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Exposição «Igreja Segura» espera responsáveis paroquiais
2005-09-08 22:23:56

A exposição “SOS Igreja”, integrada no projecto “Igreja Segura”, espera a visita dos responsáveis paroquiais que lidam com as questões do património. Numa altura em que a crise económica potencia as possibilidades de roubos, esta mostra pretende ser um alerta para todos aqueles que têm de zelar pela conservação e segurança de obras de valor incalculável.

Patente ao público até ao próximo dia 25 na igreja de S. Paulo, em pleno centro histórico de Braga, desde o passado dia 21 de Junho, a exposição recebeu cerca de meio milhar de visitantes, a maior parte dos quais turistas nacionais e estrangeiros.
O director do Gabinete de Actividades Culturais do Instituto de História e Artes Cristãs da Arquidiocese de Braga admite que este número poderia ser mais significativo. O cónego José Paulo Abreu diz que os responsáveis pela dinamização desta iniciativa na Arquidiocese de Braga «esperavam um pouco mais de adesão por parte das paróquias», nomeadamente por parte daqueles que têm por missão ser os «guardiães» do património nas comunidades locais.
«A adesão das paróquias, que eram a nossa prioridade em termos de visitantes, está abaixo das expectativas», refere.
Este responsável sublinha que foi enviado material de divulgação para os párocos, pelo que espera que o interesse das paróquias aumente em Setembro, depois de terminadas as férias de Verão. «É importante que os sacerdotes marquem presença, uma vez que esta exposição tem uma função pedagógica para aqueles que têm como missão ser administradores dos bens paroquiais.
O trabalho destas pessoas tem de ir muito mais além do tratar das contas; elas têm de zelar para que o património não se degrade e desapareça».
Em relação à fraca adesão dos bracarenses, o cónego José Paulo Abreu considera que se trata de uma questão relacionada com a falta de interesse pela cultura. «Tirando os espectáculos de natureza musical, é muito difícil mobilizar um público significativo para manifestações culturais », argumenta.
Por outro lado, salienta a fraca movimentação de gente que o centro histórico tem registado neste período estival e as reticências que ainda existem em dar um Euro para ver a mostra.
O director do Gabinete de Actividades Culturais adianta que um fenómeno curioso é o facto de muita gente ser atraída pela igreja de S. Paulo. «Há imensa gente que entra porque sente curiosidade em ver a igreja, por ter estado fechada e por ter sido sujeita a obras. Esses serão tantos como os que vêm ver a exposição», explica.

Sensibilização para além da exposição
O cónego José Paulo Abreu está convencido de que a mensagem subjacente a esta mostra vai fazer eco, independentemente do número de visitantes.
«As pessoas viram as notícias, leram o desdobrável que foi disponibilizado e ouviram falar de algumas medidas de segurança, o que pode vir a dar frutos», justifica. Em seu entender, a questão da segurança do património é muito pertinente, especialmente numa altura em que a crise económica «aguça o engenho» pelos bens alheios.
«Deve haver uma preocupação acrescida com a questão dos bens materiais», alerta. Este responsável refere ainda que o âmbito do projecto “Igreja Segura” é mais lato, contemplando numa fase posterior a recuperação da igreja de S. Paulo, com o objectivo de abri-la à comunidade em condições de segurança. Para a concretização desta etapa, estão a ser encetados contactos com mecenas.
O cónego José Paulo Abreu sublinha a urgência das obras, sobretudo em relação aos azulejos do século XIX que estão em risco de cair, uma vez que já estão destacados da parede.
O projecto “Igreja Segura” é uma iniciativa do Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências Criminais, visando implementar uma estratégia de preservação do património religioso. O objectivo final é abrir mais igrejas, em segurança, bem preservadas e para pleno usufruto das comunidades e do desenvolvimento religioso, cultural e sócio-económico local.
Nesta fase, a face mais visível do trabalho é, justamente, a mostra “SOS Igreja”, que através de luz, imagem e som em tempo real fornece informações e sensibiliza os visitantes para os principais problemas que afectam o património histórico e artístico das igrejas portuguesas. A exposição aponta soluções não só em termos de prevenção criminal, como em termos de conservação preventiva.

Fonte Ecclesia

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