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Assim prepara o cardeal Pell, arcebispo de Sydney, a próxima JMJ
2005-08-26 18:51:21

O cardeal George Pell e um grupo de 2.300 jovens australianos explodiram em aplausos e gritos de alegria quando este domingo Bento XVI anunciou que Sydney será a próxima sede da próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

O arcebispo desta cidade, de 64 anos, assegura que já começou a organizar a JMJ, que acontecerá em Julho de 2008, e considera nesta entrevista concedida à Zenit que a fórmula sacramentos e diversão funcionará muito bem em seu país.

«Na medida em que o acontecimento esteja centrado em Cristo, na medida em que seja uma peregrinação religiosa, e que não se distraia com outras coisas, funcionará», sublinha.

--O que quer oferecer Sydney aos peregrinos do mundo?

--Cardeal Pell: Sydney é uma das cidades mais belas do mundo. É uma cidade de quatro milhões de habitantes, dos quais um milhão são católicos. Possui uma enorme variedade de instalações criadas por ocasião das Olimpíadas e uma extraordinária equipe de especialistas com a experiência da organização dos Jogos Olímpicos do ano 2000 e que são de grande ajuda.

Temos um núcleo de católicos profundamente religiosos, que obviamente nos ajudarão, mas a intenção que está detrás do projecto é que reforce a fé dos jovens australianos e dos que venham a Sydney. Será um acontecimento especificamente católico, como sempre, mas será também uma proposta para todos esses jovens australianos que não têm convicções religiosas arraigadas. Oferecemos-lhes algo diferente.

--As JMJ são acontecimentos sumamente multiculturais e este é um aspecto próprio de Austrália. Não concorda?

--Cardeal Pell: Creio que temos provavelmente a maior percentagem de imigrantes do mundo, e a Sydney católica é sumamente multicultural. Tiramos forças das comunidades vietnamitas, coreanas e chinesas, assim como --obviamente-- das italianas, libanesas, maltesas, e irlandesas.

É um aspecto muito particular que oferece Sydney à própria JMJ, é o «novo mundo». Baseia-se em uma herança compartilhada, diferentemente das cidades europeias, sumamente entrincheiradas em suas culturas.

Ao início, isto apresenta também dificuldades, pois não temos essa multiplicidade de belíssimos santuários católicos, como é o caso da Europa. Aqui ainda somos pioneiros. Somos também um país sobretudo anglófono, algo que também diferencia-se da Europa continental. Temos muito que oferecer e creio que receberemos muito.

Ver que possam vir a nosso país esses jovens com sua fé viva, com o entusiasmo de sua fé, nos estimula a mim e a nossos peregrinos, e isto fará a diferença para os jovens australianos que participarem.

--Nesta viagem à Colónia, o Papa Bento XVI deu passos históricos para a construção de pontes e a reconciliação. Poderia fazer parte este elemento do programa de Sydney?

--Cardeal Pell: Creio que o principal é que se trata de uma celebração católica, e seguirá sendo uma celebração católica. Isto não tira, contudo, que tenha uma dimensão ecuménica significativa.

Fonte Zenit

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