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Media Capital acusa LP-Brothers, Igreja Maná reforça interesse
2005-09-02 13:29:31 A Media Capital acusou ontem, em comunicado, a empresa espanhola de capital de risco LP-Brothers de ter "infuenciado a comunicação social portuguesa e internacional e, por essa via, o mercado de capitais português, alegando pretensões de lançar uma OPA ou adquirir uma posição estratégica sobre as acções do grupo".
"A Media Capital acredita que irão ser prosseguidas pelas autoridades competentes as mais exaustivas investigações com vista ao apuramento dos factos e reposição da verdade, bem como a responsabilização judicial dos responsáveis pelas informações divulgadas ao mercado de capitais", acrescenta a holding de Paes do Amaral.
No passado dia 29, em comunicado, a CMVM disse estar a investigar a "origem e a credibilidade" das informações sobre o alegado interesse da LP-Brothers em lançar uma OPA sobre o grupo português.
O processo de averiguações da CMVM está ainda em fase de instrução e, segundo o DN apurou, não deu entrada ainda no Ministério Público. Uma fonte da Polícia Judiciária disse ainda ao nosso jornal que a empresa espanhola de capital de risco não está a ser actualmente objecto de qualquer investigação do foro criminal.
Na quarta-feira, o representante português da LP-Brothers, Pedro Xavier Pereira, anunciou a vários jornais, entre eles o DN, que o parceiro da empresa espanhola para entrar na Media Capital era a Igreja Maná. Uma informação confirmada horas depois à agência Lusa pelo próprio líder da congregação religiosa, Jorge Tadeu.
O homem que fundou em Portugal a Igreja, em 1984, reforçou ontem à Lusa a sua intenção de entrar na "corrida à compra da TVI", adiantando que está a estudar o negócio. Tadeu, que garante ter pedido há "uma semana" uma reunião com a Alta Autoridade para a Comunicação Social, afirma que a primeira fase é "conhecer as características da licença, os accionistas e a situação financeira" da estação de Queluz de Baixo.
No comunicado citado, porém, a Media Capital assegura desconhecer qualquer "eventual participação accionista" da empresa espanhola ou da Maná Sat, grupo de media da Igreja Maná, e sublinha que manterá a sua estratégia.
NUNO AZINHEIRA com Carlos Lima
Fonte DN
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