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Igreja prepara-se para o futuro
2001-05-22 00:00:34

Consistório extraordinário reúne em Roma 160 Cardeais para prepararem a Nova Evangelização



Para onde caminha a Igreja... ou melhor, por onde deverá a Igreja caminhar neste início de milénio no qual deseja empreender uma nova evangelização. É este o desafio que se coloca ao Colégio Cardinalício que com o Papa está, esta semana, reunido em Consistório extraordinário. A bússola dos trabalhos é a Carta Apostólica Novo millennio ineunte que o Papa publicava por ocasião do encerramento do Grande Jubileu do ano 2000.
Na abertura deste consistório João Paulo II salientava que, importa centrar a atenção na prioridade dos objectivos missionários e nos métodos de trabalho que se revelem mais eficazes. Importa também empreender uma adequada formação e valorização de todos os operadores pastorais porque é vasto e complexo diante de nós o campo da acção apostólica.
Este é um Consistório cujo ponto de partida é também a experiência recolhida a partir de um ano de Jubileu, um rol de celebrações e iniciativas que se traduziram numa mais valia para a Igreja e cujos ecos não podem ser ignorados no delinear das novas formas de abordagem pastoral. Neste sentido o Cardeal Roger Etchegaray, entre outras questões, sublinhava o “testemunho cristão da pobreza” segundo o purpurado, importa evoluir de uma Igreja para os pobres, para uma Igreja inteiramente pobre. Como ele próprio reconhecia, esta é uma questão provocante, porém, talvez a mais urgente para a evangelização do novo milénio. Só uma Igreja pobre se pode tornar numa Igreja missionária, e só uma Igreja missionária pode exigir uma Igreja pobre.
São 160 cardeais, dos 183 que compõem o Colégio Cardinalício, que participam esta semana na aula do Sínodo, naquele que é o sexto Consistório extraordinário convocado por João Paulo II em 23 anos de pontificado. Entre eles os portugueses D. José Policarpo e D. Saraiva Martins. A todos os participantes foi entregue uma carta que leva a assinatura do Cardeal Secretário de Estado Angelo Sodano, a qual indica sete pistas de trabalho, alinhadas na Novo millennio ineunte, e desdobradas em 21 perguntas, que vão das relações intra-eclesiais às perspectivas ecuménicas, das formas de valorização da colegialidade episcopal aos novos fenómenos religiosos, do diálogo interreligioso à solidariedade em tempos de globalização. Mas, são apenas pistas, e como sempre, num Consistório extraordinário os participantes serão livres de apresentar temas e sugestões. Um encontro projectado para o futuro, do qual poderão emergir propostas e iniciativas concretas que poderão trazer algumas novidades importantes. Certeza é que, com este Consistório extraordinário, João Paulo II dá um sinal claro na valorização do Colégio Cardinalício, ao qual o Código de Direito Canónico poucas funções define, para além da tarefa clássica de nomear o sucessor de Pedro.


Fonte Ecclesia

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