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Igreja deve ter mais equilíbrio sobre o aborto
2005-09-12 08:58:06

Juan Masiá Clavel, teólogo, padre jesuíta que viveu no Japão largos anos e responsável em Madrid por um instituto católico de bioética, diz que é necessária "uma atitude mais equilibrada", por parte da Igreja Católica, em temas como o aborto, a eutanásia ou a investigação genética. Respondendo a uma pergunta do PÚBLICO à margem do congresso Deus no século XXI, Juan Masiá diz que a atitude de "dizer a tudo que não" tem efeitos contrários.

"Aqui na Europa encontro posições eclesiásticas muito fechadas e estreitas que provocam a reacção contrária, de dizer que vale tudo. Nem uma nem outra são serenas." Dando o exemplo do que se passa no Japão, Masiá diz que os bispos japoneses "não disseram que não" à investigação em células-mãe. Antes admitiram tratar-se de "uma questão que é preciso continuar a estudar". Os trabalhos de ontem abriram com uma intervenção sobre Genes, humanismo e transcendência. Fernando Regateiro, professor de Genética e actual presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, referiu-se ao processo da criação da vida humana, em que aparecem, implícitas, questões como o aborto. "Procuro aprofundar o debate e não enviezá-lo", diz ao PÚBLICO, afirmando que é necessário que as pessoas tenham o "enquadramento científico" necessário para argumentar com seriedade. "Há a possibilidade de, em diversos momentos, considerar o início" de alguma fase da vida. As pessoas devem é munir-se dessa fundamentação para debater as suas posições, acrescenta.

Fonte Público

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