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2005-08-19 21:56:31

À sua chegada ao aeroporto Konrad Adenauer, em Colónia, o Papa Bento XVI não beijou a terra alemã, ao contrário do que fez o seu antecessor, João Paulo II, em todas as 104 viagens que realizou. Mais uma pequena diferença entre os dois homens?

O porta-voz do Vaticano, Joaquin Navarro-Valls, sem se referir directamente ao facto, disse ontem à tarde que o pontificado anterior exprimia-se com gestos, enquanto o actual dará um grande espaço à palavra. Mesmo no seu passeio de barco pelo Reno, o Papa falou longamente com alguns jovens que com ele viajavam, representando os cinco continentes, mostrando-se muito afável e bem-disposto.

Os magos e a lenda

Conta a lenda que os restos mortais dos magos que foram ver Jesus quando este nasceu estão em Colónia. Esse é o pretexto para o tema da JMJ: "Viemos adorá-lo", a frase com que os magos teriam justificado a sua ida junto de Jesus acabado de nascer. Bento XVI não valoriza muito a lenda. Ontem, no seu terceiro discurso, junto da catedral de Colónia, onde estarão as supostas relíquias, o Papa afirmou: "Independentemente da credibilidade histórica de tais tradições, o culto a estes santos [os magos, incluindo um negro, e vários outros], que floresceu no decurso dos séculos, atesta a abertura universalista dos fiéis de Colónia."

Um voluntário muçulmano

Haider Aboud não hesita: "Sou muçulmano por convicção e trabalho também para a Jornada Mundial de Juventude [JMJ] por convicção." Alemão, 18 anos, Aboud é filho de iraquianos e está a trabalhar como um dos 25 mil voluntários (sobretudo jovens e reformados) que colaboram na logística da JMJ. De serviço no centro de imprensa, diz que a sua disponibilidade quer também mostrar que "o facto de ser muçulmano não significa que se seja terrorista". Os outros voluntários acabaram rendidos à sua presença. "É o mesmo ser cristão, judeu ou muçulmano: acreditamos todos num só Deus, ainda que haja coisas que diferenciam uma religião da outra."

Contra o Papa e os "beatos"

Baptizado de "Prazer pagão e não tortura no inferno", um grupo de opositores às Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) de Colónia preparou um programa alternativo às "hordas de beatos" e ao Papa "reaccionário" Bento XVI. Os contestatários, essencialmente ateus, dizem oferecer "asilo" a todos os que se sentem "perseguidos" pelas JMJ, criando "zonas sem religião". A ideia é protestar contra o que consideram ser uma "manifestação de devoção financiada pelos poderes públicos alemães", cita a AFP. A abrir, o grupo projectou num café da cidade o documentário Crucifixo, um filme satírico sobre a Igreja.

Fonte Público

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