos nesta segunda fase.
Na terceira fase, o relator geral e o secretário especial recolhem, em diferentes etapas, a lista de propostas que os padres sinodais votam e que no final do Sínodo são entregues ao Papa. Estas propostas constituem a base para a redacção da exortação apostólica que o Papa escreve como conclusão dos Sínodos.
Já no dia 14 serão apresentadas na assembleia sinodal os relatórios dos Círculos Menores. Após a entrega das propostas na secretaria geral do Sínodo começa-se a discutir o esboço da mensagem final do encontro.
A próxima semana será dedicada ao trabalho de “unificação” das propostas, pelo relator geral, o secretário especial e os relatores dos Círculos Menores, seguindo-se a apresentação de “emendas colectivas” às propostas.
Na tarde do dia 21 serão apresentadas as “propostas emendadas”, sujeitas a voto (Placet - Non Placet) na manhã do dia seguinte.
A 22 de Outubro será apresentado o Elenchus finalis, que recolhe as propostas do Sínodo.

Questões para os Círculos Menores
1. Como educar o povo cristão para a fé eucarística, com particular referência ao anúncio, pregação, catequese e testemunho, sobretudo no contexto da globalização e da secularização? Como assegurar uma apresentação integral de todas as dimensões da Eucaristia (mistério pascal e trinitário, presença real, memorial da nova aliança, banquete e comunhão, dom do Espírito, escatologia, novidade radical do culto cristão, logikē latreia)?

2. Como ajudar o povo cristão a acolher a intrínseca ligação entre a Eucaristia e a vida quotidiana, entre o mistério celebrado e a oferta da própria vida a nível pessoal e social, entre a fé professada e os comportamentos publicamente relevantes (dimensão antropológica)?

3. Como responder ao urgente dever de oferecer o dom eucarístico de forma regular a todos os fiéis, mesmo nos países de missão e com falta de sacerdotes? Que estrutura e modalidade para as assembleias litúrgicas dominicais em espera de sacerdote?

4. Como ajudar o povo cristão para promover a adoração eucarística que nasce da celebração litúrgica e a ela conduz?

5. Como podem a Eucaristia e a eclesiologia que dela deriva tornar-se princípio e forma de actuação para aspectos importantes da vida eclesial (sinodalidade, representação, ecumenismo e diálogo inter-religioso)?

6. Como recuperar a dimensão integral da iniciação cristã (Baptismo, Confirmação e Eucaristia) para as crianças, os jovens, os adultos? Como ilustrar, em particular, o nexo entre Eucaristia e Reconciliação? Como ajudar os fiéis a viver o caminho de conversão exigido pela Eucaristia?

7. Como promover uma pastoral de comunhão e de acolhimento para todos os que vivem numa situação que impede o acesso à reconciliação sacramental e à Eucaristia (pessoas em união de facto, divorciados recasados, baptizados casados apenas civilmente)?

8. Como educar o povo dos fiéis para a centralidade da celebração eucarística dominical? Que caminhos seguir para uma adequada formação teológico-litúrgica (ars celebrandi) dos presbíteros, diáconos e dos agentes dos vários ministérios?

9. Que critérios para um melhor ordenamento das múltiplas celebrações eucarísticas por parte de pequenas comunidades no interior da própria comunidade paroquial (Missas com crianças, jovens, grupos particulares)?

10. Como pode ser vivida a celebração eucarística por doentes e idosos? Como fazer participar na Eucaristia, em particular, os doentes psiquiátricos e sobre que critérios administrar-lhes a santa Comunhão?

11. De que modo podem as nossas celebrações favorecer nos fiéis um compromisso missionário em todos os ambientes da vida, através do testemunho? Como educar todos os fiéis para a relação entre Eucaristia e missão ad gentes?

12. Como podem as nossas celebrações educar para a responsabilidade social dos fiéis, em particular nos âmbitos da justiça, da solidariedade, da partilha, da paz, da reconciliação e do perdão?

13. Que podemos sugerir para educar o povo cristão para a dimensão cosmológica da Eucaristia?

14. Como educar o povo cristão para um participação plena, consciente, actuante e fecunda na santa Eucaristia? Como reeducar o povo cristão, nos países da nova evangelização, para o sentido do mistério celebrado? Que lugar para a mistagogia?

15. Que critérios de carácter geral e particular podem ser sugeridos para o compromisso da arte e da arquitectura ao serviço da beleza da liturgia?

16. Considera-se oportuno rever algum aspecto particular do rito romano (ite missa est, pax…)?

17. Que critérios utilizar para uma correcta inculturação litúrgica do único mistério eucarístico, que favoreçam a participação activa dos fiéis nos diversos contextos culturais?

Fonte Ecclesia

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