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Bento XVI quer mostrar aos jovens que o cristianismo não é feito de proibições
2005-08-16 23:20:26

Bento XVI quer mostrar aos jovens congregados em Colónia por ocasião das Jornadas Mundiais da Juventude que o cristianismo não é um fardo de proibições e mandamentos, mas a experiência pessoal do amor de Deus e entre as pessoas.

Assim revelou o próprio pontífice na primeira entrevista que concedeu desde o início de seu pontificado ao padre Eberhard v. Gemmingen SJ, director do programa alemão da «Rádio Vaticano», nas vésperas de sua primeira viagem internacional na qual se encontrará com milhares de rapazes e moças.

« Queria explicar aos jovens que é belo ser cristão. A ideia geralmente difundida é que os cristãos devam observar uma imensidade de mandamentos, proibições e princípios, e que o Cristianismo seja uma coisa cansativa e opressiva e que se é mais livre sem esse fardo », confessa o Santo Padre.

Na entrevista, emitida pela emissora pontifícia em 15 de agosto, o bispo de Roma segue revelando: «queria esclarecer que ser apoiado por um grande Amor e por uma Revelação não é um peso, mas sim asas; e que é bonito ser cristão».

«Esta experiência nos dá amplitude, mas, sobretudo, nos dá comodidade, o saber que, como cristãos, não estamos jamais a sós --acrescenta: em primeiro lugar encontramos a Deus, que está sempre connosco, e depois nós, entre nós, formamos sempre uma grande comunidade, uma comunidade a caminho, que tem um projecto de futuro».

O sonho do Papa é que ao anunciar o Evangelho os jovens «compreendam e digam: “Esta é a mensagem que esperávamos”».

«É verdade também que na nossa moderna sociedade ocidental há muitos entulhos que nos afastam do Cristianismo, que a fé parece estar longe, e até Deus parece estar muito longe», reconhece o Santo Padre.

Considera, ao mesmo tempo, que «entre os jovens está se difundindo a sensação de que todas as diversões que se lhes oferecem, todo o mercado construído sobre o tempo livre, tudo aquilo que se faz, que se pode fazer, que se pode comprar e vender, ao final não pode ser o todo...».

Por este motivo, declara, os jovens propõem uma pergunta: «O que é portanto o essencial?».

«Não pode ser tudo aquilo que temos e que podemos comprar --responde o Santo Padre --. Eis aí o chamado mercado das religiões que de alguma maneira oferece a religião como uma mercadoria e, portanto a degrada».

Insiste, portanto, em que é necessário «não considerar o cristianismo como algo concluído e experimentado suficientemente, mas contribuir para que possa ser reconhecido como essa possibilidade sempre nova, justamente porque se origina em Deus, que guarda e revela em si dimensões sempre novas...».

«Este deveria ser o acontecimento no encontro entre o anúncio do Evangelho e o ser jovem», conclui.

Na entrevista, o pontífice enfrenta também questões como o ecumenismo e o secularismo crescente em Europa. Pode ler-se a entrevista na secção «Documentos» da página web de Zenit.

Fonte Zenit

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